Alberto Rodríguez: Estrela do Perú que no Sporting deixou muito a desejar

Com o bis apontado frente ao Estrela da Amadora, o avançado internacional sueco da formação do Sporting Viktor Gyokeres, chega aos 30 golos no campeonato e entra numa lista muito restrita de goleadores, com mais de três dezenas de remates certeiros numa só edição da liga.

Uma lista liderada por Peyroteo

Esta é uma lista que foi inaugurada pela lenda do emblema verde e branco, Fernando Peyroteo, que durante a década de quarenta alcançou esta distinta marca por três vezes, ás quais se juntam ainda o feito em 1938, totalizando quatro temporadas com 30 ou mais golos.

Fernando Peyroteo é inclusive, por larga margem, o melhor marcador de sempre da história do Sporting com 543 remates certeiros em 334 jogos, o que totaliza uma média impressionante, que claramente supera a de um golo por jogo, e que faz do avançado uma das principais lendas da história do Sporting.

Para além de Peyroteo há outros grandes nomes

Fernando Peyroteo é o nome mais cintilante desta lista mas está longe de ser o único. Também João Martins em 1954, Manuel Fernandes em 1986, que não lhe valeu uma chamada ao Mundial do México como mencionou Nuno Gonçalves ao Leonino, ainda Rui Jordão em 1980. Bas Dost foi o mais recente em 2017.

Destaque para Hector Casimiro Yazalde, que detém, até ao momento, o record impressionante de golos marcados numa edição da Liga Portuguesa, com 46. em 1974. O Chirola, como era carinhosamente tratado pelos adeptos Sportinguistas, passou a barreira dos 30 golos por mais uma temporada, no ano seguinte de 1975.

Outro craque do Sporting que protagonizou um época lendária de leão ao peito foi Mário Jardel, que em 2001/2002 apontou 42 golos de leão ao peito, numa temporada onde os verdes e brancos conquistaram o campeonato, equipa essa que era comandada pelo treinador romeno Lazlo Boloni.

Os números de Viktor Gyokeres

Esta temporada, com a camisola do Sporting, Viktor Gyokeres – avaliado em 75 milhões de euros – leva 42 encontros: 26 na Liga Portugal Betclic, oito na Liga dos Campeões, quatro na Taça de Portugal, três na Taça da Liga e outro na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 3.252 minutos em que esteve em campo, o sueco marcou 42 golos e fez dez assistências, sendo que 30 com já referido, foram apontados somente na Liga Portugal Betclic.

Krassimir Guenchev Balakov nasceu a 29 de março de 1966 na cidade búlgara de Tarnovo, onde começou a dar os seus primeiros passos, antes de embarcar na sua primeira aventura fora de portas, numa ida para Lisboa e, em particular, para o Sporting.

Início na Bulgária antes de chegar ao Sporting

Balakov deu os primeiros passos como jogador no clube local, o Etar Tarnovo, até rumar ao Sporting, a meio da época de 1990/1991. No conjunto búlgaro, o médio-ofensivo conquistou o titulo de campeão desse país na sua última temporada completa ao serviço do clube.

O percurso em Alvalade

Chegou a Lisboa quando a presidir o Clube verde e branco estava Sousa Cintra, tendo realizado, no conjunto das cinco épocas de leão ao peito, 168 jogos, nos quais apontou 60 golos, marcas que lhe permitiram alcançar uma admiração por parte dos adeptos, com destaque para o grande golo que fez ao Benfica, em 1992, apontado bem longe da baliza e apenas 12 segundos depois do apito inicial.

Ao serviço dos leões, apesar das excelentes exibições numa equipa em que constavam estrelas como Paulo Sousa ou Luís Figo, não foram além de conquista somente uma Taça de Portugal, na sua época de despedida em 1995, título conquistado no Estádio do Jamor.

Depois do Sporting, seguiu-se o Estugarda

Após ter saído de Alvalade, rumou à Alemanha, para representar a formação do Estugarda, equipa onde pendurou as botas na época de 2002/2003. Ao serviço dos germânicos, também não foi além de conquistar uma Taça da Alemanha, equivalente ao que conquistou em Portugal.

No Estugarda, depois de ter acabado a carreira de jogador, começou a de treinador-adjunto, tendo depois seguido para uma formação da quarta divisão alemã, de onde passou para a Suíça, tendo orientado várias formações no país helvético, como o Grasshoppers ou St Gallen.

O percurso de Balakov na seleção

Balakov, ao longo da sua carreira, representou a seleção principal da Bulgária por 92 ocasiões, tendo participado em duas fases finais de mundiais, em 1994, ainda a representar o Sporting, e em 1998. Nessa altura, já representava a formação do Estugarda. Foi, ainda, selecionador do seu país, em 2019, tendo orientado a seleção búlgara somente por seis encontros.

É um dos maiores nomes da história do basquetebol em Portugal. Mário Albuquerque, antigo jogador e treinador da modalidade, tornou-se numa das mais míticas figuras do Sporting e um dos nomes mais importantes para os leões.

Início da carreira

Nasceu em Portugal, mas mudou-se cedo para Moçambique, onde passou a sua infância, e onde começou a jogar, no Sporting Clube de Lourenço Marques, com o qual venceu vários títulos distritais, chegando mesmo a conquistar a Taça de Portugal.

Ingressou no Sporting durante a época 74/75. Desde cedo mostrou a sua qualidade, que se traduziu nos títulos conquistados pelos leões nos sete anos em que esteve em Alvalade (cinco como jogador ou jogador-treinador e mais dois como treinador). Pelos verdes e brancos, venceu dois campeonatos nacionais (75/76; 77/78), três Taças de Portugal (74/75; 75/76; 77/78), e ainda dois Campeonatos de Lisboa (75/76; 76/77).

O legado de Mário Albuquerque

Demonstrou, regularmente, a sua superioridade na quadra, tendo sido, por várias vezes, o melhor marcador do campeonato nacional. Em 77/78, bateu o recorde de pontos do Sporting, quando apontou um total de 867 durante toda a temporada.

Também se destacou pela seleção nacional. Ao serviço desta equipa, Mário Albuquerque foi internacional por 40 ocasiões, tendo-se estreado com apenas 17 anos, no Europeu de basquetebol, em Madrid. Chegou mesmo a ser capitão de equipa num outro campeonato da Europa, anos mais tarde.

Nelson Serra, outro nome mítico da modalidade em Portugal e no Sporting, disse o seguinte sobre Mário Albuquerque: "Para mim é, sem dúvida, um privilégio falar daquele que na minha opinião foi o jogador mais completo, mais desconcertante, que tornava fácil aquilo que para muitos era complicado com a vantagem de ser o tipo de jogador que nos momentos das grandes decisões decidia o que faz a diferença entre os bons e os grandes jogadores", explicou.

O gigante do basquetebol português recebeu vários prémios que marcaram uma grande carreira, entre os quais se destacam: Troféu de Imprensa, Revelação Masculina de Desporto (1965), Desportista do Ano (1970), Melhor atleta do Sporting Clube de Lourenço Marques (1972), Prémio Maçarico (1973), Prémio Stromp (1976), Menção Honrosa do Comité Olímpico Português, homenageado pelos Os Cinquentenários do Sporting em representação da equipa de Basquetebol.