SPORTINGUISTA CUNHA VAZ DEFENDE VIEIRA NA OPERAÇÃO LEX
Porta-voz do suspeito de ter obtido indevida vantagem já tinha trabalhado no Sporting CP com Godinho Lopes. Em sentido contrário, Bruno de Carvalho contratou o benfiquista Luís Bernardo
Redação Leonino
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20 de Setembro 2020, 09:55

António Cunha Vaz é o porta-voz escolhido por Luís Filipe Vieira para o defender publicamente do processo “Operação Lex”, em que é arguido por suspeita de recebimento indevido de vantagem. O consultor de comunicação é um antigo parceiro do presidente do SL Benfica, tendo trabalhado vários anos nas campanhas para as eleições e, inclusivamente, assumido o cargo de diretor de comunicação, antes da entrada de João Gabriel, também ele de volta ao ativo, a trabalhar a atual candidatura do arguido para as eleições de outubro.

O Leonino sabe que Cunha Vaz ficará com os vários processos judiciais em que Luís Filipe Vieira se vê agora envolvido, desde a Operação Lex ao Mala Ciao, passando pelo processo do ‘saco azul’, que envolve uma empresa informática que facturou cerca de dois milhões de euros ao SL Benfica, mas que, alegadamente, se desconhecem serviços prestados em troca.

A Cunha Vaz & Associados foi durante dois anos a agência do Sporting CP, durante a Presidência de Luís Godinho Lopes, e faria também a campanha de José Couceiro para as eleições de 2013, depois da queda do engenheiro responsável pela construção do novo Estádio José de Alvalade.

Bruno de Carvalho escolheu benfiquista Luís Bernardo

No mandato de Bruno de Carvalho, entrou para a comunicação do Sporting CP Luís Bernardo, que trazia na bagagem ter sido braço direito de José Sócrates, um currículo suficiente para convencer o então Presidente do Sporting CP, que viria mais tarde a ser destituído, em junho de 2018.

Luís Bernardo acabaria por se revelar uma má escolha e não duraria muito tempo em Alvalade, acabando por trocar o Sporting CP pelo SL Benfica, e ajudando depois disso a combater o Clube verde e branco, que na altura liderava a pressão sobre o SL Benfica, iniciada com a divulgação dos kits de cortesia para árbitros, assistentes e observadores, que continham os conhecidos vouchers, sem limite de despesa para bem comer e beber no Museu da Cerveja.

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