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No dia 26 de março de 1933, o Sporting recebeu e venceu o Benfica, por 3-1, com golos de Alfredo Valadas (23’ e 52’) e Luís Gomes (65’). Em jogo a contar para a 12.ª jornada do Campeonato de Lisboa, os verdes e brancos dominaram a partida do início ao fim, não dando qualquer hipótese ao eterno rival. Recorde uma goleada épica dos leões diante das águias.
Rudolf Jeney, técnico húngaro que orientava o Sporting à época, escolheu os seguintes atletas para alinhar diante do Benfica: José Luís (GR), Joaquim Serrano, João Jurado, Varela, Rui Araújo, Forno, Luís Gomes, Alfredo Valadas, Abrantes Mendes, Adolfo Mourão e Ferrer.
Pedro da Conceição (GR), João Correia, João de Oliveira, Francisco Albino, Rogério de Sousa, Vítor Silva, Pinto, Germano Campos, Augusto Dinis, Manuel de Oliveira e Luís Xavier foram as escolhas de Ribeiro dos Reis, treinador do Benfica, para o encontro diante do Sporting.
Logo aos 23 minutos, Alfredo Valadas inaugurou o marcador e colocou o Clube de Alvalade na frente da contenda diante dos encarnados. Ao intervalo, esse seria o resultado com que as duas equipas recolheriam aos balneários, mas, no segundo tempo, o Sporting continuou com tudo e dominou a partida.
Aos 52 minutos, o mesmo Alfredo Valadas bisou na partida, dando um rude golpe nas aspirações do Benfica. Pouco tempo depois, aos 65’, Luís Gomes fez o 3-0 para o Sporting e praticamente sentenciou a partida. Contudo, aos 75’, de grande penalidade, Vítor Silva ainda reduziu para os encarnados.
Com esta vitória frente ao eterno rival, o título parecia quase garantido, mas uma reta final de temporada desastrosa – com derrotas diante do Barreirense, Salésias e Carcavelinhos – acabou por deitar tudo por terra, com os verdes e brancos a ficarem a dois pontos de Benfica e Belenenses.
Na final entre as águias e o conjunto de Belém, os encarnados levaram a melhor, triunfando por 2-1, com golos de Augusto Dinis (35’) e Vítor Silva (57’). Rodolfo Faroleiro, aos 56 minutos, fez o único tento do Belenenses na partida que deu o título ao Benfica.
Verdes e brancos foram vencer a casa das águias, conquistando três pontos decisivos na luta pela conquista do Campeonato Nacional
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No dia 23 de março de 1941, o Sporting deslocou-se ao reduto do Benfica e somou um importante triunfo, por 4-2, na luta pelo título. Em jogo a contar para a jornada 11 do Campeonato Nacional, os golos dos leões foram apontados pelo herói improvável Adolfo Mourão (20’ e 55’) e Fernando Peyroteo (88’), ao que se juntou um auto-golo de António Martins. Francisco Ferreira e um auto-golo de Rui Araújo marcaram para as águias.
Joseph Szabo – mítico técnico da história do Sporting – fez alinhar para o dérbi eterno a seguinte equipa: Azevedo (GR), Álvaro Cardoso, Manecas, Rui Araújo, Aníbal Paciência, Gregório dos Santos, Armando Ferreira, João Cruz, Adolfo Mourão, Fernando Peyroteo e Manuel Soeiro.
Já János Biri, técnico do Benfica, escolheu o seguinte 11 inicial para o embate diante do Sporting: António Martins (GR), Gaspar Pinto, Francisco Elói, Francisco Ferreira, Joaquim Alcobia, Francisco Albino, Joaquim Teixeira, Alfredo Valadas, Francisco Pires, Miguel Lourenço e Francisco Rodrigues.
A partida até começou melhor para o Benfica. Aos 12 minutos, na cobrança de um castigo máximo, Francisco Ferreira inaugurou o marcador. A resposta do Sporting deu-se pelos pés de Adolfo Mourão, que, aos 20 minutos, reestabeleceu a igualdade no dérbi eterno, fazendo o resultado com que as equipas haveriam de recolher aos balneários.
Nos segundos 45 minutos, um festival de golos. Aos 55’, Adolfo Mourão, novamente, fez o 2-1 para o Sporting e um auto-golo de António Martins, 10 minutos depois, aos 65’, ampliaria a vantagem dos comandados de Joseph Szabo (3-1). Contudo, as coisas não ficariam por aqui e os encarnados responderam.
Aos 75 minutos, Rui Araújo fez um auto-golo e recolou o Benfica no encontro (3-2). Para fim de fecha, pois claro, Fernando Peyroteo, lenda dos leões, deu um ar da sua graça para selar a vitória do Sporting. Aos 88 minutos, o maior pesadelo dos encarnados fez o gosto ao pé, fazendo o 4-2 final.
Após o triunfo diante do Benfica no dérbi eterno, e que se veio a revelar decisivo para as contas finais do título, e com apenas três jornadas por disputar na prova, o Sporting seguia na liderança do Campeonato Nacional, com 19 pontos, mais quatro do que o Porto e cinco do que o Benfica.
No final da competição, os leões haveriam mesmo de triunfar, conquistando a primeira edição deste novo formato. O Sporting somou 23 pontos em 14 encontros (11 vitórias, um empate e dois desaires), enquanto o Porto foi segundo (20 pontos), o Belenenses terceiro (19) e o Benfica quarto (18).
No capítulo individual, nota para o inevitável Fernando Peyroteo. Com 29 finalizações certeiras, o eterno avançado do Sporting foi o melhor marcador do Campeonato Nacional, somando mais do dobro do que o segundo e terceiro classificados, Rafael Correia (Belenenses) e Slavko Kodrnja (Porto), com 13 golos cada um.
Leões viajaram até ao Norte e, no Estádio do Dragão, saíram derrotados já nas grandes penalidades. Médio português desperdiçou a primeira oportunidade
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Sporting e Porto defrontaram-se a 22 de março de 2006, nas meias-finais da Taça de Portugal da época 2005/06. O Estádio do Dragão foi o palco desse emocionante confronto que terminou empatado 1-1 após prolongamento, com os dragões a garantirem a passagem à final através de uma vitória por 5-4, na decisão por grandes penalidades.
O Porto, sob o comando do treinador neerlandês Co Adriaanse, liderava o campeonato nacional e já sonhava com a dobradinha. Já o Sporting, orientado por Paulo Bento, ainda acreditava que podia erguer o título e, ao mesmo tempo, também não queria sentir o sabor da eliminação às mãos dos rivais azuis e brancos.
Os dragões, para este encontro, entraram em campo com Vítor Baía, José Bosingwa, Pedro Emanuel, Pepem Marek Čech, Paulo Assunção, Lucho Gonzále, Raul Meireles, Ricardo Quaresma, Benni McCarthy e Adriano Louzada. O emblema de Alvalade, por outro lado, apresentou-se com Ricardo, Marco Caneira, Miguel Garcia, Anderson Polga, Tonel, Custódio, Carlos Martins, João Moutinho, Sá Pinto, Deivid e Liedson.
Durante os 90 minuto, ambas as equipas demonstraram um futebol equilibrado, com oportunidades de golo para ambos os lados, mas sem conseguirem alterar o marcador. O empate a zeros levou o jogo para prolongamento e foi aí que a intensidade aumentou - e de que maneira.
Aos 108 minutos, o avançado Leonino Liedson inaugurou o marcador e colocou o Sporting em vantagem. Contudo, a resposta portista não tardou. Aos 115 minutos, Benni McCarthy restabeleceu a igualdade e levou a decisão para a marcação de grandes penalidades.
Ainda no prolongamento, os verdes e brancos ficaram reduzidos a 10 jogadores após a expulsão de Marco Caneira, por acumulação de amarelos, enquanto que os azuis e brancos, apenas seis minutos depois, ficaram com o mesmo número de atletas em campo, com o vermelho mostrado a José Bosingwa.
Na lotaria das grandes penalidades, o Porto mostrou-se mais eficaz. João Moutinho, médio do Sporting que, mais tarde, viria a transferir-se para o Dragão, falhou a primeira tentativa, enquanto que os jogadores portistas converteram todas as oportunidades. Lisandro López marcou o penálti decisivo.
Veja, abaixo, o resumo do Clássico:
Leões ficaram reduzidos a 10 homens ainda na primeira parte, acabando por não resistir ao domínio imposto pelos azuis e brancos
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No dia 22 de março de 1396, o Sporting deslocou-se ao reduto do Porto, em jogo a contar para a oitava jornada do Campeonato Nacional. Contudo, os leões tiveram um dia para esquecer, acabando goleados por 10-1, naquela que é, até aos dias de hoje, a maior derrota dos verdes e brancos diante dos dragões.
Os golos do Porto foram da autoria de Pinga (10’, 25’ e 90’), Carlos Nunes (13’, 60’, 70’ e 85’), Valdemar Morta (30’), António Santos (43’) e Carlos Pereira (44’). O único tento do Sporting no encontro surgiu aos 15 minutos, por intermédio de Wilhelm Possak.
Artur Dyson (GR), Vianinha, João Jurado, Mário Galvão, Rui Araújo, João Correia, Pedro Pireza, Adolfo Mourão, Wilhelm Possak, Francisco Lopes e Rui Carneiro foram as escolhas inicias do técnico dos leões, que era também jogador, Wilhelm Possak, contratado pelo Presidente Oliveira Duarte.
Quanto ao Porto, Ferenc Magyar, técnico húngaro, fez alinhar para o clássico da oitava jornada do Campeonato Nacional: Soares dos Reis (GR), Avelino Martins, Carlos Alves, Poças, Carlos Pereira, João Nova, Santos, Pinga, Carlos Nunes, Lopes Carneiro e Valdemar Mota.
O Porto entrou melhor na contenda e, aos 13 minutos, já vencia por 2-0, com tentos de Pinga e Carlos Nunes. A resposta verde e branca não se fez esperar e, aos 15 minutos, Wilhelm Possak reduziu para os leões. Contudo, aos 30 minutos, numa saída destemida, Artur Dyson, guardião do Sporting, acabou por ficar inconsciente e ter de abandonar as quatro linhas.
Nesta época, as substituições ainda não eram permitidas, obrigando um jogador de campo, Rui Carneiro, a ocupar o lugar na baliza, o que, na prática, deixou o Sporting com nove jogadores, estando juntos os principais ingredientes para um verdadeiro desastre, que acabou mesmo por acontecer.
No Boletim do Sporting, que mais tarde viria a denominar-se Jornal, o jornalista Carlos Correia descreveu a prestação dos leões como heroica, dadas as circunstâncias: “O desastre era inevitável, e foi-o mesmo, não obstante o espírito de sacrifício dos nossos dez representantes. A luta tornou-se inglória e altamente desigual, e dificilmente o moral dos jogadores leoninos podia resistir como resistiu: com uma nobreza e galhardia que podem constituir a nossa única satisfação na infelicidade que nos perseguiu”.
No final da edição 1935/36 do Campeonato Nacional, o Sporting terminou no terceiro lugar, com 18 pontos em 14 encontros (oito vitórias, dois empates e quatro derrotas). Os leões foram ultrapassados pelo Porto na última jornada, que, aproveitando o desaire dos verdes e brancos no reduto do Vitória de Setúbal, venceram o Carcavelinhos para somar 20 pontos e ficar no segundo lugar. O Benfica foi campeão nacional, com 21 pontos.
No capítulo individual, Pinga, do Porto, foi o melhor marcador da competição, com 21 finalizações certeiras. Todavia, o pódio contaria com dois jogadores do Sporting. Francisco Lopes e Manuel Soeiro - recorde o percurso do avançado leonino - , com 10 golos cada um, foram o segundo e terceiro artilheiros mais produtivos da prova.