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Histórias do Leão

João Rocha: O Presidente que marcou a história do Sporting

Foi o dirigente com maior longevidade do Clube verde e branco, liderando-o de 1973 a 1986 e vivendo um dos períodos mais gloriosos de sempre

A 8 de março de 2013 morreu João Rocha, o presidente que mais tempo serviu o Sporting e que mais títulos conquistou
A 8 de março de 2013 morreu João Rocha, o presidente que mais tempo serviu o Sporting e que mais títulos conquistou

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João António dos Anjos Rocha nasceu em Setúbal a 9 de julho de 1930. Desde jovem mostrou uma enorme capacidade de trabalho, conciliando o emprego bancário com os estudos à noite. Apaixonado pelo desporto, destacou-se no voleibol e no remo, onde chegou a treinador da Escola Naval. O seu percurso no setor bancário levou-o a tornar-se acionista do Banco Português do Atlântico.


A sua ligação ao Sporting iniciou-se em 1973, quando assumiu a Presidência do Clube. Na altura, o Sporting atravessava uma crise diretiva, mas João Rocha trouxe uma nova visão e ambição. O seu grande objetivo era transformar o clube numa referência europeia, tanto no futebol como nas modalidades. Para isso, tentou criar a Sociedade de Construções e Planeamento, um projeto inovador para a época, que pretendia aproximar o clube de um modelo empresarial sustentável. No entanto, a Revolução de Abril inviabilizou esta iniciativa.


Durante os seus 13 anos na Presidência, o Sporting conquistou títulos em várias modalidades. No futebol, venceu três Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal e uma Supertaça. No hóquei em patins, levou o clube à conquista da Taça dos Campeões Europeus, duas Taças das Taças e uma Taça CERS. No atletismo, o Sporting consolidou-se como potência europeia, vencendo oito Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato.


Além dos títulos, João Rocha ficou também marcado pela sua proximidade com os atletas. O antigo capitão Manuel Fernandes, que eliminou o Benfica na Taça de Portugal de 1978 com um bis, recordava-o como um líder que apoiava a equipa nos momentos difíceis, chegando a estar no balneário após as derrotas para motivar os jogadores.

No plano estrutural, João Rocha modernizou o Sporting. Fechou as bancadas do Estádio José Alvalade, construiu pavilhões desportivos e melhorou as infraestruturas do clube. Além disso, aumentou significativamente o número de sócios, ultrapassando os 100 mil, tornando o Sporting numa das maiores instituições desportivas do país. Foi também pioneiro na internacionalização do clube, organizando digressões à China e a Angola, num período em que Portugal ainda não tinha relações normalizadas com este último país.


Em 1986, após 13 anos à frente do Sporting, João Rocha decidiu abandonar o cargo, alegando cansaço e questões de saúde. Mesmo depois de sair da Presidência, o empresário continuou a ser uma voz ativa no universo leonino. Manteve-se atento ao rumo do Clube, criticando algumas decisões da direção nos anos seguintes, mas sem nunca formar ou apoiar uma oposição declarada. Em 2012, numa Assembleia-Geral, foi aprovada por unanimidade a atribuição do seu nome ao futuro pavilhão do Sporting, como reconhecimento do impacto da sua presidência.

A 8 de março de 2013, João Rocha morreu no Hospital CUF Infante Santo, em Lisboa, vitima de uma doença prolongada. O seu nome permanece eternamente ligado à história do Sporting, visto por muitos como um dos dirigentes mais marcantes do desporto português.


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Andebol do Sporting conseguiu feito histórico que só terminou às mãos do… Porto

Conjunto de Ricardo Costa tem dado muito que falar, pelos bons motivos, nos últimos anos, mas importante registo terminou diante dos dragões

Andebol do Sporting alcançou feito impressionante, que só terminou com o empate caseiro diante do Porto
Andebol do Sporting alcançou feito impressionante, que só terminou com o empate caseiro diante do Porto

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O Andebol do Sporting empatou (30-30), no passado sábado, na receção ao Porto, em jogo a contar para a 21.ª jornada do Campeonato Placard Andebol 1, terminando com uma impressionante série de 42 vitórias consecutivas no Pavilhão João Rocha.


Num encontro em que os leões até chegaram a liderar por quatro golos, um erro nos últimos segundos da partida - e que muito irritado deixou Ricardo Costa - ditou que fosse o Porto a conseguir terminar com este impressionante registo do andebol do Sporting, que começou a 21 de maio de 2022.


42 vitórias consecutivas começaram diante do… Santo Tirso


Após um empate caseiro, a 32, na receção ao todo poderoso Montpellier, na primeira mão dos quartos-de-final da EHF European league, o andebol do Sporting arrancou para 42 partidas consecutivas a vencer. A primeira vítima foi o Santo Tirso, que saiu do João Rocha com um desaire por 35-27. Nessa mesma época, ABC (37-29), Belenenses (31-24) e Benfica (36-31) também foram derrotados na casa das modalidades verdes e brancas.

Na temporada 2023/24, os números falam por si. Nos 21 jogos disputados no Pavilhão João Rocha, a turma de Ricardo Costa triunfou sempre. No panorama interno, destaque para as duas vitórias diante do Porto (35-32 e 35-33) e outras duas frente ao Benfica (32-26 e 37-28). Nas competições europeias, o andebol do Sporting venceu todos os seis encontros, nomeadamente diante do Fuchse Berlin (32-28) e do Rhein-Neckar Lowen (29-28).


Gigantes europeus caíram aos pés do Sporting no João Rocha

Já em 2024/25, e apesar do empate caseiro diante do Porto, o desempenho dos comandados de Ricardo Costa é notável. Nos 18 encontros disputados no Pavilhão João Rocha, o andebol do Sporting venceu 17 e deixou pelo caminho alguns dos principais emblemas da modalidade a nível europeu, tendo conseguido um registo histórico na Liga dos Campeões.

Até ao momento, o Sporting marcou uns impressionantes 658 golos, apresentando uma média de 36 finalizações por partida. No que diz respeito aos tentos sofridos, a equipa de Ricardo Costa concedeu 25 golos (média de 25 por jogo). Nota para o facto de, em todos estes encontros e exceção feito ao Porto, o Fuchse Berlin foi a equipa que mais perto esteve de pontuar, perdendo por apenas dois golos.

Até final da temporada, o Pavilhão João Rocha vai receber, pelo menos, mais dois dérbis – o próximo dos quais diante do Benfica, a 22 de março, dos oitavos-de-final da Taça de Portugal – e um clássico, diante do Porto, que promete ser decisivo nas contas finais do título. Na Liga dos Campeões, o andebol do Sporting jogará, no pior dos cenários, mais uma partida dentro de portas.


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Há 88 anos chegava ao Sporting o mestre húngaro Joseph Szabo

Em 1937, o técnico da Hungria trocou o Porto por Lisboa, moldando uma era dourada para os leões e criando a equipa lendária dos Cinco Violinos

Há exatamente 88 anos, a 27 de fevereiro de 1937, Joseph Szabo integrou o comando técnico do Sporting
Há exatamente 88 anos, a 27 de fevereiro de 1937, Joseph Szabo integrou o comando técnico do Sporting

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Há exatamente 88 anos, a 27 de fevereiro de 1937, o Sporting anunciou a contratação de Joseph Szabo, um técnico húngaro que estava a um passo de regressar ao Porto, clube onde tinha vencido oito campeonato regionais e o primeiro campeonato da Primeira Liga, e onde chegou a tornar-se num treinador muito respeitado.


Joaquim Oliveira Duarte, então presidente dos leões, antecipou-se ao rival e garantiu um contrato inovador, que incluía prémios de jogo. O que parecia apenas uma boa jogada de mercado revelou-se uma das decisões mais marcantes da história do clube.


Szabo chegou ao Sporting e rapidamente moldou a equipa ao seu estilo. Com um olhar atento ao talento e uma abordagem tática moderna, revolucionou a forma como os leões jogavam. A sua marca mais visível foi a construção da lendária equipa dos Cinco Violinos, onde destacou nomes como Jesus Correia, Vasques, Travassos, Albano e, sobretudo, Peyroteo. Este último tornou-se o avançado mais letal do futebol português, com uma média impressionante de 1,76 golos por jogo.


Sob o comando do treinador húngaro, o Sporting assumiu um domínio avassalador no futebol nacional. Até então, o clube já tinha títulos, mas foi com Szabo que se tornou a maior força da época. A sua metodologia, que privilegiava o futebol ofensivo e uma preparação física superior, colocou os leões num patamar nunca antes visto. A supremacia verde e branca manteve-se até meados dos anos 50, quando o Benfica começou a afirmar-se com maior regularidade.

Szabo não era apenas treinador. Era também fisioterapeuta e massagista, acompanhando os jogadores em todas as vertentes. Além disso, dedicava-se à formação, trabalhando com jovens talentos e refinando os detalhes dos seus craques até fora de horas. 


Em 1945, Szabo deixou o Sporting após terminar o campeonato em segundo lugar, atrás do Benfica. Voltou para o Porto, clube que tentou impedir a vinda do técnico ao leões. No Norte, permaneceu durante duas épocas, de 1944 a 1946, onde chegou a sagrar-se campeão regional por duas vezes. No entanto, apesar de ter saído do clube verde e branco e ter ido para o rival, a sua ligação ao Sporting não terminou aí. Em 1953, regressou a Alvalade, mas a sua estadia foi breve, sendo suspenso no ano seguinte devido a uma entrevista polémica.


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