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Futebol
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A Confederação Brasileira de Futebol fez oficialmente a escolha de Carlo Ancelotti para assumir a seleção do Brasil, mas a decisão não caiu bem com Jorge Jesus. O antigo treinador do Sporting, que esteve em conversações com o presidente da CBF até a quinta-feira passada, ficou com um "sentimento de frustração", já que, segundo fontes, ninguém lhe deu uma satisfação após a escolha do italiano
Jesus já tinha afirmado ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que estava disponível para assumir a seleção, deixando claro que não haveria problemas com Neymar, com quem trabalhou no Al Hilal. Apesar de rumores de desentendimentos entre o treinador e o pai do jogador, que alegadamente não queria Jesus à frente da seleção, o treinador português continuava como uma opção forte. O fato de Neymar ter deixado o Al Hilal para assinar com o Santos, por si só, não seria um obstáculo.
O portal UOL revelou que Jorge Jesus esteve na liderança das conversações, mas a paixão de Ednaldo Rodrigues por Carlo Ancelotti, que tenta convencer o italiano a assumir a seleção desde 2022, foi um fator crucial na decisão final. Somado a isso, as preocupações com Neymar e seu pai, que aparentemente não queriam Jesus, acabaram por pesar na balança, levando a CBF a seguir a escolha de Ancelotti.
Carlo Ancelotti, atual treinador do Real Madrid, permanecerá na Espanha até o fim da temporada, mas assumirá a seleção brasileira no dia 26 deste mês, já com o objetivo de preparar a equipa para os jogos de qualificação para o Mundial de 2026, que começam em junho. A sua chegada à "canarinha" é vista como uma mudança de filosofia, com Ancelotti sendo um nome altamente respeitado no futebol mundial.
Enquanto isso, Jorge Jesus segue no mercado, após ter deixado o Al Hilal no início deste mês. O português, que já foi campeão em vários clubes, continua a aguardar novas propostas, esperando que o futuro lhe traga uma nova oportunidade para regressar ao ativo.
Antigo diretor de comunicação do Clube de Alvalade fala "má interpretação" do que foi dito e que críticas a pilar dos leões não têm cabimento
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Nuno Saraiva defende Rui Borges e refere que o treinador do Sporting foi “mal interpretado” nas considerações que fez sobre o Vitória de Guimarães. De resto, o ex-diretor de comunicação dos leões diz não entender as críticas que foram dirigidas ao timoneiro do Clube de Alvalade.
"Devo dizer que o Rui Borges foi mesmo mal interpretado"
"Devo dizer que o Rui Borges foi mesmo mal interpretado. Acho que somos, de facto, um país de escritores de novela, de realizadores de cinema, de ficcionistas”, frisou. "Gostamos muito de ver muitas vezes ficção onde ela não existe”, sustentou o sportinguista, em declarações no canal V+.
"Toda a gente sabe aquilo que o Rui Borges quis dizer"
Por outro lado, Nuno Saraiva relatou que “toda a gente sabe aquilo que o Rui Borges quis dizer e que toda a gente que seja minimamente séria na análise, percebe que o que Rui Borges disse é que o Vitória de Guimarães tem jogadores tão competitivos que querem estar sempre nos grandes jogos”, esclareceu.
Por outro lado, diz que “o comunicado do Vitória até tem uma certa ironia”. Contudo, “só não conhecendo o Rui Borges, não conhecendo aquilo que é o seu perfil, a sua capacidade de análise, a sua relação com os seus antigos jogadores e com os seus antigos clubes é que se pode ver maldade naquilo que ele disse”.
Assim, Nuno Saraiva refere que os comentários às palavras do treinador do Sporting não têm qualquer cabimento: “O Rui Borges tem muito respeito pelo Vitória, tem muita gratidão e muito respeito pelos jogadores do Vitória”, concluiu sobre o tema. Na preparação para o encontro, Rui Borges teve novidades sobre condição física de Hidemasa Morita.
Advogado e sportinguista convicto escreveu uma crónica de reflexão sobre a transformação do Clube de Alvalade, destacando a quebra de um ciclo de inferioridade
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Carlos Barbosa da Cruz assinou esta, segunda-feira, mais um artigo de opinião, onde traça um retrato das mudanças profundas no Sporting nos últimos anos. Escrevendo antes do jogo decisivo frente ao Vitória de Guimarães, o advogado garantiu que o seu testemunho é válido “independentemente de qual seja o resultado”, mostrando-se confiante na vitória e lembra os altos e baixos da temporada.
Com um olhar experiente de quem viveu longos períodos de jejum, Barbosa da Cruz lembra o passado difícil do clube: “Faço parte daquela geração de sportinguistas da intermitência, ou seja, dos que tiveram de percorrer o caminho das agruras de abstinência durante dois longos e penosos períodos de dezoito anos”, pode ler-se no jornal Record.
“Nos momentos decisivos, normalmente o Sporting falhava"
Durante esses anos, o Sporting, na sua ótica, desenvolveu “alguma cultura de inferioridade”, muito por culpa de fatores externos, mas também por uma fragilidade emocional que impedia a equipa de triunfar nos momentos mais importantes: “Nos momentos decisivos, normalmente o Sporting falhava, acrescente-se, as mais das vezes, induzido por fatores externos que ajudavam à desestabilização.”
A crítica vai ainda mais fundo: "Esse síndroma do medo de triunfar causava na equipa e nos adeptos compreensível frustração, porque havia sempre alguma coisa que se interpunha entre o Sporting e o sucesso, a ponto de se instalar, com permanência, um déficit de ambição, mais conhecido pelo atraso que assentava arraiais em Alvalade, por alturas do Natal."
Contudo, o autor reconhece uma clara mudança de paradigma no clube, particularmente nesta época. Para Barbosa da Cruz, o Sporting de hoje é mais maduro, mais ambicioso e mais preparado para vencer: “Este último ano, porém, veio revelar uma atitude diferente e uma relação com o sucesso totalmente transfigurada. O Sporting responde quando é preciso, não se inferioriza, não se enerva, não abana e trocou o discurso de vitimização pelo discurso de ambição.”
Mesmo perante adversidades, desde lesões a polémicas e campanhas externas, o clube manteve-se firme e coeso: “Todas as adversidades que podiam acontecer, aconteceram, numa cadência assustadora que desencorajaria qualquer um, mas que se foram superando com muita abnegação e pragmatismo.”
A crónica termina com um aviso aos críticos e uma mensagem de confiança para os adeptos leoninos: "Novo ventos de mudança sopram, e estão de feição para os de Alvalade; penso que agora os adeptos do Sporting perceberão a razão profunda de haver tanta gente que não gosta de Frederico Varandas. A equipa leonina já se encontra em preparações para o duelo no Estádio de Alvalade, apontado para as 18h.
Jornalista do Record deixa muitos elogios a um dos jogadores mais influentes da equipa verde e branca e destaca as suas qualidades
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Maxi Araújo é um dos jogadores em maior destaque na equipa do Sporting. Contratado ao Toluca, no passado mercado de verão, o internacional uruguaio é um dos jogadores mais utilizados do plantel leonino, tendo já participado em 44 jogos. Rui Dias, jornalista do Record, deixa muitos elogios ao “camisola 20” e diz que o atleta “ainda não atingiu o máximo” das suas capacidades.
“Começa por ser um jogador apetecível, um multifuncional sempre procurado pelos treinadores, mas é tão eficaz, fiável e até brilhante que constitui mais-valia em cada função específica. Ruben Amorim chegou a utilizá-lo como avançado, Rui Borges começou por pensar nele como defesa, mas acabou por consolidar-se como ala, função na qual se tem notabilizado”, começa por referir Rui Dias, num artigo de opinião publicado no jornal Record.
"Desarma, conduz e executa com clareza espantosa, principalmente junto à grande área"
O jornalista destaca as qualidades futebolísticas de Maxi Araújo - que é um dos jogadores mais rentáveis do futebol europeu: “A tensão que põe no jogo não afeta a precisão dos gestos; a contundência nos duelos não interfere na refinada técnica individual; a dinâmica e intensidade nas intervenções nunca ficam órfãs da inteligência. No vaivém pelo flanco, que repete vezes sem conta em hora e meia, Maxi diversifica o reportório. Desarma, conduz e executa com clareza espantosa, principalmente junto à grande área, prova de que a aparente leveza dos gestos largos, mais indefinidos e nem sempre minuciosos, se transforma em ações seguras e executadas com sentido prático”.
Rui Dias considera ainda que Maxi Araújo “ainda não atingiu o máximo que tem para oferecer ao Sporting”: “Já mostrou qualidades, consolidou estilo, perspetivou o desenvolvimento e confirmou um destino para o resto da carreira. Mas ainda não bateu no topo da escala, mesmo partindo do princípio de que o essencial para chegar tão alto já lá está: joga curto e longo; leva a bola em drible ou prossegue o caminho atropelando quem lhe surge pela frente”.
A terminar, o jornalista aponta à continuidade da evolução de Maxi Araújo, nos próximos anos: “Aos 25 anos, demorou a adaptar o conceito futebolístico e a sua própria natureza pessoal aos padrões estéticos e competitivos do futebol europeu. Internacional uruguaio, uma das paixões de Marcelo Bielsa na seleção celeste, beneficiou dos conselhos e ensinamentos que os seus treinadores lhe transmitiram em Alvalade – Ruben Amorim, João Pereira e Rui Borges. O enquadramento foi dimensionado pela abertura para continuar a aprender e fortalecer-se como futebolista, cumprindo o objetivo de apetrechar-se com armas para voar cada vez mais alto […]. O futuro será o que ele quiser”.