PÉS NO CHÃO

Penso que este treino colectivo que temos tido oportunidade de efectuar, demonstrou que estamos ainda em construção. Falta-nos ainda mais neste processo de crescimento. Falta-nos alguma maturidade.

O jogo com o FC Porto foi um balde de água fria na expectativa Sportinguista. Já tudo estava diferente, para melhor. Já havia a certeza de que os nossos jovens jogadores eram capazes de nos levar para um patamar superior. No entanto, perdemos. E vimos um adversário directo ser campeão contra nós. Custou.

Penso que este treino colectivo que temos tido oportunidade de efectuar, demonstrou que estamos ainda em construção. Falta-nos ainda mais neste processo de crescimento. Falta-nos alguma maturidade. Falta-nos tarimba. Falta-nos sangue frio. E é aí que nos devemos concentrar neste tempo. Já sabemos as dificuldades económicas que existem. No Sporting CP e no futebol, em geral, sobretudo neste tempo de pandemia. Assistir a jogos vazios, é uma dor de alma, mas também um prejuízo brutal. Esse prejuízo está a redimensionar cada equipa e cada projecto. E, também por isso, precisamos de não falhar nos reforços selectivos que teremos que encontrar. E não me venham novamente com a questão financeira. É que mesmo sem grandes condições o nosso histórico tem sido de gastos, alguns bem caros, mas sem grande retorno. É uma verdade. Aliás, basta olhar para os três reforços desta época, certo que foram por empréstimo, mas foram uma verdadeira ruína desportiva. Falo, obviamente, de Jesé, Fernando e Bolasie. Não pegaram e taparam os mais jovens. De Plata a Jovane, de Camacho a Pedro Mendes.

Por isso, é crucial que cada reforço acrescente. Qualidade e capacidade. Esta será a chave. Mas também importa dizer que uma equipa só consegue lutar pelo título com dois ou três reforços de nível. Olhemos até para o nosso exemplo. De Schmeichel a André Cruz, de Acosta e João Vieira Pinto a Mário Jardel. Foram reforços que acrescentaram. Foram nomes que juntaram qualidade aos nossos jovens. Que deram experiência onde existia irreverência. E é aí que nos devemos concentrar. Em nomes que peguem logo. Que entrem em campo e nos façam potenciar Eduardo Quaresma e Nuno Mendes. É aí que está a chave.

Por isso, concentremo-nos em nós. Apenas. Os outros podem contratar quem bem entenderem, trazer os treinadores que quiserem. A nós só nos interessa Ruben Amorim e o futuro plantel que iremos apresentar na próxima época. Portanto, é tempo de trabalho e pouca conversa.