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Jogadores
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William Douglas Humia Menezes, conhecido apenas como Douglas, nasceu a 17 de março de 1963, em Belo Horizonte, no Brasil, e iniciou a sua formação no Cruzeiro, no ano de 1981. Cedo tornou-se num símbolo deste clube e não tardou a chegar, também, à seleção canarinha, que no total representou por 12 ocasiões.
Em 1988, depois de uma breve passagem pela Portuguesa, transferiu-se para o Sporting e trouxe consigo a experiência e o talento necessários para ter impacto mediato. Em Alvalade, teve como colegas de setor jogadores de renome como Silas, Carlos Manuel, Oceano, Peixe, Luís Figo e Balakov - que recentemente comentou a mudança de Francisco Trincão para a 'camisola 10'.
Ao longo de quatro temporadas com a Listada verde e branca, entre 1988/89 e 1991/92, Douglas realizou 124 jogos e marcou 14 golos. A qualidade que demonstrava ter com a bola nos pés marcou uma era no meio-campo leonino e levam-no a ser lembrado, ainda hoje, pelos adeptos Sportinguistas.
Terminada a passagem por Portugal, Douglas voltou ao Brasil e deu seguimento à carreira primeiro no Cruzeiro e, posteriormente, no Ponte Preta. Aos 32 anos decidiu 'pendurar as chuteiras' e, a partir desse momento, passou a dedicar-se a gestão de empresas. Também chegou a comandar alguns pequenos clubes da região como treinador.
O antigo internacional brasileiro, que jogava habitualmente com as meias para baixo, a camisola para fora dos calções e os cabelos compridos soltos, chegou a recordar, em maio de 2020, a sua passagem por Alvalade, garantindo sentir muitas saudades desse período.
"Foi uma passagem que marcou muita a minha vida, tenho amigos até hoje. (...) O Sporting merece grandes jogadores, uma grande equipa, pelos Adeptos que tem. Eu sou fã do Sporting, eu e a minha família e os meus filhos. Os Sportinguistas merecem uma equipa boa. Nunca me arrependi de ter ido para o Sporting", garantiu Douglas, em entrevista concedida à Sporting TV.
Ao serviço do Clube de Alvalade, brasileiro realizou 72 encontros e fez o gosto ao pé em três ocasiões. Relação com os adeptos leoninos não foi fácil
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Evaldo, nascido a 18 de março de 1982, representou o Sporting por três temporadas, mas nunca conseguiu encantar os adeptos leoninos. Apesar de ter envergado a Listada verde e branca em 72 ocasiões – nas quais marcou três golos –, o lateral esquerdo nunca se conseguiu afirmar no Clube de Alvalade.
Em 2003, Evaldo, com apenas 21 anos, mudou-se de armas e bagagens do Brasil para o Porto. Na turma de José Mourinho, o brasileiro durou apenas uma época, na qual realizou dois jogos – Vilafranquense (Taça de Portugal) e Rio Ave (Campeonato) –, acabando mesmo por conquistar o título nacional.
Na época seguinte, Evaldo rumou ao Marítimo e, na ilha da Madeira, a experiência foi bem mais positiva. Ao cabo de quatro temporadas, o brasileiro era um ala confiável, sendo dos elementos mais valiosos do conjunto insular. Ao todo, o ala realizou 113 encontros, não tendo, porém, marcado qualquer golo.
No mercado de verão de 2008, Evaldo trocou o Marítimo pelo Braga, num negócio a rondar os 800 mil euros. Na pedreira, o brasileiro esteve apenas por duas épocas, mas as suas prestações (85 jogos, três golos e parte da equipa que terminou no segundo lugar do Campeonato) foram suficientes para convencer os responsáveis do Sporting a avançar para a sua contratação.
No verão de 2010, a estrutura do Sporting decidiu avançar para a contratação de Evaldo, investindo cerca de 3 milhões no brasileiro. O objetivo passava por trazer um atleta capaz de concorrer com Leandro Grimi e a verdade é que isso foi alcançado, dado que o ex-Braga foi titular absoluto em 2010/11 (47 partidas e um golo).
A estreia pelo Sporting aconteceu a 29 de julho de 2010. Na deslocação ao reduto do Nordsjaelland, em jogo a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga Europa, Evaldo foi titular na vitória da turma de Paulo Sérgio, por 1-0, com finalização certeira de Simon Vukcevic aos 24 minutos. Nessa mesma competição, o canhoto marcou o primeiro golo com a Listada verde e branca frente ao Brondby.
Contudo, os bons tempos de Evaldo no Sporting tiveram vida curta. Em 2011/12, com a chegada de Emiliano Insúa, o brasileiro passou a ser habitual suplente, realizando apenas 25 encontros, nos quais apontou dois golos (Nordsjaelland e Sporting Vaslui). Na época seguinte, o ala foi emprestado ao Deportivo da Corunha e não mais viria a representar os leões.
Em outubro de 2013, depois de não ter chegado a um entendimento para renovar contrato com o Sporting, Evaldo chegou a acordo com os responsáveis leoninos para abandonar o Clube de Alvalade. Até final da carreira, o brasileiro representou emblemas como o Gil Vicente (35 jogos e três golos), Moreirense (35 partidas e um golo), Cova da Piedade (126 encontros e cinco golos), Torreense (27 encontros e quatro golos) e Atlética da Malveira (19 partidas e dois golos).
Apesar de não ter terminado da melhor maneira, Evaldo manteve uma ligação emocional ao Sporting. Recentemente, no torneio de lendas organizado pela Liga Portugal, o lateral representou os leões e ajudou o Clube de Alvalade a vencer o torneio, deixando pelo caminhos clubes como o Benfica e o Porto, em encontros bastante quentinhos.
Avançado português vestiu a Listada verde e branca ao longo de 12 temporadas e apontou 205 golos em 219 jogos realizados
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Manuel Soeiro nasceu em 1910 e foi um dos grandes avançados do futebol português na primeira metade do século XX. Jogador talentoso e goleador nato, destacou-se ao serviço do Sporting, principalmente pela capacidade de finalização e inteligência dentro de campo, características que resultaram em mais de duas centenas de golos marcados.
Soeiro chegou ao Sporting em 1933, proveniente do Luso FC, e vestiu a Listada verde e branca durante mais de uma década, tornando-se mesmo um dos melhores marcadores da história do Clube de Alvalade. Numa só época, em 1936/37, precisamente a mesma que ficou marcada pela chegada de Joseph Szabo, Soeiro apontou 42 (!) em 27 jogos e contribuiu - e muito - para a conquista do Campeonato de Lisboa.
Ao longo da sua carreira, o avançado também representou a seleção nacional, com a estreia a acontecer no dia 3 de Maio de 1932. Nesse jogo, decorrido em Lisboa, Portugal levou de vencida a Jugoslávia, por 3-2, e Soeiro apontou um dos golos da equipa das quinas. Acabou por representar este conjunto mais 11 vezes, com cinco golos marcados no total.
Manuel Soeiro foi ainda responsável, em parte, pelo sucesso de mais uma grande figura do Sporting. Foi ele que, em 1946, 'enviou' o sobrinho Manuel Vasques para o Clube verde e branco, sendo que o médio tornar-se-ia um dos míticos Cinco Violinos, com um percurso recheado de sucessos por este emblema.
Fazendo as contas, Manuel Soeiro despediu-se do Sporting ao fim de 12 épocas, após as conquistas de um Campeonato Nacional, três Campeonatos de Portugal, uma Taça de Portugal, nove Campeonatos de Lisboa e dois de Reservas, tendo sido integrado na linha da frente que marcou o Sporting antes dos Cinco Violinos, ao lado de Adolfo Mourão, Pireza, Fernando Peyroteo e João Cruz.
Manuel Soeiro morreu em 1977, mas antes disso, e depois de ter 'pendurado as chuteiras' com 205 golos em 219 jogos de leão ao peito, teve uma experiência como treinador, primeiro pelo Luso do Barreiro e, mais tarde, nos juniores do Sporting. Conseguiu, também, ajudar o Torres Novas a ser promovido, pela primeira vez, à 2ª divisão nacional, na época 1949/50.
Médio-ofensivo não deixou ninguém indiferente durante a sua passagem por Alvalade, mas a carreira ficou marcada por irregularidades e lesões
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Leandro Atilio Romagnoli, nascido a 17 de março de 1981, em Buenos Aires, Argentina, foi um médio-ofensivo de grande talento, conhecido pela sua enorme criatividade, visão de jogo e velocidade de drible. Formado no San Lorenzo, destacou-se desde jovem como uma promessa do futebol do seu país e em 2002 conquistou a Taça Sul-Americana com o El Ciclón. O seu talento levou-o a ser contratado pelo Veracruz do México, em 2005, antes mesmo de 'aterrar' na Europa, para jogar pelo Sporting.
O argentino chegou a Alvalade em janeiro de 2006, por empréstimo, numa altura em que os leões procuravam mais uma opção para o meio-campo. Apesar de um início algo discreto, Romagnoli foi capaz de conquistar o seu espaço na equipa e demonstrou o seu valor com exibições de grande qualidade, especialmente na reta final da época 2006/07. Assim, mereceu ser comprado a título definitivo, por pouco mais de um milhão de euros, e assinou um contrato válido até 2010.
Um dos momentos mais marcantes da sua passagem pelo Sporting foi a conquista da Taça de Portugal, ainda nessa temporada, bem como o vice-campeonato, alcançado na mesma. Além disso, participou ativamente na conquista de duas Supertaças Cândido de Oliveira, em 2007 e 2008, e teve presença assídua nas competições europeias.
Apesar do talento inegável, Romagnoli teve muitos altos e baixos dificuldades físicas que o impediram de ser ainda mais influente no Sporting. Com a chegada de novos jogadores e alterações táticas, foi perdendo espaço na equipa titular. Em 2009, após três épocas e meia no clube, foi libertado pelo Emblema de Alvalade, que decidira aposta em Matías Fernández - jogador que ainda há pouco tempo voltou 'a casa' -, e assim decidiu regressar ao San Lorenzo, clube pelo qual passou a desempenhar, já depois da retirada dos relvados, funções administrativas.
Ao todo, pelo Sporting, Leandro Romagnoli, que ficou conhecido pela alcunha 'El Pipi', fez 111 jogos de leão ao peito, num total de 7.346 minutos em campo. Apontou 12 golos e 17 assistências e partilhou o balneário de Alvalade com figuras bem conhecidas do Clube, tais como João Moutinho, Nani, Hélder Postiga e Liedson.
Veja, abaixo, todos os 12 golos marcados por Romagnoli no Sporting: