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QUEREMOS MAIS FUTEBOL, NÃO VIOLÊNCIA
Não pode nem deve ser Alcochete ou o que se passou no Seixal ou na casa dos jogadores de futebol. Aquilo não é futebol. E aquilo é muito grave.
Imagem de destaque09 Jun 2020, 09:00

A bola voltou a rolar. E que saudades que tínhamos. Os outros não me interessam. Apenas o nosso Sporting. E foi bom ver o nosso clube a entrar em campo. Não foi bom o resultado. Penso que poderíamos e devíamos ter feito mais. Claro que o regresso custa. Claro que tudo isto mexe com os jogadores. Desde logo não ter adeptos. Mas, a vencer não poderíamos ter permitido, por duas vezes, o empate, tal como com mais um jogador poderíamos e devíamos ter carregado sobre o Guimarães.

Boas indicações de Eduardo Quaresma. Muito boas. Seguro. Matheus Nunes ainda não mostrou tudo. Jovane e Sporar muito bons. Os melhores. O resto precisa de aumentar a dinâmica. E muito. Ruben Amorim tem muito trabalho pela frente. Que encare este período como pré-temporada.

O que já não tínhamos saudades era de mais violência. Nesta vez no Seixal. Uma pedra num autocarro em plena auto-estrada, mais casas de jogadores e treinador vandalizadas. Isto é tudo o que o futebol não precisa.

O jogo é para ser na relva.

Eu sei que o futebol faz mexer com um povo. Este país vibra com os três grandes. Mas o futebol é só ali. Na relva. Ok, também é nos cafés, também é nas redes sociais, também é no jornal. Nas entrevistas, nas transferências, na segunda-feira de manhã quando chegamos aos locais de trabalho. É alegria e frustração. Mas é Desporto. De milhões de euros, é certo, mas Desporto. Podemos brincar uns com os outros, mas é só.

Não pode nem deve ser Alcochete ou o que se passou no Seixal ou na casa dos jogadores de futebol. Aquilo não é futebol. E aquilo é muito grave.

Não quero entrar nas comparações entre Alcochete e Seixal. Penso que isso é uma evidência. Tal como é uma evidência a diferença de tratamento de um clube para o outro. Quero isso sim condenar toda a violência que existe em torno de um deporto que é fascinante.

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