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A MONTANHA DA SEGUNDA VOLTA
Trata-se de um marco importante, pois deixou knockout para o título o clube que mais investiu este ano.
Imagem de destaque08 Fev 2021, 09:10

Numa semana, duas vitórias e seis pontos conquistados. Com o empate, de ontem, do Porto em Braga, estamos com uma vantagem de 5 pontos na liderança, mas com um jogo a menos. Na passada sexta-feira, no Funchal, uma exibição sólida, permitiu ultrapassar o adversário que nos tinha eliminado para a Taça de Portugal. Demos assim continuidade à dinâmica de vitória, consubstanciada na vitória, do início da semana, frente ao Benfica. Como tinha referido na minha crónica da semana anterior, verificou-se que a “astúcia e sangue frio” que tinha preconizado (1), estiveram em campo de forma a, pacientemente, saber esperar pelo momento certo para desfeitear o adversário. Trata-se de um marco importante, pois deixou knockout para o título o clube que mais investiu este ano. Foi também quebrado um enguiço de 9 anos sem vencer, para o campeonato, o que se traduz, agora, numa vantagem de 33 contra 32 vitórias, em jogos a contar para aquela competição.

O jogo, da passada segunda-feira, ficou marcado pela questão da ida a jogo de Palhinha, tendo o Sporting sido notificado, durante a tarde, que o castigo estava suspenso, após as démarches legais efetuadas (2). Há que enaltecer a postura de Rúben Amorim ao manter a confiança em Matheus Nunes, já que tinham preparado o jogo com essa condicionante, passando a mensagem interna que, no futebol, o coletivo é mais importante que as individualidades. No entanto, não abdicou de Palhinha no banco, aumentando o leque de opções, tendo sido, provavelmente, com a sua entrada, dado um novo vigor ao meio campo leonino e adiantando Matheus para o golo. Muitas notícias e parangonas serão ainda vendidas á conta da situação de Palhinha, mas saúdo, desde já, o facto de o Sporting ter feito todos os esforços e lutado, nos sítios certos, para não ser prejudicado na ausência de jogadores em jogos decisivos. Veremos pois as cenas dos próximos capítulos, pois os nossos rivais não enjeitarão a oportunidade de explorar, ao máximo possível, tentativas de desestabilização e, quiçá, de perda de pontos, alimentando a comunicação social para esse desiderato.

Dia 1 de fevereiro foi também dia do fecho do mercado de inverno. Paulinho chegou à capital por troca com Sporar e Borjapara a cidade dos Arcebispos. João Pereira retornoucompensando a saída de Ristovksi e Matheus Reis veio de Vila do Conde, indo, em sentido contrário, Rafael Camacho. Muito se falou do preço da aquisição de Paulinho (3), avançado internacional português de 28 anos. Diria que foi o negócio possível para assegurar o concurso do jogador, que encaixa como uma luva no esquema de Amorim, aumentando ainda o lote de selecionáveis do Sporting para o Euro 2021. O assumir da irrelevância de Sporar, Camacho e Borja é demonstrativo do caminho errado que a gestão desportiva levava em Alvalade até esta época, em que foi gasto, com estes jogadores, um valor a rondar os 15 milhões de euros (4) (5) (6). Adaptando a famosa frase de Mark Twain, “as notícias da morte financeira do Sporting em 2018 foram manifestamente exageradas”…

Nota final para a carta aberta que Filipe Soares Franco escreveu a Frederico Varandas, afirmando que “já ganhamos um novo Sporting” (7). Lembro a Filipe Soares Franco e a todos os Sportinguistas que apenas acabámos, agora, a primeira volta do Campeonato. Acresce que, na segunda volta, disputamos os jogos com Porto, Braga e Benfica nos seus redutos, numa Liga NOS pródiga em golpes de teatro e cenas insólitas, que muitas vezes apenas acontecem ao Sporting. Portanto, tal como no ciclismo, a segunda volta será uma etapa de montanha. No entanto, devemos olhar para lá da primeira impressão de bazófia e algum ridículo desta carta aberta e lembrar que, daqui a um ano, temos eleições no Sporting. Talvez por esse prisma se perceba as movimentações e os apoios que se estão a posicionar para essa peleia. Quem não entender que este jogo eleitoral se está a disputar desde já, estará condenado ao fracasso, se estiver à espera da classificação final deste campeonato.

Diretor Leonino

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