INSATISFEITO COM O EMPATE DIANTE DO MIDTJYLLAND, COATES ASSUME PAPEL DE CAPITÃO DO SPORTING E IMPÕE-SE PERANTE OS COLEGAS (COM IMAGEM)

Já era sabido que João Pereira, apesar de ser, na prática, o novo treinador principal do Sporting, não vai poder ocupar esse lugar oficialmente durante alguns jogos, em virtude de não ter o nível do curso de treinador suficiente para tal. Quem vai ocupar esse lugar é, então, Tiago Teixeira, braço direito de João Pereira que já estava no Sporting com o novo técnico.

Tiago Teixeira nasceu numa família com fortes ligações ao futebol, adepta do Vitória de Setúbal. O seu avô era Josué Monteiro, sócio número 3 e antigo vice-presidente dos sadinos. Começou a sua carreira de treinador no Comércio e Indústria, em 2006, como treinador adjunto. Passou pelo scouting do Barcelona, e foi adjunto no Al Taawoun da Arábia Saudita e no Hatta Club, dos Emirados Árabes Unidos, entre outros clubes também em Portugal

No início de 2022 chegou ao Sporting para se juntar à equipa técnica de João Pereira e vem, desde então, sendo um dos homens fortes do novo treinador do Sporting. Estiveram nos sub-23, ainda pegaram nos sub-19, antes de subirem em 2024 à equipa B. Sobem agora, fruto da saída precoce de Ruben Amorim, à equipa A do Clube de Alvalade.

O jornal ‘A Bola’ falou com Bento Valente, treinador que já desempenhou funções de coordenador da formação do Sporting, mas que se cruzou com Tiago Teixeira ao serviço do Vitória Setúbal: “Falamos de um estudioso do futebol, que mostrava sempre muito interesse nos métodos de trabalho, muito empenhado e sempre a questionar. Os seus treinos eram sempre muito bem preparados, tinham de fazer sentido para ele trabalhar sempre em prol do rendimento máximo da equipa. Dava sempre grande importância ao diálogo, ouvindo outras opiniões, sempre a demonstrar muito interesse”, afirmou Bento Valente.

Tiago Teixeira será a cara apresentada aos Sportinguistas nos próximos dias. Fará as conferências de imprensa relativas aos jogos de Amarante e Arsenal, pelo menos - irá, no entanto, falar por João Pereira, que, na prática, nunca deixará de ser o treinador principal dos leões: “A estrutura está montada, os jogadores estão lá todos e pelo que sei o treinador foi muito bem aceite pelo grupo, que acredita muito dele”, atirou Bento Valente sobre o novo técnico do Sporting. 

João Pereira já assumiu o comando técnico da equipa principal do Sporting, mas não veio sozinho. Uma das novas caras presente nos verdes e brancos é José Caldeira, que ficará encarregue por um dos departamentos que era tratado Ruben Amorim e os seus braços-direitos: Bolas paradas. O momento de jogo em questão tornou-se numa imagem de marca, que remetia à competência da equipa leonina. No entanto, parece que os leões têm vindo a perder eficácia nesse aspeto.

Em 2024/25, o Sporting regista quatro golos na sequência de bolas paradas em situação de cantos e livres, apontando para um total de 56 que foram marcados na presente época. Feitas as contas, resulta num aproveitamento de cerca de 7,14% destas situações.

Em termos de números, os respetivos registos remetem a jogos contra o Porto, Nacional e Braga. Comparando com a equipa B, orientada no início da temporada por João Pereira, conta-se que conseguiram marcar apenas um golo de bola parada, ao longos dos 21 jogos disputados na Liga 3 e UEFA Youth League.

Agora, José Caldeira surge neste campo para reverter a situação. O técnico, de 30 anos, terá em conta os conselhos dados pela antiga equipa técnica, com a qual houve várias vezes troca de ideias que foram uma mais valia. Recorde-se que o Sporting, com Ruben Amorim, chegou a ser considerado a quinta equipa com melhor aproveitamento nas ligas europeias em 2023/24.

Vale frisar que até o atual mister do Manchester United chegou a confessar no passado um dos motivos da perda de aproveitamento: "Jogadores altos como o Seba, o Palhinha, também o Paulinho têm esse impacto, fazem diferença. Os golos do Coates de canto são fruto do trabalho dos jogadores. É mais um momento do jogo que é bem trabalhado. É mérito de todos", relembrando a perda desses jogadores para outras ligas.

O Brasil recebeu, na madrugada de 19 para 20 de novembro, o Uruguai, em Salvador. O jogo, a contar para a qualificação sul americana para o Mundial 2026, terminou num empate (1-1) – na ficha de jogo estavam várias conhecidas dos adeptos do Sporting.

Do lado uruguaio, o treinador Marcelo Bielsa foi fiel às suas escolhas habituais, e começou o jogo com Maxi Araújo a titular e Franco Israel no banco de suplentes. O antigo jogador do Sporting, Manuel Ugarte, também entrou nas escolhas. Do lado do Brasil, Raphinha, também antigo jogador dos leões, fez parte do onze inicial.

Em relação ao jogo, a primeira parte foi equilibrada, e apesar de algum ascendente brasileiro, chegou ao intervalo com 0 – 0 no marcador. Na segunda parte, até foram os uruguaios a começar melhor: Fede Valverde inaugurou o marcador com assistência de... Maxi Araújo, à passagem do minuto 55. Apenas sete minutos depois, aos 62, o Brasil empatou por Gerson e deixou o resultado – que ficaria inalterado até ao fim – em 1 – 1.

Maxi sairia de campo aos 81 minutos, num jogo que deixou o Uruguai em segundo lugar na classificação da qualificação sul americana para o Mundial 2026. A equipa de Maxi e Franco segue agora com 20 pontos em 12 jogos, menos cinco que a primeira classificada Argentina. O Brasil está em quinto lugar, com 18 pontos nos mesmos 12 jogos. Na próxima jornada, o Uruguai joga exatamente contra a Argentina, enquanto que o Brasil vai receber a Colômbia (quarta classificada na competição).

Os onzes titulares para o jogo foram os seguintes: do lado do Brasil, Dorival Junior fez alinhar Ederson; Danilo, Marquinhos, Gabriel e Abner; Gerson, Bruno Guimarães; Savinho, Raphinha e Vinícius; Igor Jesus; Já Marcelo Bielsa escolheu os seguintes elementos: Rochet; Gustavo Varela, José Giménez, Matías Olivera e Saracchi; Fede Valverde, Ugarte e Bentancur; Maxi Araújo, Pellistri e Darwin Núñez.