Se há um ano atrás me tivessem dito “o Varandas vai buscar o Amorim ao Braga, vamos pagar mais de 13M por ele, mas para o ano no final da primeira volta do Campeonato o Sporting vai ser líder isolado do Campeonato com mais seis pontos que o FC Porto, mais nove que o Braga e mais 11 do que o Benfica”, eu ria-me.

Era algo muito difícil de conceber, mas a verdade é que é real. Amorim é o atual treinador principal da equipa do Sporting CP, tem jogado com muitos miúdos da formação, pôs a equipa a jogar futebol como gostamos de ver e é neste momento o treinador que fez história à frente do clube.

Depois do jogo de sexta-feira na Madeira, o Sporting CP fechou a melhor primeira volta de sempre: 17 jogos, 14 vitórias, 3 empates, 36 golos marcados e apenas 9 sofridos. Temos neste momento a melhor defesa da Liga e o melhor marcador do Campeonato conta com 14 golos marcados e nem sequer é ponta de lança! Pedro Gonçalves é o único da lista dos seis melhores marcadores que é extremo.

O melhor disto tudo? A comunicação. Muitos são aqueles que falam em estrelinhas de Campeão, muitos são os jornalistas que querem que Amorim assuma que o Sporting CP é candidato favorito ao título, o homem que chegou, mudou o futebol e o tornou melhor apenas responde: “Ainda não somos candidatos a nada, aprendemos com os erros dos outros no passado e temos muita coisa a melhorar”.

Isto, para mim é ter os pés na terra. Faltam 17 jogos e apesar de só termos o Campeonato em termos de competições, o nosso atual treinador tem plena consciência que não vale a pena, ainda, embandeirar em arco.

Eu cá tenho a esperança, terei sempre, por muito que a razão me diga para ter calma e que muita água ainda terá de correr debaixo da ponte, mas se há coisa da qual me orgulho é ter um treinador que trabalha a equipa como se ainda tivéssemos a batalhar para chegar ao primeiro posto.

De jogo para jogo, e agora com a chegada de J. Pereira e de Paulinho, vamos notando que a força que a equipa vai demonstrando ao início de cada partida, não diminui ao longo de 90 minutos e que os homens em campo, estando o jogo empatado, ou já com vantagem, continuam a querer mais, mais golos e mais Sporting.

Sempre quisemos jogar assim, sempre quisemos ter uma mistura entre a experiência de homens que conhecem bem o clube (Coates, João Pereira e João Mário por exemplo) e miúdos que já demonstraram qualidade em campo (como é o caso de Nuno Mendes e de Tiago Tomás). Tudo isto, aliado a uma exigência que Amorim vai pedindo a cada um deles, aliado a uma comunicação com a imprensa e com os adeptos sem uma única falha é bom demais.

Aconteça o que acontecer, nesta segunda fase que agora começa, o atual treinador da equipa leonina já disse: “Temos um objetivo desportivo, mas temos um outro maior que isso: criar uma grande equipa”, e eu no meio disto tudo, passei a ter um ‘lampião’ favorito, o nome dele é Rúben e tem 36 anos de idade.