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MAIS UMA MOEDINHA MAIS UMA VOLTINHA (NO CARROSSEL)
Se já eram conhecidas as campanhas de “pague 1 e leve 2”, agora esta administração e direção desportiva parece ter como mote “pago por 2, levo menos que 1, e ainda dou o meu relógio”.
Imagem de destaque22 Ago 2020, 09:14

O carrossel é um mecanismo de divertimento que tem um elemento central onde se penduram outros elementos que estão fixos e dependentes desse elemento central, sendo os diversos elementos animados e movimentando-se de forma circular.

Nos últimos anos temos visto Clubes que “giram” toda a sua vida desportiva à volta de um elemento central. Estes clubes são tal e qual os “cavalinhos” de um carrossel e andam para cima e para baixo numa cadência pré-determinada e dali não saem.

No meio disto há jogadores que vão “saltando” de “cavalinho” em “cavalinho”, mas sempre ao ritmo que o dono do carrossel determina.

O Sporting foi resistindo a entrar neste círculo, mas se nos últimos 2 anos a entrada no mecanismo era feita de forma envergonhada e parecia que um dos pés ainda estava fora da plataforma, este ano estamos com pés e mão bem dentro, e agora que o “centro” nos tem bem preso dificilmente o nosso “cavalinho” se consegue libertar dessas amarras.

Para entrar, cada “cavalinho” tem que passar a falar apenas com os “cavalinhos” do mesmo carrossel. Outros “cavalinhos” não são permitidos para diálogo, mesmo que o seu cheiro seja mais agradável e o seu pasto mais verdejante. É que para tudo funcionar todos têm que se alimentar da ração que só um fornecedor tem.

Um dos problemas de se andar num carrossel é que ao fim de algumas voltas, fica-se um pouco tonto e quando se para parece que tudo contínua a girar perdendo-se o equilíbrio e em consequência fazem-se movimentos desconexos e sem sentido. Deve ser este o ponto em que Hugo Viana está, sem saber se se deve agarrar ao elemento central do mecanismo ou estar ao lado do seu “cavalinho”.

Frederico Varandas, esse, está montado em cima do “cavalinho verde” de olhos bem fechados, confiante que a mão que tem dado a Viana o guiará até 2022, mas como está de olhos fechados não percebe que este se tenta equilibrar dando a sua outra mão ao mecanismo central.

Tudo isto seria apenas mais um dia sem grande importância na feira popular, se em vez de “moedinhas” não estivéssemos a falar de notas, milhões delas. Uma coisa é certa, andamos a inovar no marketing, não vai dar é para ganhar prémios. Se já eram conhecidas as campanhas de “pague 1 e leve 2”, agora esta administração e direção desportiva parece ter como mote “Pago por 2, levo menos que 1, e ainda dou o meu relógio”.

Claro que estas campanhas acontecem apenas para jogadores pertencentes a “cavalinhos” presos ao mesmo mecanismo de diversão, o que é meio caminho andado para acidentes, pois a consanguinidade tem dessas coisas. O último acidente conhecido aconteceu na “feira popular” de Valência. Outros se seguirão, é da vida. Esperemos é que o próximo não seja na do Campo Grande.

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