Quaresma vai começar no banco e é substituído por defesa que nunca jogou 90 minutos pelo Sporting

Na antevisão ao jogo frente ao Casa Pia, Rúben Amorim reforçou a ideia de que os leões precisam, acima de tudo, de não cometer deslizes. O técnico reconheceu que qualquer oportunidade dada aos adversários pode ser fatal, especialmente num momento em que o Benfica está a ganhar força.

A recente exibição frente ao PSV, que resultou num empate na Liga dos Campeões, expôs algumas fragilidades que a equipa ainda não tinha demonstrado, incluindo a derrota na Supertaça contra o Porto. O jogo nos Países Baixos foi um teste à resiliência dos leões e destacou as dificuldades que surgem quando se enfrenta equipas europeias de maior calibre.

Amorim sublinhou que, ao contrário do que acontece na liga nacional, os jogos na Europa exigem mais precisão e velocidade de decisão, desde a construção de jogadas até à escolha das opções táticas. A pressão aumenta e as margens de erro são mínimas. Esta realidade europeia traz à tona a necessidade de o Sporting encontrar o seu melhor jogo para o confronto contra o Casa Pia, um adversário historicamente menos desafiante, mas que chega num momento crucial da época.

Para complicar, o Sporting lida com cinco lesões importantes no plantel, o que força Amorim a ser criativo nas suas opções. Durante a conferência de imprensa, o técnico sugeriu a possibilidade de Maxi Araújo e Conrad Harder jogarem em simultâneo no onze inicial.

Embora todas as vitórias sejam fundamentais, este confronto reveste-se de particular importância, pois um deslize pode significar uma aproximação dos rivais. A pausa internacional que se segue ao jogo dá a oportunidade de recuperar jogadores lesionados, preparando o plantel para os difíceis compromissos que se avizinham: Portimonense (Taça de Portugal), Sturm Graz (Liga dos Campeões) e Famalicão (Liga).

O Al Shabab, de Vítor Pereira, perdeu por 1-0 na visita ao Damac e desperdiçou a oportunidade de chegar à liderança da liga saudita. Desta forma, caso o Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, vença nesta ronda, ultrapassará a equipa liderada pelo antigo treinador do Porto.

O único golo do encontro foi apontado já na segunda parte. Ao minuto, 66, N´Kkoudou rematou para o fundo das redes, contando com a ajuda involuntária do guarda-redes Kim, que deixou a bola escapar entre as mãos. Daniel Podence, antigo jogador do Sporting, não foi a jogo por lesão.

Após cinco vitórias seguidas, Vítor Pereira voltou assim a perder, o que já não acontecia desde a primeira jornada. Com esta derrota, o Al Shabab, que não é um clube financiado pelo Governo, caiu do segundo lugar, que pertence agora ao Al-Ittihad (15), e ficou mais longe do líder Al Hilal, de Jorge Jesus (15, mas menos um jogo).

Já Cristiano Ronaldo – depois de ter realizado 51 partidas ao serviço do Al Nassr - com uns impressionantes 50 golos e 13 assistências em 2023/24 –, contabiliza oito encontros na nova temporada desportiva e já soma sete golos e duas assistências pela equipa de Riade.

Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo, que ainda está avaliado em 15 milhões de euros, entrou assim em grande, em termos individuais, apesar dos resultados coletivos menos positivos. O Al Nassr vira agora atenções para a liga saudita e vai receber o Al Orobah este sábado, dia 5 de outubro.

O antigo guarda-redes do Sporting, Peter Schmeichel, marcou presença na SBC Summit. No Sports Stage do evento, o antigo futebolista foi questionado sobre as suas primeiras memórias do Clube de Alvalade e contou que os primeiros tempos não foram fáceis, falando mesmo em "absoluto caos".

"A minha primeira lembrança do Sporting é o caos. Absoluto caos. Querer fazer muita coisa, mas não fazê-la da maneira certa. Lembro-me da frase que foi usada no meu primeiro encontro com o presidente, que é que “queremos ser profissionais”. A forma que acharam para isso foi ter pessoas que eles achavam que eram profissionais. E foi um caos. Foi tão diferente do que eu estava acostumado… E isso durou quatro jogos", começou por dizer.

"Depois, a estrutura do futebol, incluindo treinador, foram todos embora. Luís Duque entrou, tomou o controlo e Augusto Inácio entrou como treinador. E desde aquele momento, foi absolutamente fantástico. E eu diverti-me mesmo, mesmo muito. Fui embora após dois anos e houve muitas razões por isso. Uma delas foi o novo centro de estágios, que era demasiado longe. Demorava uma hora e meia, cada manhã, para chegar lá. Isso foi uma grande coisa para mim. E depois sentia falta de jogar em Inglaterra", referiu, antes de falar sobre o título de campeão pelo Sporting.

"Nas primeiras cinco ou seis semanas, não acreditava que era possível. Mas foi. E por causa do modo que aconteceu, por causa de como certos jogadores, de repente, certos jogadores que nem sequer estavam a treinar connosco ou no clube quando começámos a época, alguns a jogar numa segunda equipa, longe da primeira equipa e voltaram. Jogadores como Vidigal, Duscher, todos esses tipos e, de repente, tínhamos uma equipa fantástica. E é realmente muito divertido ganhar".

"Os Sportinguistas não venciam o campeonato há 18 anos e ser parte da equipa que, finalmente, ganhou, foi absolutamente fantástico. O nosso último jogo foi no Porto, contra o Salgueiros. Foi um jogo à noite, e nós ganhámos, sagramo-nos campeões, e depois, obviamente, voltámos para Lisboa. E voltamos para a cidade, no meio da noite, direto para o estádio, e estava cheio. Eu acho que... Até hoje, eu não sei quantas pessoas... O estádio estava cheio, eles diziam 40, às vezes 50 mil. Acho que, naquele dia, havia 80 mil. Estava cheio. E essa é uma das maiores lembranças que eu tenho do futebol", concluiu.