LONGE DO SPORTING, PUPILO DE RÚBEN AMORIM NÃO ESTÁ PARA MEIAS PALAVRAS: "SABIA EXATAMENTE O QUE TINHA DE FAZER"

Chegou ao Sporting no último mercado de verão, mas já pede mais tempo de jogo: Maxi Araújo não se conteve nas palavras aquando do momento de regressar aos leões depois de estar ao serviço do Uruguai. O jogador falou, ainda, sobre o processo da sua transferência, fazendo uma revelação sobre o mesmo.

"Não parto muito contente, porque nos dois jogos não tive o rendimento que esperava. Apesar dos poucos minutos no Sporting, serviram para ganhar ritmo, rodagem e oxalá possa mostrar um bom nível lá para ter muitos mais minutos e vir à seleção para estar ao nível que todos conhecem", começou por dizer à rádio 'Sport 890', recordando, de seguida, a transferência do Toluca para os leões.

"A transferência demorou muito mais do que esperava. Depois, adaptei-me aos poucos. Nos jogos fui entrando muitos poucos minutos. Nos que fui titular, não terminei nenhum. Faltam-me minutos, mas isso não é desculpa. Agora, há que pensar no que vem aí, trabalhar e creio que vou fazer o melhor na minha equipa para poder voltar e fazer dois grandes jogos", sublinhou.

Maxi Araújo – avaliado em 12 milhões de euros - fez dois golos em cinco jogos esta época pelo Toluca. Na temporada passada marcou dois golos e fez cinco assistências em 39 partidas. O internacional uruguaio destacou-se na Copa América, juntamente com Manuel Ugarte e Franco Israel, sendo um dos melhores jogadores da seleção celeste.

Apesar de poder jogar também a ala, o 'camisola 20' dos leões leva já seis encontros jogados - num total de 194 minutos disputados -, maioritariamente numa posição mais avançada. O canhoto tem jogado a extremo, papel que faz quando é chamado por Marcelo Bielsa.

Nélson Pereira, antigo jogador e campeão nacional pelo Sporting, analisou a atual situação dos guarda-redes do Clube e expressou a sua opinião sobre as qualidades de Franco Israel e Vladan Kovacevic, ambos à disposição do treinador Rúben Amorim. “Acredito que os dois foram contratados porque viam neles capacidades para a exigência de um clube como o Sporting. É claro que, depois, o rendimento é que vai ditar quem poderá ser a opção”, afirmou, em declarações ao jornal A Bola.

Sobre a evolução dos guarda-redes, Nélson Pereira menciona a trajetória do bósnio: “O Kovacevic chegou, teve que se adaptar a uma nova realidade; as suas exibições estavam a começar a ganhar consistência e apareceu a lesão”. Por outro lado, Franco Israel soube aproveitar a oportunidade que surgiu, destacando-se nas partidas.

A dúvida sobre quem deve ser o guarda-redes titular parece estar presente em Amorim, mas Nélson Pereira acredita que essa incerteza é normal: "Um treinador quer sempre ter os seus jogadores no máximo das suas capacidades para lutar pela posição, e é o que está a acontecer. Se Kovacevic fizer um bom jogo, aliado aos bons jogos que Israel tem feito, cria aqui uma boa dor de cabeça”.

Para o ex-leão, a prática é essencial para a posição de guarda-redes. A rotina de jogos é fundamental para o desenvolvimento das habilidades necessárias, pois a pressão durante as partidas é diferente daquela sentida nos treinos. “Um guarda-redes precisa de muito jogo, porque é uma posição muito específica, e jogar insistentemente traz muitas vantagens”, enfatizou.

Por fim, o antigo guarda-redes de 48 anos conclui que a situação dos jogadores no Sporting é dinâmica e desafiadora. A competição entre Franco Israel e Kovacevic poderá levar a um aumento de desempenho em ambas as partes, mas também é crucial o processo de adaptação e a superação das dificuldades. Assim, a definição do número um da baliza ainda está em aberto, e a evolução de cada jogador será fundamental para a escolha do treinador: “Nesta altura, o Kovacevic deve ter na sua cabeça que, ao ser contratado, poderia partir em vantagem para a luta pela titularidade”, concluiu.

A saída de Rúben Amorim, para acompanhar Hugo Viana no Manchester City, e substituir a presença do técnico Pep Guardiola tem sido um assunto com diversas especulações ultimamente. Segundo o portal “The Guardian”, o técnico é efetivamente o plano B do atual campeão da liga inglesa. 

No canal A Bola TV, o dirigente desportivo André Geraldes acabou por comentar esta possível mudança para a Premier League: “Rúben Amorim tem linhas de orientação e trabalho muito idênticas às de Guardiola. A tal transição suave de que o City procura e fala, cairia bem neste momento”.

Mas, numa eventualidade do treinador catalão renovar o contrato com os citizens, e a negociação pelo técnico leonino não acontecer “O mais difícil no City é não ganhar. Com o orçamento que o clube tem, com a capacidade que tem de ter os melhores jogadores do mundo, eu diria que só uma equipa na Europa é capaz de, ao dia de hoje, fazer frente a este City, que é o chamado Real Madrid”, confessou o antigo responsável dos leões.

Recorde-se que Rúben Amorim chegou ao Sporting em março de 2020, oriundo do Braga, num negócio que custou aos cofres verdes e brancos qualquer coisa como 12 milhões de euros, já com ‘juros’ incluídos. Desde então, o técnico liderou 224 encontros, tendo vencido 157, empatado 34 e perdido 33, sendo uma das grandes figuras dos verdes e brancos nos últimos anos.

Ao comando do Sporting, Rúben Amorim conquistou cinco títulos: dois Campeonatos Nacionais (2020/21 e 2023/24), duas Taças da Liga (2020/21 e 2021/22) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2021). O treinador tem contrato com o Clube de Alvalade até junho de 2026 e uma cláusula de rescisão de 20 milhões para emblemas estrangeiros e 30 para clubes nacionais.

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