Futebol na TV (29 de abril): Após apagão, há jogos reagendados, sub-23 do Sporting e Arsenal - PSG

A gestão' dos cartões amarelos que é promovida pelos treinadores tem marcado a atualidade do futebol português. Com o dérbi entre Sporting e Benfica a aproximar-se, Rui Borges e Bruno Lage tentam assegurar que nenhum jogador falha o encontro por castigo. Gonçalo Monteiro e Pedro Sousa, comentadores desportivos, têm opiniões diferentes sobre a prática e abordam as declarações do treinador dos leões sobre o tema.

Num comentário feito no canal televisivo NOW, Gonçalo Monteiro começa por afirmar que “na reflexão de um treinador, quando faz um comentário sobre um clube terceiro ou sobre um companheiro, não deve haver uma crítica inerente”, apesar de referir que os comentários feitos pelo treinador do Sporting, em relação aos cartões amarelos “forçados” pelos jogadores do Benfica no jogo frente ao Vitória de Guimarães, lhe “pareceram” uma crítica. Pedro Sousa destaca que, "dias depois" de criticar o rival, Rui Borges “fez o mesmo”, mencionando o cartão amarelo visto por Ousmane Diomande no recente jogo frente ao Boavista.

Gonçalo Monteiro compara com outras situações de antijogo, como “quando se força um guarda-redes a cair no relvado, para contornar os regulamentos”, e admite: “Não gostando de ver, eu, como treinador, em momentos pontuais de um jogo, já mandei um guarda-redes cair, para conseguir reorganizar a equipa. Mas isso tem um impacto direto negativo no adversário, porque quebra o jogo e impede a outra equipa de ir atrás do resultado, se for caso disso. Há aqui uma questão ética”.

Ainda assim, o comentador considera que, na questão dos cartões amarelos, “não há questão ética rigorosamente nenhuma”: “Que impacto direto tem nos adversários do campeonato? Não há”. E prossegue, aludindo aos ‘amarelos’ vistos por Ousmane Diomande, central do Sporting, e Álvaro Carreras, lateral-esquerdo do Benfica, nos respetivos jogos da 31ª jornada da Liga Portugal Betclic: “Rui Borges e Bruno Lage podiam ter decidido que eles não iriam jogar no próximo jogo, o que não teria impacto direto, nem positivo nem negativo, nos adversários”.

Por sua vez, Pedro Sousa apresenta um ponto de vista distinto: “Como ainda há mais uma jornada [depois do Benfica – Sporting ], convém que os jogadores ‘limpem’ [os cartões amarelos]. Um jogo entre Benfica e Sporting joga-se nos limites e não sabemos se, nesse jogo, o árbitro vai mostrar dois amarelos ou se vai mostrar 10 ou 12”. O comentador realça também o impacto dos cartões amarelos “forçados” nos jogos, lembrando que a “UEFA interfere nesses lances”.

Enquanto a Portugal foi surpreendido por uma falha elétrica, às 11h33 de segunda-feira, que deixou milhões às escuras, o Sporting manteve-se imune ao apagão que se abateu sobre grande parte da Europa. Na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, e no Estádio José Alvalade, o dia decorreu com total normalidade, graças a um plano de contingência bem definido e silenciosamente eficaz.

Apesar de a equipa principal estar de folga após a vitória expressiva frente ao Boavista, por 5-0, a atividade no centro de treinos leonino manteve-se. Os jogadores lesionados compareceram para sessões de recuperação e os escalões de formação cumpriram os seus treinos como previsto. Quando a eletricidade falhou a meio do dia, os geradores de reserva entraram em funcionamento automático, assegurando o fornecimento contínuo de energia sem qualquer interrupção.

No Estádio José Alvalade, a rotina diária também se manteve intacta. Todas as reuniões programadas realizaram-se, os departamentos administrativos continuaram a operar e os serviços técnicos trabalharam como num dia comum. O clube garantiu assim que a preparação para o jogo de domingo com o Gil Vicente, agendado para as 20h30, prosseguisse sem qualquer perturbação.

Esta resposta eficaz ao apagão revelou uma faceta menos visível da estrutura leonina: o planeamento a longo prazo. O Sporting testou com sucesso o rigor dos seus sistemas internos, provando estar preparado para cenários inesperados que poderiam comprometer a dinâmica do clube, especialmente em semanas de competição.

A equipa de Rui Borges joga a 32.ª jornada da Liga Portugal Betclic - veja AQUI a classificação completa - , com o Gil Vicente, em Alvalade, no próximo domingo às 20h30. Após encontro com os minhotos, só restarão apenas mais duas partidas para o fim do campeonato. O Sporting vai ainda à Luz, jogar com o eterno rival que se encontra com os mesmos pontos (75), e depois recebe o Guimarães em casa na última ronda.

Pedro Gonçalves regressou à titularidade no campeonato mais de cinco meses depois da última ocasião (10 de novembro). O 'camisola 8' do Sporting começou de início na vitória por 5-0 no Bessa, frente ao Boavista, e, no final do encontro, mostrou-se satisfeito.

"Joga e luta com a garra de um leão", escreveu Pote, nas suas redes sociais, junto com uma fotografia sua durante o encontro. A publicação conta, de momento com mais de 12 mil 'likes' e milhares de comentários de adeptos do Sporting, encantados com o regresso do português.

Apesar de ter sido titular pelo segundo encontro consecutivo - após ser escolhido por Rui Borges na partida da Taça de Portugal, frente ao Rio Ave - Pote voltou a ser substituído, tal como em Vila do Conde, ao intervalo do encontro. O treinador explicou os motivos, após o término da partida no Bessa.

"Sim, era algo que também estava um bocadinho definido. O Pote tinha feito 45 minutos, não teve uma semana normal para recuperar", disse o Rui Borges, garantindo que já era sabido de antemão que o internacional português não podia cumprir a totalidade do jogo.

Esta temporada, com a camisola do Sporting, Pedro Gonçalves – avaliado em 30 milhões de euros – leva 16 encontros: 11 na Liga Portugal Betclic, três na Liga dos Campeões, um na Taça de Portugal e outro na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 999 minutos disputados, o internacional português marcou cinco golos e fez seis assistências.

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