
A Juventude Leonina decidiu terminar com as manifestações e os cânticos contra a Direção do Sporting CP para deixar de ser o foco de destabilização, e promete centrar a sua atuação no apoio às equipas do Sporting do primeiro ao último minuto. “Como sempre fizemos”, diz fonte oficial da claque ao Leonino. A claque fundada em 1976 informou ainda as outras claques da sua posição.
Uma das razões prende-se com o facto de a Juventude Leonina querer deixar de ser o ‘bode expiatório’ para tudo o que de mau está a acontecer no Clube. Em declarações exclusivas ao Leonino, fonte oficial afirma que “não vamos continuar a ser o foco de destabilização. Qualquer coisa que acontece, a culpa é sempre nossa. No fundo, não queremos dar mais armas para que nos ataquem”. Apesar desta vontade, admitem que não conseguem controlar a cem por cento tudo o que acontece. “É impossível dissuadir todo o tipo de situações ainda para mais quando estamos perto de bater o recorde da pior época de sempre. Não podemos obrigar as pessoas a estarem contentes”.
Ontem, 13 de fevereiro, Samico, um dos líderes da Juve Leo, fez uma publicação na rede social Facebook onde escreveu que “fica o compromisso que iremos mudar o chip e voltaremos a ser aquilo que sempre fomos” e condenou “toda e qualquer violência venha ela de onde vier, embora todos saibamos que neste momento ela poderá vir de muitos lados e não só da parte mais fácil de condenar que são as claques”.
A Juventude Leonina desaprova a violência e está preocupada também com a associação que Sócios e adeptos do Sporting CP lhe fazem face às agressões do passado domingo (LER AQUI). “Há uma manifestação de 4.000 pessoas e o foco está em meia dúzia de ‘atrasados’. Está tudo ao contrário. Condenamos a violência. Para bem do Clube, já chega”.
Relativamente à dificuldade em controlar as manifestações de descontentamento que têm vindo a acontecer, a claque defende que “quando tínhamos material de apoio, como por exemplo o megafone, era mais fácil de travar”. No entanto, a Juventude Leonina afirma que “continuamos a não gostar desta Direção, mas da nossa parte, não vai acontecer mais. Agora, as pessoas estão descontentes e é óbvio que podem sempre haver alguns cânticos, mas tentaremos impedir que isso aconteça”.
Chegou a hora de todos colocarmos a mão na consciência e dizer Basta deste clima pois o Sporting está acima de tudo e de…
Publicado por Samico 76 em Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Relação tensa
A relação entre a atual Direção do Sporting CP e as claques não tem sido a melhor, e tem vindo a agravar-se. Desde outubro de 2019, depois de Frederico Varandas ter saído do Pavilhão João Rocha sob escolta policial no final do jogo de futsal entre a turma de Alvalade e os Leões de Porto Salvo, a Direção decidiu rescindir os protocolos que tinha celebrado com a Juventude Leonina e com o Directivo Ultras XXI.
Desde então, o clima entre as claques e os responsáveis leoninos só tem vindo a piorar. No passado domingo, após a manifestação convocada pela Juve Leo (LER AQUI), Miguel Afonso e Filipe Osório de Castro foram insultados e agredidos dentro do Multidesportivo (LER AQUI). No próprio dia, a direção verde e branca, pela voz de Frederico Varandas, veio tecer duras acusações aos grupos organizados de adeptos do Clube. Em resposta, a Juventude Leonina condenou as agressões e negou qualquer tipo de envolvimento nos mesmos.











Carlos Patricio
Uma boa medida, a paz tem de começar por algum lado, numa guerra como esta ninguém ganha e todo o clube perde. Já é hora do clube se deixar de guerrilhas internas e remar todo para o mesmo lado. Claro que o atual rumo não agrada, tem havido muita incompetência na gestão do clube, sobretudo nas decisões relacionadas com o futebol. Os sócios e adeptos têm todo o direito de manifestarem o seu desagrado, afinal estamos a falar de pessoas (direção e coordenação do futebol) muito bem pagas que têm feito este ano um trabalho muito negativo, com um conjunto de medidas incompreensíveis, no que toca à gestão das equipas de futebol, dos A aos sub 23, passando pelas camadas jovens. A quantidade de ativos que foram desperdiçados para ir buscar jogadores que, a maior parte deles, não representam mais do que um gasto extra para o clube. Para um clube a precisar de dinheiro... Mas é preciso saber distinguir as coisas, e estar ao lado da equipa nos jogos, porque se não conseguirmos ajudar a equipa a vencer, a espiral negativa só irá aumentar. Ano após ano, os títulos e o dinheiro da Champions estará mais longe, cada vez mais bipolarizado por Porto e Benfica, e aí sim o clube entrará num processo de empobrecimento competitivo irreversível. Porque é isso que enfrentamos, é isso que os nossos rivais querem. Enquanto andamos nestas guerras e guerrilhas, os outros 'comem tudo e não deixam nada'.