Sporting conquista Taça de Portugal e faz o pleno das competições domésticas

Na temporada 2000/01, o andebol do Sporting conquistou o 17.º Campeonato Nacional, isto depois de ter falhado o triunfo durante 15 anos. Os leões fizeram uma belíssima fase regular e defrontaram o Porto na final dos playoffs. O primeiro jogo foi ganho pelo verdes e brancos, mas os dragões empataram no segundo, o que não foi suficiente para roubar os festejos aos Sportinguistas. 

A conquista foi liderada por José Tomaz que comandava o seguinte plantel: Carlos ferreira, Ricardo Correia, Vasco Ribeiro, Ricardo Andorinho, Luís Garrett, Fernando Nunes, David Graça, Vojislav Kraljic, Milan Stohr, Bruno Figueiredo, Luís Gomes, António Fernandes, Paulo Faria, Armando Pires, Vítor Tapadinhas e Hugo Canela.

A fase regular vitoriosa

Os leões fizeram uma grande fase regular, na qual perderam apenas três das 22 partidas disputadas, todas fora de casa: uma contra o Porto, outra frente ao Águas Santas e a última no confronto com o São Bernardo. Além destas derrotas, o Clube de Alvalade somou também três empates e 16 triunfos.

O caminho até a final

Desta forma, o Sporting avançou para os playoffs com um registo muito positivo que soube manter até ao final. Nesta fase, os leões foram obrigados a vencer o Vitória de Setúbal. Na primeira mão, os verdes e brancos triunfaram no reduto dos sadinos, por 20-19, e, na segunda volta, em Alvalade, por 22-16. 

Nas meias-finais, o Sporting defrontou o Belenenses, que, apesar de ter sido um desafio mais difícil, acabou por ser superado. Com um 25-25 na primeira volta e 26-19 a jogar em casa, os verdes e brancos preparavam-se para enfrentar o Porto numa final que prometia ser bastante disputada.

Os duelos com a equipa portista requereram um maior esforço por parte dos leões, que levaram a final ao terceiro jogo. Na primeira partida, o Sporting venceu, por 22-20, e, no segundo, saiu derrotado por 26-24, o que deu palco a uma final muito intensa, disputada no dia 20 de maio, que seria vencida pela equipa verde e branco com um placar de 23-19.

A dobradinha veio!

Além da conquista do campeonato, a época 2000/01 também fica marcada pela dobradinha que viria a ser conquistada um mês depois. No dia 24 de maio, o Sporting voltaria a derrotar o Porto, mas, desta vez, num duelo que acabou 25-24 e deu o segundo troféu da época aos leões.

O Sporting sagrou-se bicampeão nacional de andebol, na temporada 2005/06. Mesmo perdendo o derradeiro jogo da competição, no dia 20 de maio de 2006, os leões venceram o Sporting da Horta por 56-51 em resultado agregado das duas mãos da final do playoff do campeonato.

Nesta brilhante temporada do Sporting, os jogadores que entraram para a história do andebol leonino foram Miguel Fernandes, Hugo Vaz, Álvaro Miguel Martins, Ricardo Dias, João Diogo Pais, Pedro Jerónimo, Wilson Davyes, Ognjen Kajganic, Welsau Bungué, Luís Gomes, Inácio Carmo, Pedro Gama, Hugo Carvalho, Márcio Cardoso, Slavoljub Mitrovic, David Santos, Gabriel Drumond e Hugo Canela, que, mais tarde, foi treinador do Clube de Alvalade.

Mudanças para continuar o domínio

Depois da conquista do Campeonato Nacional na época transata, o Sporting procurou colmatar a saída de jogadores, de forma a manter o seu nível competitivo. Após a perda de Rui Silva, Armando Pires, Milan Stohr e João Ferreirinho, a secção de andebol leonino contratou figuras como Slavojub Mitrovic, Ognjen Kajganic, Márcio Cardoso e Hugo Vaz.

Na fase regular do campeonato, o Sporting mostrou o porquê de ser um dos principais candidatos à conquista da prova. Os leões tinham um ataque excepcional, capaz de marcar mais golos do que qualquer um dos seus adversários, mas pecava apenas pela sua defesa. No total da primeira fase da prova, os leões do andebol tiveram duas derrotas em 26 jornadas, sendo estas contra o Fafe, por 33-21, e Sporting da Horta, por 25-26, que, aliadas a um empate, colocou o Clube de Alvalade na segunda posição da liga.

Segundo lugar valeu playoff

Ficando com o segundo lugar na tabela da fase regular,o Sporting ficou emparelhado nos quartos-de-final do playoff contra a Associação Académica de Leiria, que os leões vencerem sem dificuldades aparentes por 80-46 em agregado (36-21 na primeira-mão e 44-25 na segunda) e avançavam, assim, para as ‘meias’.

No último degrau antes da final, o Sporting defrontou a formação do São Bernardo. Desta vez, o adversário estava mais ao nível do Clube de Alvalade, o que resultou numa eliminatória mais equilibrada. No final das contas, os leões venceram as meias-finais por 26-22 e 30-28, ficando 56-50 em agregado de ambos os jogos.

Na final, valeu o resultado da primeira-mão

Com este resultado, os leões asseguraram o seu lugar na disputa final do campeonato, onde tiveram como seu adversário o Sporting da Horta. Os açorianos fizeram uma excelente fase regular da prova, que lhe valeu o primeiro lugar na prova. No primeiro jogo, o Clube de Alvalade surpreendeu tudo e todos, ao vencer por uma diferença de 10 golos, ficando 32-22 como resultado final.

A margem era grande, mas não havia espaço para deslizes, que quase aconteceram. Na ida aos Açores, o Sporting saiu derrotado pela equipa da Horta por 29-24 mas, com o resultado da primeira-mão, os leões sagraram-se bicampeões nacionais, ficando 56-51 no agregado das duas mãos.

O Sporting garantiu o 18.º título de campeão nacional com uma vitória clara por 0-3 na visita ao Barreirense, no dia 12 de maio de 1974. A equipa que começou a época com uma direção interina, manteve Mário Lino como treinador e conseguiu chegar à dobradinha no final do ano desportivo. 

No jogo decisivo, os leões alinharam com Damas, Alhinho, Manaca, Vitorino Bastos, Baltasar, Canotilho, Dé, Yazalde, Marinho, Nélson Fernandes e Dinis. Já a equipa da casa foi para campo com Manuel Abrantes, Romão, Guilherme Costa, Mira, Francisco Cruz, José João, Luís Mira, João Carlos, Valter Costa, Praia e Fontoura. Os golos surgiram dos pés Baltasar (43'), Nélson Fernandes (48') e Yazalde (51') numa segunda parte frenética.

O arranque do campeonato trouxe uma derrota em Setúbal e alguma desconfiança, mas a equipa foi crescendo progressivamente. Apesar dos desafios internos e externos, o Sporting beneficiou de um Benfica em crise, enfrentou um Porto reforçado e um Vitória de Setúbal que até chegou a liderar. Com exibições consistentes e golos de sobra, sobretudo do incrível Yazalde, os leões terminaram a primeira volta isolados na liderança.

O imparável Yazalde

O avançado argentino foi a figura de maior destaque na temporada leonina. Alimentado por alas rápidos como Marinho e Dinis, Yazalde marcou golos ‘com fartura’. Mesmo quando surgiram tensões internas, com a saída do departamento de futebol e lesões de jogadores-chave, a equipa respondeu com vitórias importantes. O triunfo em casa frente ao Porto foi decisivo para manter a vantagem no topo da tabela.

O mês de março trouxe um dérbi polémico frente ao Benfica, com uma derrota por 5-3 em Alvalade e a lesão de Yazalde após uma entrada dura de Toni. A ausência do goleador fez-se sentir nas meias-finais da Taça das Taças, onde o Sporting caiu frente ao Magdeburgo, apesar de um percurso europeu que teria sido notável até então. A derrota na Alemanha Oriental foi acompanhada por dificuldades no regresso, com fronteiras fechadas na sequência da Revolução dos Cravos.

Título nacional confirmado na reta final

Mesmo sob pressão e com Yazalde a recuperar, o Sporting voltou a encontrar o caminho das vitórias. Venceu Beira-Mar, Coimbra e Olhanense, mantendo o Benfica à distância. A vitória no Barreiro por 0-3 selou o título e impediu o sonho encarnado do tetra.

A quarta dobradinha da história

No dia 9 de junho de 1974, o Sporting voltou a enfrentar o Benfica, desta vez na final da Taça de Portugal. Com Osvaldo Silva no banco e sem Yazalde, chamado à seleção da Argentina, os leões venceram por 2-1 após prolongamento, com golo decisivo de Marinho. Era o 9.º troféu da competição e a 4.ª dobradinha da história do clube.