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O Sporting - que venceu o terceiro jogo das meias-finais contra o Porto em 2024/25 - sagrou-se campeão da Taça das Taças de Hóquei em Patins pela terceira vez na sua história no dia 8 de junho de 1991. No jogo decisivo, o conjunto verde e branco enfrentou o Novara e venceu a formação italiana por 5-2. A final europeia foi disputada a duas mãos, com o Clube leonino a vencer ambas as partidas.
O conjunto verde e branco disputou a final da Taça das Taças na temporada 1990/91, com José Carlos no comando técnico, que tinha um plantel a disposição composto por: Chambel, Campelo, Fanã, João Pedro, Leste, Luís Rodrigues, Camané, Zorro, Afonso Miranda, Tristão Zenida e Veríssimo.
Os leões já tinham vencido na primeira mão da final em Itália, num confronto que terminou com o resultado de 6-7. Neste segundo jogo, agora em Alvalade, a equipa de Hóquei em Patins do Sporting só precisava do empate para erguer o título europeu, mas os verdes e brancos quiseram ir mais além.
O Sporting criou várias oportunidades na primeira parte, mas falhava em zonas de finalização. Os italianos do Novara conseguiram equilibrar a partida neste primeiro tempo por ter apostado no contra-ataque. O primeiro tempo terminou com um empate por 2-2, resultado que viria a mudar para os leões.
A grande figura do jogo foi António Chambel, guarda-redes do Sporting, que fez uma segunda parte exímia. A exibição do craque neste espaço de tempo foi tão perfeita que o conjunto verde e branco não sofreu mais golos na partida. Os italianos bem tentaram, mas não conseguiram ultrapassar a barreira leonina.
O Sporting continuou a marcar golos, fazendo mais três na partida. Sendo assim, o resultado acabou 5-2 para a equipa da casa, que viu os adeptos a festejarem na Nave de Alvalade. O Presidente Sousa Cintra foi levado em braços pelos jogadores e equipa técnica dos leões, que comemoravam o título europeu.
Nesse dia, a Nave de Alvalade certamente bateu o seu recorde de público. Os jogadores nunca tinham visto o pavilhão tão cheio. Não era só uma questão relacionada com a lotação, era também o grande apoio que vinha das bancadas que deu uma grande força à equipa da casa para vencer esta final.
Equipa verde e branca defrontou os encarnados depois de superar o Porto na meia-final e acabou por sair premiado na final da prova rainha
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A temporada de 1974/75 trouxe consigo uma transformação profunda no panorama do basquetebol português e o epicentro dessa mudança foi o Sporting. À margem do habitual protagonismo da secção, os leões foram beneficiados por um sopro de talento vindo de Moçambique que contribuiu, em parte, para a conquista da Taça de Portugal.
Rui Pinheiro, Mário Albuquerque e Tomané, oriundos do Sporting Clube de Lourenço Marques, chegaram já com o Campeonato Nacional em curso, no final de dezembro, e vieram dar nova alma a um grupo que contava já com elementos experientes como António Encarnação, Carlos Sousa, Beto, Manuel Sobreiro e José Roque.
Apesar do reforço de peso, a equipa leonina não conseguiu traduzir de imediato o seu potencial em domínio absoluto. No Campeonato Nacional, o Benfica levou a melhor nos dois confrontos diretos. Contudo, a Taça de Portugal viria a oferecer a plataforma ideal para a afirmação do novo Sporting. Com início em maio, a prova começou com triunfos tranquilos frente ao CIF, Queluz e Luso, até que nas meias-finais surgiu o primeiro verdadeiro teste: o Porto.
Foi então que brilhou Rui Pinheiro, o atleta do basquetebol do Sporting mais titulado de sempre. Com uma exibição arrebatadora e 35 pontos convertidos, guiou os leões a uma vitória por 11 pontos, abrindo caminho para uma final esperada, desejada e carregada de rivalidade: frente ao Benfica, no Pavilhão da Ajuda, a 7 de junho de 1975.
A decisão foi marcada por uma atuação taticamente superior do conjunto verde e branco. A defesa leonina mostrou-se coesa, com marcação homem a homem implacável, que estrangulou as opções ofensivas do adversário. No ataque, o Sporting aplicou um ritmo elevado e uma fluidez criativa que frequentemente desfez a defesa encarnada. Ainda assim, a vantagem expressiva no domínio do jogo não se refletiu diretamente no marcador. O norte-americano Harris, em noite inspirada, foi o único fator que manteve o Benfica na discussão do resultado.
Ao intervalo, a vantagem mínima de 38-36 espelhava esse equilíbrio pontual, apesar da superioridade táctica e física dos leões. A segunda parte trouxe alternância no marcador, mas nos minutos finais, o Sporting impôs-se com maior clareza. A 55 segundos do apito final, a vantagem era de quatro pontos e o público presente sabia que a vitória já não escaparia e assim, vinte anos após a primeira conquista, o Sporting voltou a erguer a Taça de Portugal em basquetebol.
Este triunfo foi tanto mais simbólico quanto inesperado e a secção vivia tempos difíceis. Sem capitão oficial e sem ginásio próprio, desalojada de Alvalade para dar lugar ao karaté, encontrava em Hermínio Barreto não apenas o treinador, mas também o pilar humano e emocional do grupo. O seu esforço foi finalmente recompensado.
Na ficha de honra desse jogo inesquecível, sobressaem atuações decisivas. Tomané, provavelmente o melhor em campo, foi um modelo de regularidade e eficácia, Mário Albuquerque evidenciou toda a sua classe, Carlos Sousa foi essencial na contenção defensiva, Sobreiro jogou com o coração de um verdadeiro leão e Rui Pinheiro, apesar de não repetir o brilho das meias-finais, deixou mais uma vez marcas da sua qualidade.
Equipa verde e branca esteve vários anos sem conquistas, sendo ainda maior, por isso mesmo, a conquista da prova rainha diante do rival do Norte
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Durante quase uma década, o andebol do Sporting viveu um longo interregno sem títulos nacionais. Desde 1989, altura em que levantara a Taça de Portugal, os adeptos leoninos esperavam ansiosamente por um novo triunfo que devolvesse prestígio à modalidade. Esse momento tão aguardado finalmente chegou na temporada 1997/98, que terminaria com a conquista da Taça de Portugal.
Antes disso, a temporada arrancou com um feito inédito: a conquista da Supertaça. Pela primeira vez, o Sporting inscreveu o seu nome na lista dos vencedores do troféu ao bater o ABC de Braga, que chegava ao confronto com o estatuto de campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal da época anterior.
Esta vitória teve um sabor especial, não apenas por se tratar de uma estreia na prova, mas porque permitiu aos leões redimir-se das derrotas sofridas contra o mesmo adversário nas finais do campeonato e da Taça da época anterior.
No entanto, o percurso no Campeonato Nacional revelou-se menos brilhante. A primeira fase foi marcada por várias lesões que limitaram o rendimento da equipa e comprometeram a regularidade. Ainda assim, o Sporting conseguiu terminar essa fase no terceiro lugar, posição com que partiu para a fase decisiva, levando consigo 25% dos pontos acumulados. O desfecho acabou por ser o mesmo: um terceiro lugar que, embora respeitável, não refletia as expectativas do Clube.
Mas foi na Taça de Portugal que a equipa leonina encontrou o seu verdadeiro palco de afirmação. Disputada em formato de final four no Pavilhão do São Bernardo, em Aveiro, a prova transformou-se num palco de glória para os homens de verde e branco.
O Sporting derrotou categoricamente os dois principais candidatos ao título: primeiro o ABC, por expressivos 27-19, e depois o Porto, com um resultado de 26-20 na final. Duas exibições de classe que sublinharam a qualidade e a vontade da equipa em dar alegrias aos adeptos.
Com este triunfo, o Sporting conquistava a sua oitava Taça de Portugal em andebol, encerrando um jejum de nove anos sem títulos nesta modalidade. Ainda assim, esta temporada, tão promissora e entusiasmante, acabou por ser uma exceção num período de escassez. As duas taças conquistadas (Supertaça e Taça de Portugal) foram os únicos títulos de relevo alcançados pelo andebol leonino ao longo de onze épocas - modalidade na qual o emblema verde e branco teria grandes motivos para sorrir anos mais tarde.
A época 1997/98 ficará para sempre marcada como uma demonstração clara do potencial leonino, e como um exemplo de que, mesmo quando os ventos não sopram a favor, o Sporting é capaz de se erguer com força e coragem. A Taça de Portugal não foi apenas uma vitória: foi uma reafirmação da identidade vencedora do clube.
Com uma partida bastante disputada, a equipa verde e branca consegue vencer e comemorar o título da prova rainha no Estádio Nacional do Jamor
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No dia 4 de junho de 2017, o Sporting enfrentou o Braga na final da Taça de Portugal de futebol feminino. O Estádio Nacional do Jamor acolheu 12.230 espectadores e bateu o recorde de assistência na modalidade feminina. As leoas venceram a equipa arsenalista por 2-1 e sagraram-se campeãs da prova rainha.
Nuno Cristóvão, treinador do Sporting, alinhou com Patrícia Morais - que foi ultrapassada por Hannah Seabert, Rita Fontemanha, Catarina Lopes, Matilde Figueiras, Joana Marchão, Sara Granja, Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Ana Borges, Diana Silva e Solange Carvalhas, com a entrada tardia de Ana Capeta (71’). A equipa bracarense avançou para campo com Rute Costa, Géssica, Andrea Mirón, Sílvia Rebelo, Barrinha, Pauleta, Mélissa Antunes, Andreia Norton, Cristiana Garcia, Vanessa Marques e Jéssica Silva.
A partida começou com o Braga a trocar melhor a bola e Jéssica Silva, junto ao corredor direito do ataque arsenalista, falhou a baliza do Sporting, ocupada por Patrícia Morais. Com uma entrada menos conseguida por parte das leoas, a equipa minhota conseguiu chegar à vantagem primeiro.
O golo do Braga surgiu na cobrança de uma grande penalidade de Vanessa Marques, que aos 12 minutos da partida conseguiu colocar as arsenalistas na frente do marcador. As leoas continuavam a perder bolas a construir desde trás e isso continuou a trazer dificuldades para o lado verde e branco.
O jogo foi para intervalo com o 0-1 no marcador, mas as jogadoras do Sporting voltaram mais fortes. Ana Borges, que foi uma das melhores na partida, recuperou a bola no ataque e passou-a a Diana Silva, que após rodopiar sobre a defesa minhota, rematou de pé esquerdo e fez o 1-1 aos 57 minutos.
Até acabar o segundo tempo, poucas oportunidades aconteceram, porque ambas as equipas decidiriam fechar a defesa como uma forma de não sofrerem mais golos. Diana Silva e Fátima Pinto ainda tentaram fazer o segundo para as leoas, mas não conseguiram ter sucesso.
O jogo foi resolvido no prolongamento, quando aos 105 minutos, Ana Capeta, que tinha entrado mais tarde no jogo, antecipou-se às defesas bracarenses e rematou a bola para o fundo das redes. Assim, o Sporting ergueu o título da prova rainha em futebol feminino e terminou a época sem perder um único jogo oficial em competições nacionais.