Luís Mateus , jornalista que escreveu um livro sobre os triunfos de Roger Schmidt no Benfica, não tem dúvidas de que Francisco Trincão é “a fonte de fantasia” de que o Sporting andava à procura. Num artigo de opinião no jornal ‘A Bola’, o comentador destaca o rendimento do internacional português desde o início do ano e deixa elogios a Rúben Amorim, que nunca deixou de acreditar no jogador.
“Até ao dia 5 de janeiro deste ano, Francisco Trincão somava apenas um golo na Taça de Portugal e duas assistências na Taça da Liga. Desde então, leva oito tiros certeiros e sete passes decisivos em todas competições, tornou-se indiscutível, relegando Paulinho e Marcus Edwards para segundas núpcias, e ganhou uma influência no momento ofensivo que só encontra paralelo em Gyokeres e Pedro Gonçalves”, começa por dizer Luís Mateus.
“Se o sueco já toda a gente sabe o que é, nada mais do que verticalidade, explosão e potência, Pote é leitura de espaço e definição cirúrgica e o esquerdino finesse ao jeito de espadachim e criatividade. Em Famalicão, os olhos levantados encontraram rapidamente a linha de passe e o momento certo para servir o colega, com caminho aberto para a vitória que quase todos consideravam decisiva para o título”, atira o jornalista.
“Trincão é, finalmente, a fonte de fantasia que a equipa precisava e a prova de que um treinador não deve desistir nunca de alguém em quem acredita, mesmo que este demore a dar-lhe razão. No entanto, quando não está inspirado, Amorim também sabe que, se precisar, tem Paulinho para ser âncora, segurar o jogo mais à frente e atacar depois em apoio ou libertar em Gyokeres e pisar os espaços libertados pelo nórdico”, afirma Luís Mateus.
“Não há títulos sem felicidade em alguns momentos, porém o Sporting reuniu-se sobretudo à volta da crença em ideias sólidas, talento, paciência e irreverência. O treinador juntou as pontas soltas e tudo acabou por fazer sentido”, finaliza Luís Mateus.
NOTÍCIAS RELACIONADAS:
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.