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Jogadores
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José Eduardo Malheiro Sampaio nasceu a 3 de março de 1955, em Seixas do Minho – Caminha. Começou no atletismo, mas foi no futebol que se afirmou, passando pelo Domingos Sávio, Atlético, Portimonense e Famalicão antes de se mudar para o Sporting, onde conquistou vários títulos.
A chegada a Alvalade, em 1979, gerou alguma controvérsia, pois, no ano anterior, num lance infeliz, lesionou gravemente o avançado sportinguista Jordão. No entanto, rapidamente conquistou o seu espaço e fez parte da equipa campeã nacional na sua primeira temporada, somando 14 jogos.
Nos anos seguintes, apesar de nunca ter sido titular indiscutível, foi uma peça importante na rotação da equipa, ajudando os leões a conquistarem a dobradinha em 1982 e uma Supertaça em 1983. No total, vestiu a camisola leonina durante quatro épocas, disputando 50 jogos oficiais antes de rumar ao Penafiel, onde encerrou a carreira de futebolista.
Após pendurar as chuteiras, José Eduardo tornou-se um dos pioneiros do futsal em Portugal. Como selecionador nacional, levou a equipa portuguesa à conquista de um Campeonato da Europa e ao quarto lugar no Mundial, competições ainda não oficiais na altura. Como treinador do Sporting, venceu a Taça Nacional de Futebol de Cinco em 1991, o primeiro torneio nacional da modalidade.
A sua influência no futebol português não se limitou aos relvados. Enquanto presidente do Sindicato dos Jogadores, esteve à frente do polémico 'Caso Saltillo', no qual os jogadores da seleção nacional se recusaram a jogar, num litígio com a Federação Portuguesa de Futebol.
José Eduardo também se destacou como empresário no setor da restauração. Fundou a Casa XXI, restaurante no Complexo Alvalade XXI, e foi responsável pelo vinho Violinae XXI, uma homenagem aos Cinco Violinos, a célebre linha avançada do Sporting. Paralelamente, continuou ligado ao futebol como comentador televisivo, sempre com um discurso direto e sem receios de polémicas.
Em 2011, num momento conturbado do Sporting, apresentou um documento intitulado 'A Solução para o Futebol do Sporting', onde propôs medidas para reerguer o clube. No mesmo ano, foi eleito para o Conselho Leonino com uma lista independente. Mais tarde, integrou a candidatura de José Maria Ricciardi às eleições de 2018, concorrendo à vice-presidência para o futebol e, recentemente, comentou a exibição dos leões frente ao Dortmund.
Tem sido um pilar defensivo no Clube verde e branco, sendo eleita a melhor guarda-redes da Liga 2023/24 com a média mais baixa de golos sofridos
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Hannah Grace Seabert nasceu a 28 de fevereiro de 1995 na Califórnia e desde cedo destacou-se no futebol e no atletismo, somando recordes na Woodcrest Christian High School. A sua carreira universitária na Pepperdine Waves consolidou-a como uma das melhores guarda-redes do país, estabelecendo o maior registo de defesas da equipa.
A sua passagem para o futebol profissional aconteceu em 2016, quando assinou pelo Orlando Pride, da National Women’s Soccer League (NWSL). Nos Estados Unidos, Seabert aprimorou a sua técnica, mas foi na Europa que encontrou o sucesso, primeiro na Dinamarca, onde se sagrou campeã pelo Fortuna Hjørring em 2018.
O seu desempenho na Liga Dinamarquesa chamou a atenção do Valerenga, da Noruega, onde jogou durante três temporadas. No clube norueguês, conquistou o campeonato nacional e duas taças.
Em janeiro de 2022, Seabert chegou ao Sporting, assumindo o desafio de representar um dos clubes mais históricos do futebol feminino português. A sua estreia não poderia ter sido melhor, ajudando a equipa a conquistar a Taça de Portugal logo na primeira temporada - que agora vai defrontar o Benfica dia 22 de março.
O seu impacto na Liga BPI foi imediato. Na época 2023/24, Seabert foi eleita a melhor guarda-redes da competição pelo Sindicato dos Jogadores, terminando com a impressionante média de 0,38 golos sofridos por jogo. Superou nomes como Michaely Bihina e Lena Pauels.
*Atualizado a 28 de fevereiro
Chegou ao clube verde e branco para fazer história no futsal. Com títulos conquistados e um faro goleador impressionante, tornou-se peça-chave
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Anton Mikhailovich Sokolov nasceu a 28 de fevereiro de 1999, em Kachkanar, Rússia. Desde pequeno, demonstrou paixão pelo futebol, jogando com o irmão mais velho. No entanto, foi no futsal que encontrou o seu verdadeiro caminho, começando a destacar-se nas escolas do Sinara Ekaterinburg.
Aos 17 anos, estreou-se na Superliga russa, mostrando desde cedo um talento fora do comum. Em 2018, sagrou-se campeão mundial universitário pela seleção russa e, em 2021, alcançou o título da liga russa pelo Sinara Ekaterinburg. No ano seguinte, venceu a Taça da Rússia e foi vice-campeão europeu com a sua seleção, reforçando o seu estatuto internacional.
Chegou ao Sporting na temporada de 2022/23 e, em declarações à Sporting TV, Sokolov não escondeu o orgulho por vestir a camisola verde e branca. “Estou muito feliz por fazer parte desta grande família. Prometo lutar até ao último minuto e dar o meu melhor em campo”, afirmou o pivô russo que também elogiou o treinador Nuno Dias: “É um dos melhores treinadores do mundo, um especialista de alto nível. Espero evoluir muito sob o comando dele.”
Foi a primeira experiência fora do seu país e também a primeira contratação de um jogador que não falasse a língua portuguesa para a equipa de futsal leonina. Mas Sokolov não era um desconhecido para os adeptos portugueses, pois tinha sido o autor do primeiro golo da final do Europeu de 2022, que Portugal venceu por 4-2.
A sua adaptação ao Sporting foi imediata. Logo na primeira época, destacou-se ao marcar golos em todas as cinco competições em que o clube participou. Com um faro de golo apurado e uma capacidade técnica invejável, tornou-se rapidamente uma das referências da equipa comandada por Nuno Dias, que recentemente explicou o porquê da mudança na baliza dos leões.
O talento de Sokolov já tinha sido reconhecido a nível mundial quando, em 2021, foi nomeado para os prémios Futsal Planet na categoria de Melhor Jogador Jovem do Mundo, terminando em 5.º lugar numa eleição vencida por Zicky. Esse reconhecimento refletiu-se no seu impacto imediato no Sporting, onde já conquistou dois Campeonatos Nacionais, uma Supertaça e duas Taças da Liga. Esta época , já soma 20 golos em 27 jogos, tem sido a melhor fase da carreira do jogador no clube leonino.
*Atualizado a 28 de fevereiro
Não foi um dos nomes mais sonantes do clube de Alvalade, mas deixou a sua marca. A sua despedida, com um tento na final da Taça, ficou para a história
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Vítor Manuel Gomes Lopes nasceu a 28 de fevereiro de 1949, em Lisboa. Começou a dar os primeiros toques no Benfica. No entanto, foi na CUF do Barreiro que ganhou notoriedade, destacando-se como um médio talentoso e trabalhador, o que lhe valeu a transferência para o Sporting, no verão de 1975.
A sua estreia pelos leões aconteceu a 2 de novembro desse ano, num triunfo por 4-1 frente ao Académico de Coimbra, sob o comando de Juca. Durante essa primeira temporada, foi sobretudo uma alternativa a Nelson Fernandes no meio-campo, realizando 15 jogos oficiais.
Na época seguinte, com Jimmy Hagan ao leme, tornou-se mais utilizado, somando 27 presenças e desempenhando várias funções no meio-campo, chegando até a atuar como lateral-direito em algumas ocasiões. O seu primeiro golo de leão ao peito surgiu a 30 de abril de 1977, numa goleada por 5-0 sobre o Estoril.
Em 1977/78, com Paulo Emílio e depois Rodrigues Dias no comando, Vítor Gomes assumiu um papel mais relevante na equipa, fixando-se como médio direito. Apesar da sua utilidade e polivalência, o Clube optou por não renovar o seu contrato, levando à sua saída para o Marítimo.
A despedida de Vítor Gomes do Sporting, contudo, foi inesquecível. A sua última partida foi a finalíssima da Taça de Portugal de 1977/78, frente ao Porto, onde marcou um dos golos da vitória por 2-1, ajudando os leões a conquistarem o troféu. Foi o único título da sua passagem pelo clube, mas garantiu-lhe um lugar na história.
No total, realizou 59 jogos oficiais e marcou dois golos pelo Sporting. A falta de espaço na equipa levou-o a procurar novas oportunidades, e assim prosseguiu a carreira na Madeira, seguindo depois para o Portimonense e o Belenenses.
Vítor Gomes encerrou a sua carreira ao serviço do Juventude de Évora com 34 anos. Apesar de nunca ter sido um protagonista absoluto, foi um jogador fiável e tecnicamente evoluído, que soube despedir-se do Sporting “em beleza”, com um golo decisivo numa final.