"TINHA LUGAR NO BENFICA E NO PORTO": CAMPEÃO QUE DEIXOU SPORTING DE AMORIM ERA ESTRELA NOS RIVAIS

Renato Paiva explicou os motivos da saída de Paulinho rumo ao Toluca. O antigo treinador do Benfica garante que no Sporting as oportunidades eram escassas tendo em conta o trabalho incansável de Viktor Gyokeres, mas que o internacional português jogaria tanto na Luz, como no Porto.

“Acho que o Paulinho tinha lugar nos outros dois grandes. Se calhar no Sporting não tem porque há Gyokeres, que rebentou a escala com números. Nos outros dois grandes, Paulinho ainda ‘fazia uma perna’. Estou feliz por trazê-lo, mas foi difícil a negociação. Quando falei com ele, como trabalhou no Braga, que estão lá dois ‘filhos’ meus, Ricardo e André Horta, ainda dos tempos do Benfica, iam falando de mim e do meu trabalho", começou por dizer, ao Record.

"Quando lhe liguei ficou entusiasmado e quando lhe apresentei o projeto ficou mais ainda. Isto é um clube grande no México. Não é dos maiores como o América ou Chivas, mas é um clube grande que luta para ganhar títulos e isso vai ao encontro das ambições do Paulinho. A forma como vejo o jogo e tinha-lhe dito que o modelo de jogo é parecido ao do Rúben Amorim e, portanto, aqui a adaptação era quase mínima", acrescentou. 

"Somos uma equipa que tenta ser protagonista, ter a bola e fomos o melhor ataque do campeonato no ano passado, durante a fase regular, sem termos um ‘9’ efetivo. Ele disse logo que sim, mas foi de facto muito difícil porque se eu fosse do Sporting, também faria as coisas muito difíceis, mas, felizmente, ao fim de três ou quatro semanas, as coisas acertaram-se e ele já está aqui connosco", terminou.

Chegado ao Sporting, oriundo do Braga a troco de 16 milhões de euros por 70% dos direitos económicos, em janeiro de 2021, Paulinho – avaliado em 7 milhões de euros - fez, com a Listada verde e branca, 146 encontros, 53 finalizações certeiras, 21 assistências e quatro títulos conquistados: dois Campeonatos Nacionais (2020/21 e 2023/24), uma Taça da Liga (2021/22) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2021), ficando na história dos leões.