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0O campeonato do Mundo de hóquei em patins, que decorreu entre os dias 16 a 22 de setembro em Itália, foi a última prova de Ângelo Girão ao serviço da seleção nacional. O jogo contra a Itália começou com uma homenagem ao jogador do Sporting, que foi aplaudido de pé pelas centenas de adeptos que se encontravam no pavilhão. Na luta pelo terceiro lugar, Portugal perdeu 3-2 e ficou fora do pódio pela primeira vez em 17 anos.
Termina assim a passagem do guarda redes do Sporting pela seleção nacional, depois de 122 internacionalizações e da conquista do Europeu de 2016 e do Mundial de 2019. O jogador admitiu que o desfecho do jogo frente à Itália não correspondeu às suas expetativas e explicou que teve dificuldade em lidar com a pressão: "No balneário não consegui aguentar-me, o discurso do João Rodrigues também não ajudou muito e quebrei. Penso que isso também pode ter sido um fator de perturbação para a equipa. Tínhamos um jogo importante, ainda tentámos durante o jogo tudo por tudo e infelizmente não conseguimos estar na final".
Ângelo Girão, ao serviço do Sporting desde 2014, já conquistou três Ligas dos Campeões (2018/19, 2020/21 e 2023/24), duas Taças Continentais (2019/20 e 2021/22), uma Taça CERS (2014/15), dois Campeonatos Nacionais (2017/18 e 2020/21) e uma Supertaça (2015).
18 anos depois, a carreira do guarda-redes ao serviço de Portugal chega ao fim. Em entrevista ao jornal Record, o jogador explicou que houve um conjunto de fatores que motivou a sua decisão, incluindo a necessidade de tempo com a família e a idade já avançada. Girão refere também que, com a sua saída, pretende dar espaço a outros jovens com qualidade.
Girão refletiu sobre o desempenho de Portugal ao longo dos anos e disse que a seleção tem capacidades e potencial para mais, reforçando que "a culpa não pode ser sempre de fatores alheios". Numa despedida emocionada, o jogador mostrou-se orgulhoso em relação ao seu próprio percurso e afirmou que o futuro da baliza da seleção nacional está em boas mãos.
Veja aqui a despedida: