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Histórias do Leão
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Manuel Henriques de Nazareth, nascido a 10 de maio de 1911, em Moçambique, licenciou-se em Medicina e viria mesmo a ser o médico pessoal de António de Oliveira Salazar, durante mais de 20 anos, até à morte do ditador, em setembro de 1968. Admitido como sócio do Sporting a 18 de março de 1943, foi sempre conhecido pela sua paixão ao Clube que, um dia mais tarde, viria a dirigir.
Antes disso, em 1962, assumiu o cargo de Vice-Presidente para as Atividades Desportivas na direção de Joel Pascoal, sendo que um ano mais tarde assumiu funções como Vice-Presidente para as Relações Exteriores na lista liderada por Orlando Valadão Chagas. Após a renúncia deste dirigente poucos dias depois, a 4 de abril de 1973, Nazareth assumiu interinamente a Presidência do Sporting, conforme previsto nos estatutos do clube.
Apesar de ter liderado o emblema de Alvalade, Manuel Nazareth deixou sempre claro que não tinha ambições de exercer estas funções e, por esse motivo, manteve-se no cargo apenas até à eleição de João Rocha como Presidente, a 7 de Setembro de 1973.
Nestes cinco meses à frente do Sporting, a decisão mais impactante que tomou foi o despedimento do treinador inglês Ronnie Allen, que decidiu substituir por Mário Lino. Este último foi, assim, o grande responsável pela conquista da Taça de Portugal na temporada 1972/73.
A passagem de Manuel Nazareth pela Presidência do Sporting, embora breve, ajudou a que o Clube mantivesse a sua estabilidade e serviu para assegurar, acima de tudo, o funcionamento regular do mesmo até à eleição de uma nova liderança. Morreu aos 91 anos, a 7 de Março de 2003, e continua a ser lembrado pela sua dedicação aos leões.
Técnico húngaro foi o responsável por uma grande revolução registada no futebol português e, em particular, no emblema de Alvalade
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O dia 17 de Março de 1973 foi de luto para o futebol mundial, mas principalmente para o Sporting. Joseph Szabo morrera aos 76 anos, no Lar de Jogadores dos leões, como sempre foi o seu desejo, e como legado deixava não só um recorde que permanece intacto até hoje, o de treinador com mais jogos e mais vitórias à frente do Clube de Alvalade, como também a revolução imposta no futebol português.
Szabo foi um treinador de futebol húngaro, naturalizado português, que marcou uma era no futebol luso pouco depois de por cá ter 'aterrado', na década de 1930, para comandar o Porto. Trouxe consigo um conhecimento técnico avançado para a época, principalmente por cá, e a implementação de métodos de treino nunca antes visto fizeram crer, desde logo, que dele muito se poderia esperar
Em 1936, o Sporting garantiu a sua contratação ao Sporting de Braga e com ele ergueu três campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal e seis campeonatos de Lisboa. Nomes como Jesus Correia e Peyroteo, figuras enormes na história do Sporting, foram contratadas precisamente sob a sua demanda, sendo assim conhecido como um dos principais responsáveis pela criação dos Cinco Violinos.
Joseph Szabo favorecia o futebol ofensivo e era visto, ainda, como o fisioterapeuta e massagista da equipa do Sporting, funções que o Clube, nesse momento, não tinha. A sua dedicação era tanta que o técnico orientava, também, as camadas mais jovens, bem como a equipa principal, e não tinha nunca um horário de saída, sendo que o mesmo era ditado pelo cumprimento das várias tarefas que tinha em mente todos os dias.
O timoneiro húngaro está intimamente ligado aos primeiros anos de ouro do Sporting, Clube que deixou pela primeira vez em 1945, ao terminar o campeonato em segundo lugar. Em maio de 1953 voltou a Alvalade, mas acabou suspenso, no ano seguinte, após ter dado uma entrevista polémica. A ligação entre as duas partes, apesar de beliscada nessa altura, foi reconstruída mais tarde.
Ao todo, Szabo orientou o Sporting em 270 jogos, estabilidade que ajudou a consolidar o emblema que hoje conhecemos. A paixão por Portugal e pelos leões transformou-se na sua naturalização e, também por isso, o técnico quis morrer em terras lusas. Até hoje, o seu nome é recordado com respeito e admiração por Sportinguistas - e não só.
Equipa lendária leonina que contava com estrelas como Carlos Lisboa. Sagrou-se campeão nacional de modalidade que teve a secção interrompida durante anos
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A época 1981/82 do Basquetebol do Sporting, que não tinha começado de forma nada fácil, com a continuidade da secção em dúvida devido aos custos galopantes desta modalidade de alta competição, a que se juntava a crise económica que assolava Portugal, que chamou pouco depois a ajuda financeira do FMI.
Depois de uma 1ª fase do Campeonato Nacional muito complicada, onde existiram diversas derrotas, a 2ª fase correu muito melhor onde a duas derrotas iniciais tinham-se seguido 12 vitórias, e o Sporting partia para a fase final como favorito, depois de conquistar o 1º lugar e assim também o direito a disputar a fase final em casa, ou seja no velhinho Pavilhão de Alvalade.
No entanto, era necessário derrotar a formação do Porto, que tinha também uma equipa muito forte e um orçamento duas vezes mais elevado, o Barreirense, que de certa forma corria por fora, e ainda a equipa o Benfica, que com um orçamento três vezes superior ao do Sporting não tinha demonstrado em campo uma valia correspondente.
Na final four dessa edição do campeonato decorreu em dois fins de semana consecutivos (5 a 7 e 12 a 14 de Março de 1982), com jogos realizados nas 6ª, Sábados e Domingos. O primeiro fim de semana mostrou um Sporting soberano e superior aos adversários, isto apesar mesmo tendo perdido o jogo contra o Barreirense que era o menos favorito.
O jogo decisivo foi frente à equipa do Porto que revelou-se bastante equilibrado disputado por duas equipas que tinham muita qualidade e cujas armas conseguiram ferir o adversário. Do lado leonino destacaram-se nesta partida Mike Carter e Augusto Baganha, já Carlos Lisboa esteve abaixo do habitual.
O Sporting voltou a encontrar a formação do Porto na 6ª feira, dia 12 de Março de 1982. Desta feita, o triunfo foi clamoroso, traduzindo a superioridade verde e branca, e onde os leões foram dormir confiantes. Bastava agora vencer o Barreirense para assegurar o bicampeonato, algo que viria mesmo a acontecer.
Antigo líder do Clube de Alvalade assumiu os destinos dos verdes e brancos em 1929 numa fase complicada da história dos leões
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Eduardo Mário Costa foi o 13.º Presidente da história do Sporting. O antigo líder dos leões sucedeu a Joaquim Guerreiro de Oliveira Duarte (1928 – 1929) e esteve à frente do Clube de Alvalade apenas por alguns meses, entre março e outubro de 1929, tendo-lhe sucedido Álvaro José de Sousa (1929 – 1931). Recorde o perfil de Filipe Soares Franco, 39.º Presidente dos verdes e brancos, que recentemente celebrou mais um aniversário,
Antes de chegar a Presidente do Sporting, Eduardo Mário Costa – que começou por praticar esgrima e futebol nos verdes e brancos – integrou várias Direções, tendo desempenhado diversas funções e sido membro do Conselho Fiscal entre 1923/24. Posteriormente, foi primeiro Secretário da Mesa da Assembleia Geral, cargo que assumiu até abril de 1929.
Na sequência da demissão de Joaquim Guerreiro de Oliveira Duarte, após uma polémica com Jorge Vieira – capitão da equipa de futebol e internacional português – relacionada com as compensações aos jogadores, Eduardo Mário Costa chega a Presidente do Sporting, mas com algumas condicionantes.
Numa altura em que o futebol português se debatia com os desafios do profissionalismo, Eduardo Mário Costa aceitou comandar o Sporting com a condição de que os verdes e brancos se mantivessem um clube amador, tendo sido criada para o efeito uma Comissão Administrativa, que viria a durar alguns meses.
Eduardo Mário Costa foi nomeado Presidente da quarta Comissão Administrativa da história dos leões, da qual faziam ainda parte nomes como Albino Pais Abranches (Vice-Presidente), Artur Nunes Quintas (Tesoureiro), Álvaro José de Sousa (Secretário), Virgílio Pereira (Secretário), António Candeias (Vogal) e António Joaquim de Freitas (Vogal).
Eduardo Mário Costa encontrou o Sporting numa situação financeira e desportiva bastante complicada. O 13.º Presidente do Clube de Alvalade - Confira a lista completa - defendia que a solução passava por manter os leões como um Clube amador, adiando, pelo menos nesta fase, o caminho do profissionalismo.
Em Julho de 1929, a quarta Comissão Administrativa viu o seu mandato prolongado, mas a sua vida haveria de ser curta, durando apenas até 3 de outubro de 1929. Antes do término do seu mandato, a Direção de Eduardo Mário Costa aprovou os quintos Estatutos do Clube, relançou o Boletim do Sporting (mais tarde viria a ser o jornal) após um interregno de dois anos e instalou a sede na Calçada de São Francisco.
Eduardo Mário Costa foi considerado Sócio Benemérito em 1929 e o seu sucessor na liderança do Sporting foi Álvaro José de Sousa, que havia integrado a quarta Comissão Administrativa. O 13.º Presidente da história do Clube de Alvalade faleceu a 25 de março de 1963, quando já era o Sócio n.º 21 da história dos leões.