Depois da vitória do Sporting, Rui Borges escreve mensagem em estrangeiro

O Tribunal Central Administrativo do Sul rejeitou a providência cautelar apresentada por Frederico Varandas, Presidente do Sporting, que visava suspender o castigo de 51 dias imposto pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Na origem do castigo está uma queixa apresentada pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, junto do órgão federativo, contra Frederico Varandas, na sequência de uma entrevista concedida pelo Presidente do Clube de Alvalade à Sporting TV, no passado dia 21 de fevereiro.

Na ocasião, o Presidente do Sporting afirmou que os árbitros aplicam critérios distintos nos jogos do Sporting, comparativamente aos rivais na luta pelo título: “Considero que o critério de arbitragem de que o Sporting é alvo nos jogos é diferente para os rivais que lutam para os mesmos objetivos do Sporting".

Na apreciação do caso, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol decidiu então pela suspensão do líder máximo dos leões, durante 51 dias, à qual acresceu uma multa no valor de 8568 euros. A decisão foi tornada pública no dia 5 de abril. Entretanto, Frederico Varandas também apresentou um recurso contra o castigo junto do Tribunal Arbitral do Desporto, sendo que o veredito ainda não é conhecido.

Vale lembrar que Frederico Varandas prestou declarações aos jornalistas, esta terça-feira, após o jogo do Sporting frente ao Rio Ave. O líder máximo do Clube de Alvalade manifestou a sua “admiração” pelo trabalho da equipa verde e branca: “No ano passado, o Sporting fez uma das melhores épocas da história, mas tenho de confessar que nesta há uma coisa que superou em relação à anterior: a minha admiração por eles por tudo o que têm feito num dos anos mais duros e difíceis e imprevisíveis que aconteceu no Sporting muito bem preparado e organizado para esta época".

O médio japonês Hidemasa Morita está de regresso aos treinos da equipa principal do Sporting, após mais de um mês de ausência, anunciou o Clube de Alvalade. O jogador lesionou-se em 20 de março, ao serviço da seleção japonesa, e voltou agora aos treinos com o restante plantel.

A novidade foi partilhada pela equipa leonina nas redes sociais, com fotos do treino desta quarta-feira, sendo a primeira imagem protagonizada por Hidemasa Morita. A legenda publicada no Instagram do clube dizia: “De regresso ao trabalho na Academia Cristiano Ronaldo”. Esta é uma ótima notícia para a equipa, que poderá contar com um dos seus pilares fundamentais no meio-campo na reta final da temporada.

Morita chegou a Portugal em 2020, depois de passagens por clubes no seu país natal, como o Ryutsu Keizai e o Kawasaki Frontale. Foi no Santa Clara, onde jogou nas temporadas 2020/21 e 2021/22, que se destacou e conquistou a sua oportunidade no Sporting, clube onde chegou em 2022. Desde então, tem sido uma peça chave no meio-campo da equipa verde e branca. Ao longo da sua carreira no Sporting, Morita já acumulou 111 jogos, 10 golos e 11 assistências, contribuindo de forma significativa para o sucesso da equipa.

Depois de um período de lesão, que afastou o jogador dos relvados, Morita está agora pronto para regressar e reforçar a equipa nas próximas partidas, contribuindo para os objetivos ambiciosos da equipa leonina na Taça de Portugal e no Campeonato. O regresso do japonês representa não apenas uma vitória para a equipa, mas também um reforço para o meio-campo que, sem dúvida, será importante nos desafios que se avizinham.

Este regresso a tempo da fase decisiva da temporada coloca o Sporting mais forte na busca por títulos e confirma o trabalho constante da equipa médica e técnica em recuperar os jogadores essenciais para as grandes partidas que se aproximam. É de recordar que a equipa de Rui Borges vai defrontar no próximo domingo, o Boavista - saiba mais informações sobre os bilhetes - que luta para sair dos lugares de despromoção, no Estádio do Bessa, às 20h30.

Os cartões amarelos ‘forçados’ pelos jogadores do Benfica, Ángel Di María e Florentino Luís, no recente jogo frente ao Vitória de Guimarães, continuam a dar que falar. Carlos Barbosa da Cruz, conhecido adepto do Sporting, criticou o comportamento dos atletas, mas afirma que a “culpa” pela ausência de penalização é de todos os clubes.

"A UEFA já veio qualificar como prática antidesportiva"

Num artigo de opinião publicado no jornal Record, o advogado e comentador desportivo começa por destacar que a “procura” de cartões amarelos é condenada pela UEFA e pela Federação Portuguesa de Futebol: “A UEFA já veio qualificar como prática antidesportiva e condenar situações em que os jogadores forçam a amostragem de cartões amarelos para limpar a folha e garantir a presença em jogos importantes. A própria Federação, nas competições que tutela, já também segue esta linha e pune o jogador, que, por via do seu comportamento, simula a prática desnecessária de uma infração, para ser punido com um cartão”

No entanto, Carlos Barbosa da Cruz - que, recentemente, falou do clima de "instabilidade emocional" que se vive no Benfica - sublinha que o entendimento da Liga é diferente, o que promove o comportamento: “O Regulamento Disciplinar da Liga, não entende assim, e não sanciona especificamente esta prática, remetendo-a para o limbo das “outras infrações”, cuja benevolência punitiva é bem conhecida. Por via disso, a dita gestão dos cartões tornou-se uma lamentável prática corrente, que atinge picos de descrédito, quando transmitida em direto, como aconteceu com o Benfica em Guimarães”.

“Fique claro que a culpa não é de nenhum clube em particular"

Ainda assim, o adepto do Sporting distribui a "culpa" por todos os clubes e fala de uma “questão de ‘fair-play’”: “Fique claro que a culpa não é de nenhum clube em particular, é deles todos, porque excecionalmente por uma vez, se põem de acordo na consagração deste expediente. E, é triste, porque, não se trata, como disse, com infelicidade, Bruno Lage, de estratégia, outrossim de uma questão de fair play e de defesa do jogo, com as quais não se deve facilitar”.

A terminar, Carlos Barbosa da Cruz lamenta o ambiente de “quase impunidade” que se vive no futebol português: “Dir-se-á que é apenas uma opção legislativa. Não é assim; essa, como outras, ligadas por exemplo, à penalização de comportamentos ilícitos de treinadores e dirigentes (exceto quando a APAF faz queixa), levam a uma situação de quase impunidade e a que o ambiente no futebol português seja dos piores que há por essa Europa fora”.