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Futebol
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Geovany Quenda tem sido um dos jogadores em maior destaque na equipa principal do Sporting. No entanto, a jovem pérola do Clube de Alvalade, apesar de ser peça habitual nas escolhas de Rui Borges, já não marcava qualquer golo há 30 jogos, desde o tempo de Ruben Amorim.
O último golo de Quenda tinha sido a 26 de outubro de 2024, na vitória do Sporting por 3-0 sobre o Famalicão, quando também fez o segundo golo da equipa. Ao longo deste tempo, o jogador de 17 anos não conseguiu voltar a marcar, embora tenha estado em campo em diversas ocasiões, muitas vezes em funções mais recuadas, longe da área adversária.
É importante destacar que todos os golos do futebolista internacional sub-21 português até agora foram marcados fora de Alvalade, começando pela Supertaça Cândido de Oliveira, contra o Porto, no Estádio Municipal de Aveiro, onde marcou o primeiro golo com a camisola leonina.
O jovem esquerdino do Sporting, apesar da ausência de golos, não ficou sem contribuir para a equipa, com seis assistências neste período. O seu futuro está traçado com a transferência para o Chelsea, que pagou 52,1 milhões de euros pela sua contratação, incluindo a venda do passe de Dário Essugo. No entanto, Quenda continuará em Alvalade até a temporada 2025/2026, rumando a Londres apenas na temporada seguinte.
O golo marcado na Reboleira é uma boa forma de Quenda encerrar este jejum e voltar a encontrar o caminho em direção às redes, que agora tem como objetivo continuar a conquistar no Sporting antes de seguir para o Chelsea. Recorde-se que o jovem leonino é considerado um dos melhores dribladores sub-20 do mundo, estando a deixar marcos históricos no futebol ao longo da sua carreira em Alvalade.
Treinador dos verdes e brancos precisou de escolher entre arriscar na utilização do médio ou evitar que este fique castigado para o dérbi
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Num momento decisivo da época, Rui Borges decidiu não facilitar. Morten Hjulmand será utilizado pelo Sporting frente ao Gil Vicente, no próximo domingo, em Alvalade, apesar de estar perto de atingir o limite de cartões amarelos e de poder, por isso, ter um jogo de castigo. A ideia de poupá-lo para o dérbi com o Benfica, agendado para dia 10 de maio, foi ponderada, mas descartada. O treinador leonino está focado no presente e, por isso mesmo, não há margem para deslizes.
De acordo com o jornal A Bola, embora o jogo na Luz seja visto como a grande final da temporada, Rui Borges considera que tudo começa - ou pode terminar - frente ao Gil Vicente. Um triunfo nesse jogo garante ao Sporting a possibilidade de defrontar o Benfica com uma vantagem estratégica: a de poder jogar para dois resultados (empate ou vitória) e, ainda assim, manter o topo da tabela.
Com esse cenário em mente, Hjulmand será utilizado de início. A decisão, de acordo com a fonte em causa, envolveu uma conversa com o próprio jogador que, além de ser capitão, é uma das vozes mais influentes no balneário. O médio dinamarquês está ciente do risco que carrega.
A ajudar a este decisão está, também, o facto da condição física de Hidemasa Morita ainda estar longe do ideal. O internacional japonês regressou recentemente de lesão e, embora tenha já voltado aos relvados frente ao Boavista, está a ser reintegrado com cautela. Tal como Pedro Gonçalves, será gerido com restrição de minutos.
Neste contexto, a utilização do dinamarquês passa de uma escolha a uma necessidade. Rui Borges admite eventualmente retirá-lo durante a partida, mas apenas se o resultado o permitir. Caso o Sporting consiga uma vantagem confortável, Hjulmand poderá ser poupado para os desafios seguintes. Até lá, será pilar na estrutura do meio-campo. Deverá, tal como tem acontecido nos últimos jogos, fazer dupla no meio-campo com Zeno Debast.
Jovem central que atua na equipa B tem tido meses marcados por demonstrações de resiliência e a mesma poderá ser premiada em breve
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A trajetória de João Muniz, jovem defesa-central do Sporting, é o retrato fiel da resiliência que existe no Clube de Alvalade. Aos 19 anos, já viveu um ciclo de frustrações, decisões inesperadas e reviravoltas, continuando à espera de viver o sonho na equipa principal e, também, na seleção nacional sub-21.
Na época passada, Muniz era presença constante nos treinos da equipa principal do Sporting, então liderada por Rúben Amorim. Tudo indicava que, também ele, iria celebrar oficialmente o título com os seus colegas. Contudo, enquanto jogadores como os guarda-redes Diogo Pinto e Francisco Silva ou o médio Miguel Menino foram lançados em jogos após a conquista do campeonato, João viu a porta da consagração fechar-se. Trabalhou ao nível mais alto, mas não teve direito à medalha.
A frustração foi inevitável, mas não paralisante - pelo contrário. Muniz apresentou-se de novo na pré-temporada com vontade de mostrar serviço. Disputou jogos de preparação e, em paralelo com a administração da SAD, Amorim decidiu que o melhor para a evolução do jogador seria um empréstimo ao Rio Ave, então treinado por Luís Freire. O acordo previa uma opção de compra de 12 milhões de euros.
No entanto, as coisas não correram como esperado. Problemas físicos e dificuldades de adaptação impediram-no de se impor em Vila do Conde. Sem qualquer minuto de competição oficial, o fim do empréstimo foi antecipado, interrompendo prematuramente o plano desenhado para o seu crescimento.
De regresso a casa, Muniz retomou a sua caminhada na equipa B do Sporting. Com contrato válido até 2028 e uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, o jovem central rapidamente agarrou um lugar de titular numa formação que ambiciona a promoção ao segundo escalão. Soma já 10 jogos na Liga 3, destacando-se não apenas pela fiabilidade defensiva, mas também pela sua versatilidade: atua com naturalidade nas três posições do eixo defensivo.
Rui Borges, treinador da formação secundária dos leões, aprecia essa capacidade de adaptação e continua a acreditar no potencial de Muniz. A Federação Portuguesa de Futebol também já tomou nota do seu potencial: além da polivalência, os relatórios internos elogiam a sua qualidade técnica e inteligência tática.
Antigo presidente da Messa Assembleia Geral do Clube não poupou nas críticas a alguns juízes que apitam na Liga Portugal Betclic
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Jaime Marta Soares, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, está confiante na conquista do título. Numa fase decisiva do Campeonato, com os leões e Benfica empatados no topo da tabela, o histórico dirigente não tem dúvidas de o conjunto de Rui Borges é mais forte, mas deixa duras críticas às arbitragens, referindo que muitos deles não têm qualidade suficiente.
"O Sporting está com a raça de leão. O Sporting está a assumir a força do querer. A força ganhadora e, por isso, entre uma equipa e outra, que o Sporting terá condições de levar por diante, aquilo que os sportinguistas todos desejam, que é ganhar o campeonato", começou por dizer.
Sem grandes rodeios, Jaime Marta Soares apontou o dedo às arbitragens em Portugal e defendeu que os erros têm sido constantes e graves: "Venha o Diabo e escolha. Isso não é problema do Sporting, nem do Benfica, nem nenhuma das outras equipas… é efetivamente da incapacidade e da desonestidade intelectual e moral de muitos árbitros. Muitos deles deviam era dedicar-se à pesca, em vez de quererem ser árbitros de futebol".
"Muitas vezes erram, mas há os que erram intencionalmente"
O ex dirigente reconhece que existem erros intencionais, mas acredita que a maior parte acontece por inaptidão. "É uma questão de competência. Muitas vezes erram, mas há os que erram intencionalmente… mas há os que erram mesmo por incapacidade e por incompetência e até com alguma cobardia, e até efetivamente, de se libertarem, das pressões que possam ter de um lado e doutro." Por isso, defende que ninguém pode atirar a primeira pedra: "Entre o Benfica e o Sporting, venha o diabo e escolha em termos de arbitragens e ninguém pode atirar a pedra ao ar."
Sobre a situação de Morten Hjulmand, que poderá falhar o dérbi caso veja amarelo no próximo jogo, Marta Soares defende uma postura cautelosa: "Como nunca se sabe qual é a personalidade que vai apitar o jogo e para que lado é que vai a sua incompetência, seria melhor prevenir do que remediar." E vai mais longe na análise ao comportamento do capitão: "O capitão do Sporting tem tão bom de jogador como às vezes de irreverente. E muitas das vezes podia ser mais comedido, o facto de ter a braçadeira, dá-lhe mais responsabilidades e devia ter mais equilíbrio mental".
Gyokeres? "Sai com muita pena minha porque ele e mais dez"
Por fim, falou sobre o avançado Viktor Gyokeres, elogiando o seu valor e apelando à defesa do investimento leonino. "Acho que o Sporting devia ter posto o dobro do preço da cláusula. Ele é um jogador que toda a Europa o quer. Quem tem Gyokeres, tem tudo. mas há coisas que são inevitáveis, e há os direitos do cidadão. É um jogador mas tem os seus direitos consagrados e as suas ambições. Isto é no futebol como em tudo, quem tem categoria é que vale. Vai ser extremamente cobiçado e, quando chegar a altura, sai com muita pena minha porque ele e mais dez", concluiu.