SPORTING ‘COMPRA’ POTE A PENSAR NUMA FUTURA VENDA; ACIONISTA DA SAD CONSIDERA SITUAÇÃO “PREOCUPANTE”

Afonso Pinto Coelho não tem dúvidas de que, a confirmar-se que o Sporting vai avançar para a recompra de 50% do passe de Pedro Gonçalves por 10 milhões de euros, os leões já estão a pensar numa futura venda do internacional português. O Sócio do Clube de Alvalade e acionista da Sporting SAD mostra, ainda, apreensão quanto à situação financeira dos leões, lembrando outros casos semelhantes, como Edwards ou Ugarte.

 

16,5 milhões por 100% de Pote? Bom negócio

“A confirmar-se, abrirá boas perspetivas na obtenção de mais-valias futuras adicionais para o Sporting, em caso de posterior alienação do seu passe, na medida em que Pedro Gonçalves tem atualmente 24 anos e, por consequência, ainda com margem de progressão em função da sua idade. Lembrar que Pote está avaliado em 30 milhões de euros pelo site Transfermarkt”, começou por referir Afonso Pinto Coelho.

 

“Não quero acreditar que a decisão de contratar jogadores por metade do passe tenha a ver com problemas de liquidez”

O sócio dos leões mostra-se preocupado por ver que os maiores ativos do Sporting só estão no Clube de Alvalade ‘por metade’. Afonso Pinto Coelho considera que a situação “reduz substancialmente, em termos futuros, a capacidade de geração de receitas” por parte da SAD leonina.

“A proibição da FIFA de "Third party ownership", em termos de passes de jogadores, tem vindo a fazer crescer a partilha de passes entre clubes. No entanto, relativamente ao caso concreto do futebol português em geral, e ao caso do Sporting em particular, é com natural preocupação que vejo que a Sporting SAD não possui a totalidade do passe de alguns dos seus principais jogadores, como Edwards, Ugarte e Pedro Gonçalves”, afirmou.

No entanto, o acionista da SAD recusa-se a acreditar que esta política seja resultado de problemas financeiros, dado que o encaixe que o Sporting faz de vendas de jogadores e à antecipação de receitas, como aconteceu, por exemplo, com o contrato da NOS: “Em função do nível de antecipação de receitas com recurso a operações de titularização de crédito a que a atual Administração da SAD tem recorrido, bem como ao encaixe resultante de receitas de diversa ordem, não quero acreditar que a decisão de contratar jogadores por metade do passe tenha a ver com problemas de liquidez”.