Nuno Santos
Biografiado Autor

19 Mar 2020 | 12:10

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Nuno Santos

Voltaremos todos a perdoar, ao melhor dos nossos amigos, a perda de racionalidade e equilíbrio que uma discussão sobre futebol sempre impõe.


No mesmo registo que os meus colegas colunistas, aqui no Leonino, manifesto a preocupação pelo tempo que se vive.


Um tempo inimaginável para qualquer do mais comum dos mortais, habituado à pacatez da vida quotidiana deste cantinho lusitano. Todo cenário parece saído de um guião de um filme de ficção apocalíptica.


Apelo a que cada um de nós seja capaz de cuidar de si e dos seus, não esquecendo que temos também que ser responsáveis para com os outros.

Portanto, é essencial seguir todas as recomendações de higiene e de isolamento.

Hoje, os Sportinguistas acordaram com uma boa notícia: Rafael Leão foi condenado a indemnizar o clube em 16,5 milhões de euros. Se bem que não são os 45 milhões de euros pedidos, não deixa de ser uma condenação em valores bastante razoáveis.

Digamos que, atendendo ao rácio entre os jogos com a participação do atleta e o valor da indemnização, Rafael Leão foi o melhor negócio de todos os que saíram. Mas deixemos essa análise para outro momento.

É uma decisão que, a avaliar pelo conteúdo da notícia, não é, ainda, definitiva. Em todo o caso, há um princípio expresso de que não se pode terminar um contrato, de forma unilateral e em claro prejuízo de um clube, sem que isso não tenha consequências. Há que ser responsável na tomada deste tipo de decisão e os atletas nem sempre são bem aconselhados. No final, o atleta será o mais penalizado, de entre todos os que participaram na decisão.

No fim de contas, é mais um balão de oxigénio para esta direcção, que tanto se queixa de não ter dinheiro. E a prova de que, apesar de Alcochete, os atletas nunca saíriam a custo zero, como durante muito tempo se quis fazer crer, com o intuito de imputar a Bruno de Carvalho responsabilidade por algo que, até ver, não ficou minimamente demonstrado.

Os últimos acontecimentos contrariam toda uma tese sobre a catástrofe provocada por Bruno de Carvalho. Tudo indica que deverá ser absolvido no processo, que aguarda a sentença, e há um atleta condenado a pagar uma indemnização à SAD, por força dos acontecimentos que deram origem ao processo judicial em que foi arguido o antigo Presidente. Nem o ex-Presidente teve nada que ver com o sucedido em Alcochete, nem os atletas podiam sair a custo zero, como consequência disso mesmo.

Mas, voltando ao tema deste texto, há vida para além do futebol, que há-de retornar às nossas rotinas, logo que ultrapassemos esta crise de saúde pública. Voltaremos todos a perdoar, ao melhor dos nossos amigos, a perda de racionalidade e equilíbrio que uma discussão sobre futebol sempre impõe.

Para tal, é necessário que todos nós sintamos a responsabilidade do momento e que façamos tudo o que pudermos, acatando as indicações das nossas autoridades.

Um bem haja a todos e o desejo de que tudo corra bem, para todos vós e para os vossos.

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