Rui Silva fala da luta pela baliza do Sporting: "Temos de mostrar o nosso compromisso"

A receção do Sporting ao Borussia Dortmund na próxima terça feira, dia 11 de fevereiro, em jogo a contar para a primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, inicia um ciclo muito intenso de jogos num curto período espaço de tempo até à paragem para as seleções a meio do mês de março.

O treinador dos leões, devido ao desgaste do plantel, terá que o gerir de forma a garantir que a equipa se apresente a alto nível frente aos alemães. De acordo com o jornal Record, o técnico de Mirandela não forçou a sua equipa e prepara a partida da liga milionária apenas com a componente de vídeo, de fora a não desgastar o plantel.

A turma de Alvalade continua a atravessar uma interminável onda de lesões, que teima em persistir. Viktor Gyokeres e Hidemasa Morita são neste momento as maiores dores de cabeça para Rui Borges, por serem entre aqueles que estão a braços com dificuldades físicas, os que estão mais próximos de alinhar frente ao Dortmund. De recordar que o avançado sueco e o médio nipónico, tem tido a sua utilização alvo de gestão, entraram no último jogo frente ao Porto, no Estádio do Dragão somente ao minuto 69.

São duas de muitas dúvidas para Rui Borges que poderá desvendar parte do segredo já na  antevisão ao duelo com os alemães, a decorrer a partir das 18h15. A conferência de antevisão à partida irá decorrer no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, com Rui Silva, guarda-redes verde e branco, a ser o jogador escolhido para responder às perguntas dor jornalistas presentes.

A formação verde e branca volta a entrar em campo na próxima terça-feira, dia 11 de fevereiro, frente ao Dortmund, na primeira mão do play-off de acesso aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O encontro diante da turma liderada por Nico Kovac tem pontapé de saída agendado para as 20h00, no Estádio José Alvalade.

Diogo Pinto foi um dos destaques da reta final da última época no Sporting. O jovem guarda redes verde e branco, que está atualmente na equipa B dos leões, foi titular nos últimos jogos da equipa, incluindo o embate da final da Taça de Portugal. Em entrevista ao jornal 'Record', o jogador abordou a passagem no conjunto que, na altura, era treinador por Ruben Amorim.

"Íamos ter um jantar todos juntos para ver o jogo do Benfica com o Famalicão. Quando estava a caminho soube que o Franco [Israel] tinha sido operado e que seria impossível jogar os próximos jogos. Fui eu que assumi. Esse mês de maio é inesquecível, foi tudo muito rápido e com muitas emoções", começou por explicar.

Falou sobre as titularidades na baliza dos leões - em especial na final da Taça - e do técnico que o lançou: "Mesmo com os erros dá sempre para aprender alguma coisa. Foi o ponto alto na minha curta carreira (...) O Ruben é um treinador incrível. Já foi jogador e compreende muito bem o lado pessoal e emocional dos jogadores. Ajudou-me muito", atirou.

O guarda redes falou, depois, daquele que é, na sua opinião, o jogador mais difícil travar da equipa do Sporting: Viktor Gyokeres, que descreve como um "monstro de competição". Destacou, ainda, Franco Israel, Francisco Trincão, Ricardo Esgaio e Nuno Santos como alguns dos que mais ajudam na integração do jovem guardião.

Por último, abordou o momento atual da equipa B dos leões, depois da última vitória: "Foi a melhor maneira de entrar nesta fase contra uma equipa difícil e experiente (...) A manutenção está garantida, mas é claro que todos temos sonhos e objetivos. Um dos objetivos, claramente, é ficar o mais acima possível na tabela. Só vamos conseguir se formos jogo a jogo, não podemos pensar muito à frente. O míster João Pereira é muito competitivo e quer isso dos seus jogadores", rematou o jovem guarda redes.

O Sporting saiu do Estádio do Dragão com empate a um golo com o Porto, na última sexta-feira, dia 7 de fevereiro, a contar para a 21.ª jornada do campeonato nacional, mas tudo podia ter sido diferente caso João Pinheiro tivesse assinalado uma grande penalidade após o carrinho de Zé Pedro sobre Geovany Quenda, já nos instantes finais do encontro.

O juiz da Associação de Futebol de Braga, no entanto, mandou seguir o jogo e nem o VAR interveio para reverter a decisão, considerada errada por muitos comentadores e antigos árbitros. Olhando para as estatísticas, a verdade é que o Sporting nunca - sim, leu bem - beneficiou do castigo máximo no Dragão, sendo que o jogo de sexta-feira foi o 26.º a ter lugar neste estádio.

Por outro lado, o Porto apontou vários golos através do castigo máximo, sendo que em alguns desses jogos foram mesmo as grandes penalidades a ajudarem a decidir o vencedor, tal como aconteceu em agosto de 2022, com os azuis e brancos a vencerem por 3-0, com dois golos apontados a partir da marca dos 11 metros.

Para encontrar a última grande penalidade assinalada a favor do Sporting em casa do Porto é preciso mesmo recuar até janeiro de 2002, no empate a dois golos entre os dois rivais, ainda no antigo Estádio das Antas. Jorge Andrade, também na conversão de um penálti, abriu o ativo logo ao sexto minuto, com Pedro Barbosa a repor a igualdade aos 33'. Logo depois, aos 35', Mário Jardel foi chamado a converter um penálti, sendo que o avançado brasileiro não desperdiçou. O empate acabaria por voltar a dominar o marcador aos 73', por intermédio de Deco. O árbitro deste jogo foi Martins dos Santos.

Vale lembrar que João Pinheiro tem sido amplamente criticado pela prestação no último duelo entre Sporting e Porto. Daniel Oliveira, jornalista e comentador político que é adepto do Sporting, por exemplo, partilhou nas redes sociais uma fotografia do árbitro e escreveu somente "a arte de estragar um Clássico", comentário que se junta a muitos outros semelhantes feitos nos últimos dias.