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Bosko Bjelanovic recorda histórico triunfo do Sporting na Taça Challenge: "Fica para a vida"
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Histórias do Leão
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João António dos Anjos Rocha nasceu em Setúbal a 9 de julho de 1930. Desde jovem mostrou uma enorme capacidade de trabalho, conciliando o emprego bancário com os estudos à noite. Apaixonado pelo desporto, destacou-se no voleibol e no remo, onde chegou a treinador da Escola Naval. O seu percurso no setor bancário levou-o a tornar-se acionista do Banco Português do Atlântico.
A sua ligação ao Sporting iniciou-se em 1973, quando assumiu a Presidência do Clube. Na altura, o Sporting atravessava uma crise diretiva, mas João Rocha trouxe uma nova visão e ambição. O seu grande objetivo era transformar o clube numa referência europeia, tanto no futebol como nas modalidades. Para isso, tentou criar a Sociedade de Construções e Planeamento, um projeto inovador para a época, que pretendia aproximar o clube de um modelo empresarial sustentável. No entanto, a Revolução de Abril inviabilizou esta iniciativa.
Durante os seus 13 anos na Presidência, o Sporting conquistou títulos em várias modalidades. No futebol, venceu três Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal e uma Supertaça. No hóquei em patins, levou o clube à conquista da Taça dos Campeões Europeus, duas Taças das Taças e uma Taça CERS. No atletismo, o Sporting consolidou-se como potência europeia, vencendo oito Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato.
Além dos títulos, João Rocha ficou também marcado pela sua proximidade com os atletas. O antigo capitão Manuel Fernandes, que eliminou o Benfica na Taça de Portugal de 1978 com um bis, recordava-o como um líder que apoiava a equipa nos momentos difíceis, chegando a estar no balneário após as derrotas para motivar os jogadores.
No plano estrutural, João Rocha modernizou o Sporting. Fechou as bancadas do Estádio José Alvalade, construiu pavilhões desportivos e melhorou as infraestruturas do clube. Além disso, aumentou significativamente o número de sócios, ultrapassando os 100 mil, tornando o Sporting numa das maiores instituições desportivas do país. Foi também pioneiro na internacionalização do clube, organizando digressões à China e a Angola, num período em que Portugal ainda não tinha relações normalizadas com este último país.
Em 1986, após 13 anos à frente do Sporting, João Rocha decidiu abandonar o cargo, alegando cansaço e questões de saúde. Mesmo depois de sair da Presidência, o empresário continuou a ser uma voz ativa no universo leonino. Manteve-se atento ao rumo do Clube, criticando algumas decisões da direção nos anos seguintes, mas sem nunca formar ou apoiar uma oposição declarada. Em 2012, numa Assembleia-Geral, foi aprovada por unanimidade a atribuição do seu nome ao futuro pavilhão do Sporting, como reconhecimento do impacto da sua presidência.
A 8 de março de 2013, João Rocha morreu no Hospital CUF Infante Santo, em Lisboa, vitima de uma doença prolongada. O seu nome permanece eternamente ligado à história do Sporting, visto por muitos como um dos dirigentes mais marcantes do desporto português.
Antigo treinador interino e filho da lenda do conjunto verde e branco mostrou muito respeito a figura importante do Clube por ter dignificado o seu progenitor
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Tiago Fernandes, antigo treinador interino e filho da lenda do Sporting, Manuel Fernandes - o quarto jogador com mais jogos na história do Clube - deu uma entrevista ao Record, na qual refere a presidência de Frederico Varandas como exemplo de valor para o seu pai.
Tiago Fernandes elogia Varandas: "Foi o que mais respeitou o Manuel Fernandes"
O antigo treinador interino destacou a atual presidência do Clube de Alvalade como a que melhor soube homenagear a imagem do pai: “Posso garantir que o Sporting presidido por Frederico Varandas foi o que mais respeitou e dignificou a figura do Clube que foi o Manuel Fernandes”.
Tiago Fernandes, recorde-se, treinou o Sporting como interino em 2018 durante poucos jogos, mas, ainda assim, continua a ter intenções de erguer um troféu: "O meu sonho não é voltar, porque já lá estive, o meu sonho é claramente ser campeão".
O filho da lenda Manuel Fernandes encontra-se agora a orientar o Torreense, mas nunca negou que os verdes e brancos mexem com o seu coração: “Sou profissional, mas nunca escondi que sou Sportinguista, também não tinha outra hipótese. O Sporting é um justo vencedor e fazia falta um Sporting pujante, depois de tudo o que se passou nos últimos anos”.
“Rui Costa investiu bem no mercado de janeiro, ao ir buscar Bruma, por exemplo, dando o sinal ao Benfica que tinham de ser campeões. Frederico Varandas mais tranquilo, muito confiante, o Rui [Borges] passou por momentos complicados, com menos alternativas, mas correu bem”, acrescenta Tiago Fernandes, relativamente à época desportiva vivida em 2024/25.
Tiago Fernandes: "Mal viu o Gyökeres, o meu pai disse-me: ‘é o único melhor que eu’”
Na entrevista em causa, Tiago Fernandes revelou, ainda, o que pai lhe disse sobre a maior estrela do plantel atual do Sporting: "O meu pai ligou-me depois da estreia do Gyokeres no Estádio do Algarve, na pré-época, e disse: ‘desde que deixei de jogar, este é o único que é melhor que eu’”.
“‘Lá estás tu! Então o Acosta, o Jardel, o Liedson?’. ‘Eram bons, mas este é o único que é mesmo melhor’. A verdade é que há goleadores, mas o Sporting tem ali 60% do sucesso no campeonato, sem dúvida”, completouTiago Fernandes.
Antigo jogador do Clube de Alvalade relembrou um episódio marcante pela negativa quando representava outro conjunto e teve de enfrentar os verdes e brancos
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Tonel, antigo jogador do Sporting - que falou sobre St. Juste recentemente - concedeu uma entrevista ao ZeroZero e nela recordou uma polémica em que esteve envolvido, na época 2015/16, depois de cometer uma grande penalidade a favor dos leões, quando já jogava pelo Belenenses, saindo derrotado desse encontro. Para além disso, o defesa também relembrou como foi chegar ao Clube de Alvalade.
Tonel conta episódio negro: "Cometi penálti mesmo no último minuto"
O antigo defesa dos leões começou por recordar o momento negativo: “Houve aí duas ou três pessoas que quiseram tirar proveito disso mesmo, mas acabaram por dar mais valor àquilo que se passou. Cometi um penálti mesmo no último minuto, que deu a vitória ao Sporting”.
"Isto num ano em que Jorge Jesus tinha ido do Benfica para o Sporting e, portanto, como eu tinha um passado ligado ao Sporting, associaram-se aí muitas coisas e eu acabei por ser prejudicado por isso”, acrescenta Tonel sobre o momento que o futebol português atravessava na época 2015/16.
Apesar de tudo, a situação em causa serviu como um 'abre-olhos' para Tonel: “Na altura foi difícil de levar com isso e de gerir as coisas, mas hoje, passado já algum tempo, percebi que se calhar aquilo não veio por acaso. Veio para me abrir os olhos e fazer perceber como são as coisas no futebol, a partir daí comecei a ver as coisas de maneira diferente”.
Nesta entrevista, Tonel ainda recordou os momentos que antecederam a sua contratação pelo Sporting e deu nota do momento caricato que marcou a sua carreira: “Ia treinar no Marítimo de manhã, lá para meio de julho. Chego ao treino e começam a dizer que vou para o Sporting, mas eu não sabia de nada. Faço o treino, vou para casa almoçar e descansar. O Carlos Pereira, presidente do Marítimo, liga-me: ‘Olha Tonel estou aqui em Alvalade, já acertei tudo, apanha o próximo avião e anda cá ter, mas não te estiques muito que eles não têm dinheiro’. E eu fui".
Ganhar títulos Sporting? Tonel diz: "Fui a quatro finais e venci as quatro”
Apesar de todas as dificuldades, Tonel ainda venceu alguns troféus pelo Sporting, conseguindo festejar títulos em todas as finais que disputou: “Foram quatro anos de Paulo Bento, quatro anos de segundo lugar, sentimos que não era bom, mas também não era mau face as dificuldades financeiras do Clube. Nesses quatro anos estivemos sempre na Liga dos Campeões. Tive a felicidade de ir duas vezes à final da Taça e vencer as duas. Tive duas Supertaças logo a seguir e venci as duas também. Fui a quatro finais e venci as quatro”.
O antigo defesa também chegou a representar Portugal duas vezes, apesar de ter passado uma fase em que era presença constante das convocatórias. Pelo Sporting, Tonel fez 14 golos em 178 jogos. O craque fez cinco épocas de leão ao peito antes de se transferir para o Dínamo Zagreb, onde também teve um bom desempenho.
Antigo jogador do Clube de Alvalade recordou primeiros passos na equipa principal dos verdes e brancos, ainda com apenas 17 anos
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João Palhinha revelou uma das primeiras conversas que teve com Jesualdo Ferreira enquanto o mesmo era técnico do Sporting. O antigo jogador dos leões – que deixou rasgados elogios a Morten Hjulmand – afirmou que o técnico tricampeão pelo Porto lhe disse, na altura, que tinha todas as condições para chegar ao alto nível.
Palhinha destaca importância de Jesualdo Ferreira: “Tinha acabado de chegar ao Sporting”
“Deu-me [Jesualdo Ferreira] moral. Tinha acabado de chegar ao Sporting, aos 17 anos, vindo do Sacavenense e, passados dois meses, chamou pela primeira vez a um treino da equipa principal do Sporting numa altura em que o Clube atravessava um momento difícil”, começou por afirmar João Palhinha, em entrevista ao Canal 11.
João Palhinha lembrou o primeiro treino pela equipa principal do Sporting: “Tinha assinado pelos juniores e já estava ali, independentemente de ser uma vez ou outra. Foi uma alegria tremenda. Não esperava que isso acontecesse. Nunca falei muito com o professor Jesualdo Ferreira. Na altura, lembro-me que ele me veio dar uma palavrinha e disse-me que tinha todas as condições para chegar ao mais alto nível”.
Palhinha aborda eventual regresso ao Sporting: “É o Clube que mais amo em Portugal”
Nesta mesma entrevista, João Palhinha recordou o polémico episódio com Jorge Jesus, após um clássico frente ao Porto, no Estádio do Dragão: “Era um miúdo a dar os primeiros passos na equipa principal do Sporting e a verdade é que até esse jogo tinha tido muito poucas oportunidades. O William Carvalho estava suspenso e o mister meteu-me nesse jogo e acaba por ter essa polémica. Teve impacto em mim".
Para lá do passado, João Palhinha falou também sobre o futuro e nomeadamente de um eventual regresso a Portugal e ao Sporting. Quando questionado sobre quais os próximos passos da sua carreira, o internacional português foi bastante claro, revelando que quer regressar a terras lusas.
“No máximo, quero estar mais três anos fora. Quero cumprir o contrato com o Bayern. Obviamente, não sei o dia de amanhã, mas, muito devido à minha vida familiar, quero voltar. Só eu sei o que me custa. Darei preferência ao Sporting. É o Clube que mais amo em Portugal”, finalizou João Palhinha.
Com a camisola do Sporting, João Palhinha realizou 95 encontros, nos quais marcou sete golos. O internacional português conquistou quatro títulos ao serviço dos leões: um Campeonato Nacional (2020/21), uma Supertaça Cândido de Oliveira (2021) e duas Taças da Liga (2020/21 e 2021/22).