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Futebol
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O Sporting entra na última jornada da Liga Portugal com tudo nas mãos: depende apenas de si para se sagrar campeão nacional, este sábado frente ao Vitória de Guimarães. A equipa de Rui Borges chega a esta final empatada com o Benfica, mas com vantagem no confronto direto, e há dois jogadores dos leões que já viveram situações semelhantes.
Se há algo que pode fazer a diferença num jogo destes é a experiência. E aqui, o plantel leonino encontra-se em desvantagem. Apenas dois jogadores do grupo principal já viveram a sensação de serem campeões na última jornada. Nuno Santos, que conquistou a Liga portuguesa com o Benfica em 2015/16, e de Morten Hjulmand, que subiu à Serie A com o Lecce, em Itália, em 2021/22. Dois jogadores com perfil de liderança, habituados à exigência, mas que não vão estar disponíveis.
Nuno Santos continua a recuperar de uma lesão grave, e Morten Hjulmand vai cumprir castigo por ter visto o nono cartão amarelo da época no dérbi frente ao Benfica. Os únicos dois leões de "cabeça fria" em momentos de alta tensão, de tudo ou nada, vão estar de fora na última volta do campeonato. Uma baixa de peso, não só em campo, mas também na voz e no espírito da equipa.
Além deles, Ricardo Esgaio também é ausência confirmada, depois de ter sido expulso já após o apito final no Estádio da Luz. O lateral já venceu campeonatos decididos à última jornada mas apenas nas camadas jovens, nos iniciados em 2007/08 e nos juniores em 2011/12. A falta de vivência em finais desta dimensão pode ser um desafio adicional para um grupo com qualidade, mas ainda jovem.
O Sporting defronta o Vitória de Guimarães na 34ª ronda da Liga Portugal Betclic, no Estádio José de Alvalade, às 18h. Após o dérbi do século na Luz, no sábado passado, Rui Borges deu como prenda ao plantel leonino, dois dias de folga para recuperarem mental e fisicamente para a grande final que se avizinha no próximo fim de semana.
Confira a saída do autocarro do Sporting de Alcochete antes do jogo com o Benfica:
Vimaranenses questionaram profissionalismo do treinador dos leões que disse ter visto jogadores de Luís Freire forçarem cartões amarelos
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O Vitória de Guimarães emitiu esta terça-feira, dia 13 de maio, uma comunicado a reagir às declarações de Rui Borges, referindo que o técnico questionou o profissionalismo de elementos do plantel vimaranense. O treinador do Sporting considera que as palavras foram mal interpretadas.
De recordar que o técnico dos leões disse que "viu jogadores do Vitória a levar amarelo", na antepenúltima jornada, frente ao Nacional (2-1), de forma a poderem jogar em Alvalade, na última jornada da Liga Portugal Betclic. Os responsáveis minhotos não gostam da postura do técnico verde e branco.
Segundo o jornal A Bola, fonte próxima do técnico do Clube de Alvalade diz estar apenas focado no jogo que pode consagrar o bicampeonato. Além disso, Rui Borges sente muito carinho pelo seu anterior clube e um apreço especial pelo clube da cidade de Guimarães.
Recorde-se que Rui Borges, contratado pelo Vitória de Guimarães, no passado verão, deixou os conquistadores sensivelmente a meio da época, no final do mês de dezembro, após a saída de Ruben Amorim, algo que motivou, desagrado entre alguns adeptos vitorianos.
Para a 34.ª jornada, o Sporting parte em vantagem em relação ao Benfica para o duelo decisivo, em Alvalade, já que só depende de si para conquistar o título de campeão nacional. Já o Benfica, que se desloca a Braga, terá sempre de esperar um deslize dos leões.
Terapeuta especializado em desporto faz aviso ao treinador do emblema verde e branco em vésperas do duelo diante da turma vimaranense
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A pressão é máxima em Alvalade. O empate frente ao Benfica, no dérbi do século, colocou o Sporting com um pé no título, mas, segundo Jorge Silvério, psicólogo especializado em desporto, a vantagem pode transformar-se num risco inesperado: a euforia. O especialista avisa que o técnico leonino terá, esta semana, um desafio mental ainda maior do que Bruno Lage.
"É certo que a euforia é mais externa que interna, mas este clima pode ter impacto no rendimento dos jogadores"
“Penso que Rui Borges terá mais trabalho que Bruno Lage pois o desafio do Sporting é superior uma vez que passa por controlar a onda de euforia”, começou por dizer Jorge Silvério ao jornal Record, destacando a necessidade de atenção individual com os jogadores. “Com o empate o Sporting só depende de si para ser campeão, é algo positivo, mas os jogadores podem desconcentrar-se com mais facilidade. É certo que a euforia é mais externa que interna, mas este clima pode ter impacto no rendimento dos jogadores e o técnico até deve falar individualmente com cada um para perceber o estado de cada um”.
O Sporting recebe este sábado, às 18h, o Vitória de Guimarães, num jogo decisivo em Alvalade. Se vencer, torna-se bicampeão nacional, um feito que escapa aos leões há mais de 70 anos. Apesar da festa que já se vive entre os adeptos, Silvério avisa que é precisamente esse clima que pode ser perigoso para o rendimento da equipa. Rui Borges terá baixa no meio campo para a última ronda da Liga Portugal.
“Há uns anos bastava pedir aos jogadores que não ligassem o rádio ou a televisão mas isso hoje em dia é impossível. Acima de tudo é evitar que a euforia dos adeptos passe para a equipa. Ninguém pode pensar 'está ganho' porque não está”, acrescentou Jorge Silvério, reforçando que o trabalho psicológico pode ser decisivo para o sucesso dentro de campo.
Com o Benfica a jogar à mesma hora frente ao Braga e a precisar de um deslize do Sporting, o ambiente está ao rubro nesta reta final. Mas em Alvalade, o foco está em manter os pés assentes na terra e o título à vista. Rui Borges terá de segurar emocionalmente a equipa num momento em que todos sonham mas ainda nada está garantido.
Presidente da mesa assembleia geral da SAD do clube encarnado critica postura adotada por pupilo de Rui Borges no dérbi realizado no Estádio da Luz
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Nuno Magalhães deixou duras críticas a João Pinheiro, após o dérbi entre Benfica e Sporting (1-1) no Estádio da Luz. O presidente da mesa assembleia geral da SAD do clube encarnado acusou ainda Morten Hjulmand de se ter comportado indevidamente e de ter agido como "uma espécie de quarto árbitro dentro de campo"
Para Nuno Magalhães, a não vitória do Benfica teve dois grandes culpados: as próprias águias, e o árbitro da partida, João Pinheiro. O dirigente explicou que "o golo do Sporting é a imagem do receio com que o Benfica entrou", começou por dizer o ex deputado do CDS à Antena 1.
Prosseguiu, com mais auto crítica: "O Benfica surpreendeu pela negativa, até pela receção extraordinária dos adeptos. Às tantas, parecia que o Benfica é que estava a jogar fora, retraído, não sabia muito bem se atacava ou vinha para trás, circulava a bola com muita lentidão, isso é que não percebi. Tinha de ter entrado como entrou na segunda parte".
Depois, partiu para o ataque. Começou por falar do suposto penálti contra os leões: "Debast empurrou o Otamendi. Lance claro, óbvio e inequívoco. VAR tem de ver e dizer. Tem clara interferência no jogo", explicou Nuno Magalhães, na sua perspetiva. Relembrar que não foi o único com queixas de João Pinheiro.
Acusou, mesmo, o capitão verde e branco de condicionar o juiz do encontro: "As faltas aconteciam quando Hjulmand entendia que devia dar sinal ao árbitro para assinalar ou não. Passou o jogo todo a discutir e a dirigir o árbitro, foi uma espécie de quarto árbitro dentro de campo", atirou o presidente da mesa assembleia geral da SAD do Benfica.