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Após o triunfo do Sporting por 4-1 sobre o Kairat na abertura da fase de liga da Liga dos Campeões, Rui Borges marcou presença na conferência de imprensa e analisou vários aspetos do encontro. O técnico disse ter ficado satisfeito com a vitória, elogiou o "belíssimo jogo" de Iván Fresneda, referiu que Morten Hjulmand vai continuar a ser o marcador oficial de grandes penalidades e que está satisfeito com os atuais jogadores do plantel, após o fecho de mercado.

"Fomos competentes. Notou-se, em alguns momentos, alguma passividade na reação à perda e na pressão. Notava-se que não estávamos tão frescos para isso. Faz parte, temos de lidar melhor com isso. Na primeira parte, fomos criando algumas oportunidades de golo sem marcar, o que criou alguma ansiedade. Tínhamos de ter mais calma. Falhámos o penálti. Se marcássemos, acho que o jogo desbloqueava de forma diferente. A qualidade do Trincão fez o primeiro golo. Na segunda parte, entrámos mal, muito passivos, e o João Virgínia esteve bem. Acordámos durante 15, 20 minutos, com melhores e mais claras tomadas de decisão. Chegámos aos golos com naturalidade e quem entrou teve energia boa, positiva. Nos últimos dez minutos, voltámos a entrar nessa passividade e sofremos o golo. A equipa entregou-se ao máximo e o mais importante era ganhar", começou por dizer, colocando o seu foco em  Francisco Trincão, Geovany Quenda, Eduardo Quaresma, Iván Fresneda e Alisson Santos.

R. Borges: "O Iván Fresneda também fez um belíssimo jogo"

"Já disse que o Trincão foi o jogador que mais me surpreendeu. Já o conheço melhor, sei do que é capaz e o que pode dar à equipa. A qualidade individual é acima da média. Quanto ao Quenda, numa fase inicial do campeonato optámos pelo Geny Catamo, mas foi sempre a minha maior dor de cabeça. O Eduardo Quaresma também. Não tem jogado, mas foi muito importante na época passada. Sei do que é capaz, está muito mais maduro e fico feliz com a resposta que deu hoje. O Iván Fresneda também fez um belíssimo jogo. Todos vão ter oportunidades. O Alisson Santos veio de um patamar completamente diferente e está-se a adaptar. Fico feliz pelo golo. É preciso dar tempo ao crescimento porque a exigência diária é muito maior", disse.

O técnico abordou a gestão física que fez ao longo dos 90 minutos: "O grupo tem dado sempre uma resposta fantástica, mesmo quando está mais cansado. (...) O cansaço não acontece apenas pelo jogo de Famalicão, mas também pelos minutos nas seleções. Há coisas que não controlamos. Estamos a entrar neste ritmo competitivo e há uma adaptação a isso. Sabia que a qualidade individual seria melhor do que a do Kairat, mas não podíamos deixar partir o jogo e em alguns momentos deixámos", explicou o técnico, colocando o foco em Morten Hjulmand e Eduardo Quaresma.

R. Borges: "O Morten Hjulmand já marcou vários, falhou hoje. Acontece aos melhores"

"O Morten Hjulmand já marcou vários, falhou hoje. Acontece aos melhores. Por hierarquia, o Morten é o primeiro. Tem batido muito bem. Sobre o Eduardo Quaresma, ele deu uma grande resposta e tem merecido jogar. Só posso utilizar dois e tenho quatro. Vamos ver mais duplas diferentes, não só esta".

Relativamente à profundidade do plantel, o timoneiro dos leões diz estar satisfeito: "Nos últimos dias do mercado diziam que o Sporting tinha feito o pior mercado, agora já é o que tem mais profundidade. Sempre disse que estava feliz com o meu plantel. Confio em todos. É um grande grupo de amigos, agarram-se uns aos outros, respeitam-se muito. É muito importante sentir isso todos os dias."

Por fim, Rui Borges explicou as substituições: "Tentei refrescar a equipa porque a energia não estava como desejávamos. A resposta nos últimos dias de treino tinha sido positiva, mas a energia não estava lá durante o jogo. Falhámos mais tomadas de decisão do que o habitual, mesmo em jogo curto. Refrescar foi bom porque passou mais intensidade, tanto nas tomadas de decisão como nas reacções. Feliz por quem entrou, que deu uma resposta muito boa", terminou.

Rui Borges mostrou-se feliz pela vitória do Sporting (4-1) diante do Kairat Almaty. O treinador do Clube de Alvalade abordou as exibições de vários jogadores, nomeadamente de Geovany Quenda, que vai representar o Chelsea na próxima temporada, apelidando-o de "fora de série", tecendo também elogios à prestação de Eduardo Quaresma.

R. Borges sobre Quenda: "Para a sua tenra idade, é claramente um jogador fora de série"

"Quenda? Nos primeiros 15 minutos da primeira parte esteve um pouco adormecido, mas depois demonstrou a sua qualidade individual acima da média. Para a sua tenra idade, é claramente um jogador fora de série. Feliz por vê-lo crescer aos poucos e com a ambição de ser cada vez melhor", disse na flash interview, debruçando-se, de seguida, sobre o central leonino.

R. Borges sobre Eduardo Quaresma: "Estou feliz pela resposta dele"

"Se calhar, com o Rui Borges, foi quando o Quaresma teve mais jogos seguidos. Foi um jogador muito importante na época passada e acreditamos muito nele. Está a jogar na posição que gosta, fez um jogo sólido. Estou feliz pela resposta dele, mas nada que me surpreenda, tem trabalhado bastante. Feliz por poder contar com o Quaresma, o Zeno, o Inácio, o Matheus, o Ousmane", apontou.

Rui Borges falou ainda dos avançados que tem à sua disposição: "Todos dão boas dinâmicas. São jogadores que merecem ser reconhecidos por tudo o que dão à equipa. Não só com o Luis, o Fotis vai ser igual, acrescenta muito à equipa, vai dar coisas diferentes do Luis".

O treinador do emblema verde branco elogia os dois pontas de lança do Clube de Alvalade: "Fico feliz por poder contar com o Luis Suárez e com o Fotis Ioannidis, fazem com que os colegas sobressaiam nas suas qualidades", disse o timoneiro dos leões, que somou a primeira vitória da carreira na Liga dos Campeões.

O Sporting goleou, esta quinta-feira, dia 18 de setembro, os cazaques do Kairat Almaty, em Alvalade, por 4-1, na primeira ronda da fase liga da Liga dos Campeões. Rui Borges não entra em euforias e referiu que preferia não ter sofrido golos no encontro da prova milionária.

R. Borges: "Em momentos da primeira parte deixámos partir o jogo e isso torna-se perigoso"

"Sabe a uma vitória, apenas. São três pontos num início de competição, num jogo que sabíamos que poderia tornar-se mais difícil, contra uma equipa que teoricamente era inferior. Sabíamos que o adversário estava muito motivado para a competição e durante algum tempo fomos passivos e não pode acontecer. Em momentos da primeira parte deixámos partir o jogo e isso torna-se perigoso", começou por dizer, em declarações à Sport TV.

O técnico reconhece que a equipa não esteve ao seu nível no início da segunda parte: "O não fazermos golo demasiado cedo também cria alguma ansiedade e acabou por se sentir na equipa. Entrámos muito mal na segunda parte, deixámos o adversário acreditar mas depois disso há 15 minutos à Sporting, intensos, competitivos, com boas tomadas de decisão e qualidade individual. Nos últimos dez, voltámos a entrar na passividade e sofremos um golo".

R. Borges: "Preferia ter ganho 4-0, mas o mais importante era vencer"

Sobre os três golos de vantagem, Rui Borges admitiu que gostaria que fossem quatro: "Estamos numa fase de Liga, mais do que os golos, é preciso ganhar. As equipas teoricamente inferiores na qualidade individual e coletiva, mas depois há surpresas. Mais do que os golos, é bom ganhar por 4-1. Preferia ter ganho 4-0, mas o mais importante era vencer", terminou.

Os comandados de Rui Borges somam assim os primeiros três pontos na prova. O próximo jogo na competição internacional está marcado para quarta-feira, dia 1 de outubro, às 20h00, fora de casa, frente aos italianos do Nápoles, que perderam por 2-0 frente ao Manchester City.