Pedro Geada
Biografiado Autor

27 Jul 2020 | 10:00

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Pedro Geada

O Sporting não é, nem se pode deixar ficar refém dos protagonistas de Alcochete, tanto dos que ascenderam à presidência, como os que dela foram apeados.

Está terminada a Liga NOS, com o pior cenário possível, o 4º lugar, a confirmar-se para o Sporting. Em bom tempo alertei, na crónica intitulada “Kasparoves” de pacotilha, que o Braga tinha jogado a sua cartada e que a estrutura do Sporting tinha sido “comida de cebolada” (1). A conjugação fatal de resultados no Sábado, após o comprometedor empate com o Setúbal, a meio da semana, só surpreenderá quem não acompanha o futebol desde há décadas. Note-se que a sorte da equipa de Ruben Amorim começou a mudar, ao início subtilmente, desde que o Braga pressionou a arbitragem sem a oposição firme por parte do Sporting, nomeadamente por parte do seu Presidente, responsável pelo futebol. E assim, mesmo tendo o Braga sido forçado a ter 4 treinadores esta temporada, consegue relegar o Sporting para fora do pódio pela 3ª vez na sua história (2), algo que também sucedeu nas presidências de Jose Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes. Se na supracitada crónica tinha referido que referido que “Quem não chora, não mama”, há silêncios que, no futebol português, não se podem ter pois são entendidos como “Quem cala, consente” e, quem consente que um clube menor se “estique”, não é respeitado, nem interna, nem externamente. Se, no final dos jogos de Sábado, tivemos, num lado, um António Salvador na sala de imprensa de Braga, no fácil papel de triunfador por ter chegado na mesma ao 3º lugar, com entrada direta na fase de grupos da Liga Europa, tendo ainda para receber a insana quantia que ainda não foi paga pela desvinculação de Ruben Amorim, noutro lado, na sala de imprensa da Luz, tivemos Ruben Amorim, isolado, a ter que dar a cara pela derrota, pela classificação final, pela política desportiva, enfim, por todo o status quo do futebol leonino. Os líderes das grandes instituições veem-se é nos momentos difíceis, quando assumem responsabilidades, com verdade, não se esquivando aos factos e dão a cara pelos seus. É assim que se conquista respeito, tanto interno, como externo, e se demonstra liderança da organização. Quando há liderança efetiva nas organizações, não há épocas como a que vivemos este ano, os jogadores não se “escondem” dentro de campo, os treinadores não vacilam, os team managers não se encolhem, os diretores desportivos entregam jogadores de qualidade…tudo é feito com foco na concretização de objetivos, sendo que, no Sporting Clube de Portugal, os objetivos têm de ser sempre ganhar, ganhar, ganhar! Assim, com a sua ausência ontem, Varandas conseguiu quebrar o estado de graça no futebol português do seu “all in”, Ruben Amorim, fazendo com que o mesmo entre na próxima época fragilizado. Tendo as escolhas para treinadores recaído em pessoas sem estatuto nem grande historial no mundo do futebol, esperemos que isso não radique no fato de ser mais conveniente para a estrutura atual, Varandas e Viana, para impor jogadores a Amorim que ele não deseje na época 20/21, alguns deles que mais parecem terem sido achados na secção de usados do Standvirtual, passe a publicidade, aparentando obedecer, quase sempre, a uma lógica de acertos de contas com o empresário do regime e os jogadores que rescindiram, em 2018, com a instituição Sporting (3). Numa análise ao mandato da direção de Varandas, comprova-se que os sucessos de 18/19, Taça de Portugal e Taça da Liga, foram atingidos com o plantel que a Comissão de Gestão, em particular Sousa Cintra e José Peseiro, desenhou num dos períodos mais conturbados da história do futebol do Sporting. O seu a seu dono! Varandas, por seu lado, ficou refém da sua vaidade e pretenso conhecimento de 11 anos de futebol (4), ficando a sua Direção, com nomes como Zenha, Cal e André Bernardo, associada á pior época de sempre do Sporting, no que diz respeito a derrotas, não obstante um orçamento a rondar os 70 milhões de euros, cerca de 3 vezes maior do que o dos arsenalistas, contrastando com as proclamações no início de época (5). Expectativa para verificar alguns posicionamentos que irão ocorrer, nomeadamente Rogério Alves, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Clube, cuja missão é ser o representante máximo de todos os sócios, tendo em conta que é o Clube o sócio maioritário da SAD. A atual administração da SAD é indicada pelo Clube, sendo, assim, muito relevante que o Clube, através dos seus sócios, se manifeste relativamente ao atual “estado da nação”. Coloca-se também a questão sobre o que pensará o acionista Holdimo acerca da destruição de valor competitivo e, consequentemente, diminuição de receitas com impacto na valorização da sua carteira acionista. Por último, põe-se a dúvida se continuaremos a ter Tito Arantes Fontes, presidente do influente Grupo Stromp, como um entusiasta de Varandas, conforme tem expresso periodicamente no Jornal Sporting, com mais ou menos pontos de exclamação, quando, recordemos, entregou pessoalmente o prémio Stromp 2019 (6), no final do ano passado, num sinal de “apoio político” a Varandas. Lamentavelmente, há ainda que referir que o constante “tirar de esforço”, em plena praça pública, com origens facilmente identificáveis, é sem dúvida, o maior lastro negativo dos acontecimentos de Maio de 2018. O Sporting não é, nem se pode deixar ficar refém dos protagonistas de Alcochete, tanto dos que ascenderam à presidência, como os que dela foram apeados. Essa dicotomia, que interessa a ambos, por questões de sobrevivência “política”, é um peso que prende o Clube ao Passado e a uma espiral negativa de autodestruição que para a qual não contribuirei e exorto a que os Sportinguistas também não! O Sporting precisa dos “seus” no Presente, para construir o Futuro, pelo que nada impede os sócios e adeptos de se organizarem, constituírem alternativas, demolirem “trincheiras” e construir “pontes” entre nós. Haja sabedoria e bom senso para virar esta página, pois, quero acreditar, que a esmagadora maioria dos sportinguistas quer iniciar um novo capitulo na História do Clube, de alma lavada, com ar fresco nos pulmões. Renovados, é com orgulho genuíno que a maioria dos sportinguistas vão querer contribuir e fazer parte da história grandiosa do melhor Clube Português, o Sporting Clube de Portugal!


Diretor Leonino

  1. https://leonino.pt/opiniao/kasparoves-de-pacotilha/
  2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Liga
  3. https://www.jn.pt/desporto/sporting-chega-a-acordo-total-pelo-defesa-central-zouhair-feddal-12466426.html
  4. https://desporto.sapo.pt/futebol/primeira-liga/artigos/frederico-varandas-vou-contar-tudo-o-que-vi-em-11-anos-de-futebol
  5. https://www.dn.pt/desportos/frederico-varandas-garantidamente-que-o-bruno-fernandes-nao-saira-por-35-milhoes-de-euros-11052642.html
  6. https://rr.sapo.pt/2019/11/20/sporting/grupo-stromp-entrega-premio-a-varandas-e-lamenta-polemica/noticia/172448/


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Pedro Geada
Bruno Mascarenhas

02 Nov 2024 | 17:40

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Grandes, mas inevitáveis novidades…

Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados

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Bruno Mascarenhas
Bruno Mascarenhas

Grandes, mas inevitáveis novidades…

Troca no comando técnico nesta fase iria seguramente desfocar a equipa e também aqui, no meu entender, os interesses do Clube estão a ser salvaguardados

02 Nov 2024 | 17:40

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Duarte Pereira da Silva
Duarte Pereira da Silva

Saída de Rúben Amorim do Sporting? Frederico Varandas tem culpas no cartório

Consequências da renovação em novembro de 2022 revelaram-se catastróficas para o Clube de Alvalade, com o técnico a abandonar os verdes e brancos

30 Out 2024 | 14:26

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Bruno Sorreluz
Bruno Sorreluz

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DO SPORTING, FREDERICO VARANDAS!

Nem está tudo bem quando se ganha, nem tudo mal quando se perde! Chega de lutas de egos, chega de falar do passado e casos mal resolvidos, chega do eu em vez do nós.

19 Jul 2024 | 15:49

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