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0Hidemasa Morita cobrou-se por um erro que concedeu o golo do Manchester City frente ao Sporting, na última terça-feira, dia 5 de novembro. Entretanto, Daniel Ramos, que trabalhou com o internacional japonês no Santa Clara, veio a público destacar a humildade do jogador em reconhecer quando não está no seu melhor.
"Digo que, daquilo que convivi com ele, faz parte da exigência que ele tem para com ele próprio. Em todo o jogo estava sempre a tentar perceber se fazia alguma coisa de errado e queria sempre fazer mais, mais e mais. Portanto, a reação dele após o jogo com o City é perfeitamente natural, não me surpreende. É muito exigente com aquilo que faz, cobra-se bastante do erro, não festeja muito quando faz as coisas, até é muito contido, mas faz da personalidade dele e até da cultura", começou por dizer, em declarações ao jornal A Bola.
"Uma coisa que admirei é que ele tenta aperfeiçoar logo de seguida em relação àquilo que errou, nomeadamente em termos de passe, algo que ele tinha muito cuidado, para ele estar satisfeito a percentagem de passes dele tinha de ser muito alta", atirou ainda, antes de falar da qualidade do jogador e da sua evolução.
"Ele já apresentava um nível muito alto no Santa Clara, era para mim um dado adquirido, cheguei a dizer-lhe que o via em patamares mais elevados, podia representar um grande em Portugal ou então no estrangeiro. E veio a confirmar-se. Vejo-o mais completo, capaz de, por exemplo, fazer coisas que ele no Japão não fazia e no Santa Clara dava indícios de o fazer e fê-lo às vezes, que era qu bra de linhas entre a passar em zonas mais adiantadas para um 6, isso é fora do vulgar, a não ser que o treinador lhe dê liberdade, a jogar com dois médios ele era, na maioria das vezes, quem tinha mais equilíbrio e menos liberdade de ação. Ele tem isso no Sporting, e veio demonstrar que está preparado, é um jogador que salta mais e entra em zonas de finalização com mais frequência. E isso para mim é um dado que acrescenta mais-valia no jogo dele. Porque pode fazer a posição 6, pode fazer a segunda posição, que é o segundo médio e poder saltar mais, dando polivalência à posição e mais opções ao treinador. E com isso também ganhou a possibilidade de fazer golos e assistir", atirou Daniel Ramos.
Por fim, o treinador acredita que Morita está satisfeito, mas que ainda pode dar o salto: "Está num grande clube e feliz, por aquilo que demonstra. Mas quem sabe? A Champions é vista em todo o mundo e tem havido muitos casos de sucesso de jogadores a sair de cá para clubes de maior nomeada, e ele não foge à regra", concluiu.