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Histórias do Leão
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No dia 24 de junho de 1993, Paulo Sousa, médio de enormíssima qualidade à época, foi confirmado por Sousa Cintra, presidente do Sporting que assumiu liderança depois de um período negro, como reforço do Clube de Alvalade. A contratação teve grande impacto no panorama nacional, já que o craque tinha acabado de rescindir com o eterno rival Benfica.
Sousa Cintra: "Paulo Sousa é um dos grandes reforços do Sporting"
Em declarações à imprensa nacional, após os rumores que ligavam Paulo Sousa a uma saída do Benfica para o Sporting, o presidente do Clube de Alvalade, sem receios, afirmou que o médio ia reforçar os verdes e brancos: "Sem dúvida esse [Paulo Sousa] vai ser um dos grandes reforços do Sporting".
O verão de 1993 ficou marcado não apenas pela contratação de Paulo Sousa, como também pela de Pacheco, jogador que fez exatamente o mesmo percurso. As noticias relativas ao médio no Sporting surgiram depois de uma reunião entre os corpos sociais dos encarnados para resolver a crise financeira que atravessavam na altura.
Alberto Silveira: "Recebemos uma carta"
A reunião entre os dirigentes encarnados só foi dada como terminada às duas da manhã. Apesar de muitos desmentirem a informação relativa à transferência de Paulo Sousa, Alberto Silveira, chefe do departamento de futebol, confirmou tudo: "Recebemos uma carta, aliás, um fax, nesse sentido".
Jorge de Brito, presidente do Benfica que enfrentava uma grande crise financeira na altura, mesmo estando por dentro de toda a situação do médio, ainda tinha alguma esperança na sua permanência: “Eu não acredito que realmente Paulo Sousa vá sair do Benfica".
Sousa Cintra: "Contratação de Paulo Sousa? Eu estou tranquilo"
Sousa Cintra, conhecido pelo seu estilo popular e confiante, afirmou que não tinha problemas em dar Paulo Sousa como certo no Sporting: "Estou tranquilo, estou calmo. Se alguém está preocupado, eu não estou. Portanto isso quer dizer tudo.
O presidente dos leões tinha razão, porque um dia depois, a 25 de junho de 1933, o Sporting apresentou Paulo Sousa e Pacheco, ambos provenientes do Benfica. Na altura, também se falava da possibilidade de trazer João Vieira Pinto, mas os encarnados impediram que acontecesse tal cenário.
Defesa francês deixou uma forte marca no coração dos apoiantes do Clube verde e branco e a despedida é, ainda hoje, recordada com emoção
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O futebol, tantas vezes guiado por planos e sonhos, também fica marcado despedidas que não seguem o roteiro idealizado. Foi isso mesmo que aconteceu com Jérémy Mathieu, que aos 36 anos se viu forçado a encerrar a carreira de forma abrupta, na sequência de uma lesão grave no joelho esquerdo, sofrida durante um treino ao serviço do Sporting.
O central francês, que terminava contrato no final da temporada, decidiu a 24 de junho de 2020 não regressar mais aos relvados, fechando assim um capítulo de quase duas décadas dedicadas ao futebol profissional, com parte delas a vestir a Listada verde e branca.
Jérémy Mathieu: "Queria tanto terminar a carreira dentro do relvado"
A confirmação, na altura, foi feita através do próprio Clube leonino, tendo sido reforçada pelas palavras emocionadas do jogador, tanto em contexto interno, como através de uma mensagem partilhada numa conta pessoal de Facebook. "Pensava terminar a minha carreira de outra forma, mas faz parte do futebol. Lesionei-me esta manhã num duelo. Queria tanto terminar dentro do relvado, mas o destino decidiu de outra maneira”, fez notar o defesa, deixando transparecer o peso de uma saída inesperada.
Na mensagem, Mathieu ainda agradeceu pelos anos dedicados ao futebol e olhou para o futuro com serenidade: "Diverti-me muito a fazer o que amo e sempre amarei. Uma nova vida vai começar para os quatro daqui a um mês. Mal posso esperar por estar lá e poder aproveitar um pouco mais da vida sem restrições. Mil obrigados, até breve e viva a reforma".
Já no balneário, perante os companheiros de equipa, o tom manteve-se sincero e emocionado. "É difícil despedir-me assim. Queria jogar em casa um último jogo. Mas, bom, a vida continua. Foi um prazer vestir esta camisola, um prazer jogar com vocês e desfrutar cada momento", confessou, segundo partilhou o Sporting no seu site oficial.
Mathieu, recorde-se, chegou a Alvalade em 2017, vindo do Barcelona, e rapidamente conquistou o respeito dos adeptos, dos colegas e da estrutura do Clube. Em Portugal, vestiu a camisola leonina 106 vezes, apontou nove golos e conquistou uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga, tornando-se numa das figuras de referência do balneário e numa voz experiente num plantel em constante renovação.
A sua carreira, no entanto, já vinha marcada por conquistas de relevo antes de chegar a Lisboa. No Barcelona, onde jogou entre 2014 e 2017, fez parte de uma geração vencedora, conquistando duas Ligas espanholas, três Taças do Rei, uma Supertaça de Espanha, bem como a Liga dos Campeões, a Supertaça Europeia e o Mundial de Clubes, todos em 2015. Antes disso, passou cinco épocas no Valência, quatro no Toulouse e iniciou o seu percurso no Sochaux, clube onde venceu a Taça da Liga francesa.
Vale notar, ainda, que Jérémy Mathieu quis, no entanto, colocar um ponto final em definitivo dentro de campo e, nesse sentido, decidiu voltar a jogar nos regionais de França, no modesto Luynes Sports, terminando assim, pela segunda vez, a carreira de jogador, em 2023. Atualmente, o antigo jogador desempenha funções num novo emprego bem inesperado.
Líder leonino trouxe o conjunto verde e branco de volta às grandes conquistas na modalidade na temporada 2024/25, depois de se sagrar Campeão Nacional
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João Coelho – que numa entrevista recentemente abordou as suas recentes conquistas - nasceu no dia 24 de junho de 1981, em Vila Nova de Gaia, e tem sido uma das figuras das modalidades do Sporting nos últimos anos. O português já leva três épocas ao comando técnico da equipa de Voleibol dos leões e conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Federação.
Como jogador, João Coelho não conseguiu grande destaque, mas ainda somou passagens por diversos clubes do Voleibol em Portugal, como o CD Fiães, Castêlo da Maia, Vitória de Guimarães, Esmoriz, Fonte do Bastardo e Benfica.
Já enquanto treinador, João Coelho conseguiu elevar o nível. Começou ao serviço do Castêlo da Maia, clube onde também esteve como jogador, mas rapidamente assumiu o comando técnico do Fonte do Bastardo.
Depois de quatro temporadas a liderar o Fonte do Bastardo com sucesso, João Coelho provou que tinha qualidade para assumir o Sporting. Em 2022/23, o técnico português foi anunciado como treinador oficial da equipa de Voleibol do Sporting e venceu, desde logo, a Taça da Federação.
No seu segundo ano a ocupar o comando técnico da equipa de Voleibol leonina, João Coelho conseguiu grandes resultados, ao conquistar a Taça de Portugal. Desta forma, o treinador do Sporting foi mostrando provas do seu trabalho de forma gradual, até que 2024/25, deixando claro que foi a escolha certa.
João Coelho na sua terceira temporada ao serviço do comando técnico dos leões, conseguiu cumprir com as exigências e trouxe o Campeonato Nacional 2024/25 para Alvalade. Um ano mágico para o Voleibol leonino, no qual também ergueu a Supertaça.
O timoneiro português tem contrato até junho de 2028 e já conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Federação. O Sporting quer continuar contar com o treinador que, por outro ladoo, também parece querer dar seguimento ao seu projeto vitorioso.
Craque reconhecidíssimo a nível mundial, que tem carreira super estrelada no futebol, chega ao Clube verde e branco para continuar a fazer história
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No dia 20 de junho de 1999, Peter Schmeichel - primeiro dinamarquês dos verdes e brancos - foi apresentado pelo Sporting, sendo este na altura um dos guarda-redes com maior estatuto em termos mundiais. Este dia foi inesquecível para os adeptos e Sócios do Clube de Alvalade, que receberam um dos maiores guardiões da história do desporto.
O Mallorca, de Espanha, chegou a fazer-lhe uma proposta tentadora, não só a nível económico, como também desportivo. Em França, Paris Saint-Germain e Rennes também tentaram assegurar o passe do dinamarquês, mas sem sucesso. Em Itália também houve interessados.
Os dirigentes do Sporting já sabiam que Schmeichel tinha interesse em, pelo menos, ouvir o que tinham para oferecer. Com a época dada como terminada depois dos festejos da conquista da Liga dos Campeões, o dinamarquês estava finalmente disponível para ser negociado, apesar de num só ano ter erguido três troféus.
Carlos Janela, que na altura era o diretor desportivo do Sporting, já tinha recebido algumas críticas depois de falhar a contratação de Brian Laudrup, que era pretendido por 15 equipas, segundo o que se dizia na época. Desta forma, os adeptos olharam para as negociações com o guardião de uma forma mais cautelosa.
No dia 19 de junho de 1999, ainda era sábado e Schmeichel já estava na capital portuguesa. A verdade é que o guardião dinamarquês queria ir para o hotel descansar, mas os dirigentes estavam focados em conseguir um único objetivo: o guardião só podia sair para o hotel quando o contrato com os leões estivesse assinado.
Nas palavras de Schmeichel: "Passou o tempo: meia-noite, uma da manhã, e eu muito cansado e só queira ir para o hotel descansar". Há uma da manhã, o guardião foi apresentado aos jornalistas, numa das transferências que mais chocou todos os adeptos do futebol português.
“O Peter é, a partir deste momento, jogador do Sporting e o Sporting vai ser campeão, porque para onde o Peter vai é campeão”, disse Carlos Janela, diretor desportivo dos verdes e brancos, no momento em que foi anunciada a contratação do craque à saída do hotel.