O nosso Sporting somou mais duas vitórias. Na quarta-feira, virámos o jogo já na parte final, sendo bem melhor o resultado do que a exibição. Nestes dois jogos, houve um ponto em comum: o jogo foi desbloqueado com a entrada de Šporar.

Não se percebe a teimosia de Rúben Amorim de não colocar o jogador a titular e continuar a jogar sem avançados. Algo a reter e a valorizar: a raça com que a equipa do SCP tem entrado e, quando as coisas não estão a correr bem, tem a alma e o discernimento de não jogar com o coração, mas paulatinamente e com critério conseguir dar a volta ao rumo do jogo.

Temos visto uma alteração de comportamento do Presidente do SCP. Se até aqui tinha sido submisso e não tinha dado a cara na defesa do SCP, neste momento tem feito declarações públicas em defesa do Clube. Era isso que se pedia desde o início do seu mandato.

É pena não conseguirmos voltar atrás, visto que sabemos agora que o Presidente Varandas não concorda com atos que denigrem o futebol português, como foi o caso do apito dourado, e é pena não ter recorrido da decisão em relação à SAD do Benfica no processo E-Toupeira.

Como se sabe, o processo apito dourado é um autêntico atentado não só ao futebol português, bem como à justiça portuguesa no seu todo. É um facto. Mas se virmos os e-mails do E-Toupeira, se virmos todos os processos judiciais em que o Benfica está envolvido, percebemos que nos últimos anos existiu a benfiquizacão do sistema, que deveria ser combatida pelo SCP por ser um clube de bem e, infelizmente, não aconteceu, e, também infelizmente, ainda não ouvi declarações do nosso Presidente nesse sentido.

Concretamente, nos últimos anos, o futebol português, não teve a hegemonia do Benfica nem do Porto, como se diz tantas vezes. Teve a hegemonia do apito dourado e da E- Toupeira.

Olhando para dentro, não entendi a forma como Miguel Albuquerque foi afastado. É evidente que os atos são condenáveis, seja ele que cidadão for, seja de que clube for, de que partido for, de que sexo for. É algo que em pleno século XXI tem de ser banido e condenado.

Posto isto, a questão central da tomada de decisão do SCP não me parece que tenha sido essa, até porque a decisão do tribunal foi tomada há mais de um ano, mas sim de denegrir a imagem de Miguel Albuquerque e afastá-lo de uma eventual candidatura.

A reintegração como sócio de Carlos Vieira também parece que não tem fim. Parece-me que irão fazer tudo para que politicamente e, se assim o entender, não se poder candidatar às eleições do SCP.

Enquanto o SCP não fizer as pazes com o passado, e reintegrar os sócios que foram expulsos ou suspensos e deixar apenas aqueles que têm problemas com a justiça, não irá ter união.

A politiquice do clube tem de acabar e só haverá união quando estivermos todos novamente juntos e, nas eleições, todos que queiram, possam concorrer, pelo SCP e pela democracia do SCP.

Faltam dois anos para as eleições, mas as jogadas de bastidores já começaram.