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Já uma vez abordei este assunto, aqui, embora de outro ângulo, razão pela qual volto a ele num momento em que o Sporting lidera o campeonato com 4 pontos de vantagem sobre dois outros adversários: se no futebol o dinheiro fosse o único e decisivo fator para o sucesso, então a Liga 20/21 nem necessitaria de ser disputada, dado que o absurdo investimento do Benfica garantiria a essa equipa o título várias jornadas antes de se concluir a prova. Se a lógica de José Maria Ricciardi (em campanha eleitoral), ou de alguns comentadores afetos ao Sporting, fizesse lei, a nossa equipa não tinha qualquer hipótese de ser competitiva na Liga atual, como noutras recentes. E no entanto…
Ricciardi e vários comentadores, quais discos riscados, estão sempre a bater na ideia de que para ser competitivo o Sporting tem de encontrar investidores disponíveis a injectar dezenas de milhões de euros na SAD, os quais possam ser utilizados para a aquisição de jogadores que fortaleçam a equipa. Ora, o que a história nos diz, não só a nossa, é que em tempos de ‘vacas gordas’ fazem-se alguns dos negócios mais ruinosos. Quando não há dinheiro aumenta o foco, o engenho, a exigência, a malha das aquisições aperta de tal forma que… resulta melhor.
Aplicando aqui uma série de exemplos, desde que existe a SAD, talvez esta ideia se torne mais evidente:
Na época 1997/98 o Sporting ataca o mercado com os cofres cheios e contrata, entre outros, Carlos Miguel, Leandro (um milhão de contos ou 5 milhões de euros), Vinícius, Nené, Bruno Giménez (900 mil contos ou 4,5 milhões de euros) e Didier Lang. Estes valores, naquela época, eram simplesmente estratosféricos! Recordo que em 1996 o FC Porto adquirira Mário Jardel ao Grêmio por 700 mil contos (3,5 milhões de euros). Lembram-se em que lugar o Sporting terminou o campeonato? Em 4º!, atrás do Vitória de Guimarães, a 21 pontos do FC Porto campeão. Dos jogadores aqui elencados, quantos estiveram no plantel que venceu o título dois anos depois? Um: Vinícius.
Na época 1998/99 o Sporting volta a arrasar no mercado. Entram Quiroga, Kmet (600 mil contos, ou 3 milhões de euros), Duscher, Krpan, Bino, Rui Jorge, Delfim, Heinze e Acosta. E a equipa volta a ficar em… 4º lugar, atrás do Boavista, a 16 pontos do FC Porto campeão. Acosta, Delfim, Duscher, Krpan, Quiroga, Rui Jorge e Bino estiveram no plantel que venceria o campeonato um ano depois. Houve neste caso, pelo menos, um bom aproveitamento das aquisições para o êxito que se seguiria, mas curiosamente, o jogador mais caro deste mercado, Kmet, constituiu o maior flop e foi à vidinha dele.
Na época 1999/00 chegaram, sem custos, Peter Schmeichel e De Franceschi, mas após o Barcelona comprar o passe de Simão por 3 milhões de contos (15 milhões de euros), o Sporting ainda contratou Ayew, Toñito, Hanuch e Robaina. Contudo, seriam as aquisições de janeiro (sobretudo André Cruz, César Prates e Mpenza, já que Spehar não deu nada) a possibilitar a conquista do título 18 anos depois. Finalmente viram-se os frutos do investimento.
Estes exemplos servem apenas para lembrar erros cometidos em tempos de ‘vacas gordas’, os quais voltaram a ser evidentes na época 2016/17, quando as transferências de João Mário e Slimani (mais a entrada direta na Liga dos Campeões) levaram o Sporting a contratar, entre outros, Douglas, Petrovic, Meli, Castaignos, Elias, André ‘Balada’ ou Alan Ruiz, este por ruinosos 9/10 milhões! Ou na época 2019/20, quando, na sequência da entrada de muitas dezenas de milhões nos cofres da SAD, foram adquiridos, entre outros, Vietto (7,5), Rosier (4,5), Camacho (5) ou Eduardo (3), totalizando só aqui 20 milhões de euros para um… 4º lugar, a 22 pontos do campeão.
Investimentos loucos sem resultados não são, contudo, um exclusivo leonino, mas como Benfica e FC Porto vencem com regularidade, os maus negócios deles são relativizados, enquanto os do Sporting acabam amplificados. É natural, compreensível, e aceitável. Porque no fim o que interessa é ganhar.
Mas volto à ideia inicial. Ter uma equipa competitiva não implica necessariamente investir verbas loucas. O Sporting entre 04/05 e 08/09 teve quase sempre uma palavra a dizer na questão do título, com orçamentos e investimentos bem abaixo da concorrência. Não foi campeão nesses cinco anos mas revelou equipas competitivas, com quatro segundos lugares, dois deles a lutar pelo 1º ombro a ombro até final e até terminou uma Liga em 3º com a possibilidade de ser campeão na última jornada. Ou seja, lutou claramente pelo título em três dessas cinco temporadas.
Foi a partir de 09/10 e até 12/13 que tudo descambou, com um 3º lugar, dois 4ºs e um 7º! Esses quatro anos representam, em boa medida, o regresso aos altos investimentos sem a necessária coerência, ou seja, entravam jogadores às carradas todas as épocas. Chegaram logo em 09/10 Matías Fernández, João Pereira, Pedro Mendes e Pongolle, para no ano seguinte entrarem Maniche, Hildebrand, Valdés, Evaldo, Nuno André Coelho, Zapater, Torsiglieri e Cristiano. Em 11/12 foram contratados: Capel, Elias, Marcelo Boeck, Diego Rubio, Arias, Luís Aguiar, Jeffrén, Carrillo, Onyewu, Insúa, Rinaudo, Schaars, Van Wolfswinkel, Bojinov, Sebastian Ribas, Alberto Rodríguez, Xandão. 17 jogadores e quase 35 milhões gastos! E, por fim, em 12/13 entraram Rojo, Viola, Miguel Lopes, Labyad, Gelson Fernandes, Boulahrouz, Pranjic, Joãozinho, Ventura, Turan, João Gonçalves e Grimi.
Para travar esta loucura o Sporting 13/14 assumiu que não tinha dinheiro para investir e apostou sobretudo nos jogadores formados em casa. Gastou apenas 3,7 milhões no mercado (Montero, Slimani, Maurício, Jefferson, Vítor Silva, Piris e Gerson Magrão em julho/agosto; Héldon e Shikabala em janeiro), entregou a equipa a Leonardo Jardim que utilizou este onze-tipo: Rui Patrício; Cédric, Maurício, Rojo e Jefferson; William, André Martins e Adrien; Wilson Eduardo, Carrillo e Montero. Seis jogadores formados no Sporting, três aquisições e dois que vinham de épocas anteriores. Com orçamento limitado a 25 milhões de euros ficou em 2º lugar, lutando com o Benfica até 8 jornadas do fim, quando um empate (2-2) em Setúbal deixou a equipa a 7 pontos de distância do líder.
O Sporting 13/14 tem muitos pontos de contato com o atual. Ambos os plantéis construídos em torno dos futebolistas formados em casa com investimentos mínimos no mercado (se ‘esquecermos’ o custo de 13,9 pelo treinador, podemos dizer que foram gastos cerca de 15 milhões), depois de épocas (12/13 e 19/20) com resultados desastrosos e política de aquisições sem critério. A diferença maior reside no facto de o onze de Rúben Amorim utilizar apenas três jogadores da casa, e um deles (João Mário) em rigor até deve ser visto é como reforço. Tal como em 13/14, também agora os futebolistas no onze-tipo que transitaram da temporada anterior (Neto, Coates e Sporar) são em baixo número.
No final das primeiras 7 jornadas, Leonardo Jardim somava 17 pontos contra os atuais 19 de Rúben Amorim, mas tinha os mesmos 19 golos marcados e os mesmos 4 sofridos. Não interessa, por agora, pensar se esta época vai ser melhor, igual ou pior. Está a ser muito boa e a demonstrar o que sempre defendi: é possível ter-se uma equipa competitiva na Liga portuguesa sem fazer investimentos elevados. Porque o dinheiro não é tudo. Ajuda, claro, mas os três grandes terão sempre mais dinheiro, logo maior orçamento, que os demais. Decisivo é escolher o treinador certo e ter um critério muito apertado na seleção dos jogadores. Nestes últimos 15 anos, o Sporting conseguiu esta conjugação em algumas épocas com Paulo Bento e Jorge Jesus e não vejo razões que impeçam Rúben Amorim de entrar neste grupo. E, de uma vez por todas, que se pare com essa conversa parva de ano -1 ou ano zero. Este grupo leonino pode não terminar a Liga no 1º lugar (tal sucesso depende de fatores muitas vezes incontroláveis e aleatórios), mas não pode deixar de continuar a mostrar-se muito competitivo. E é só isso que os sportinguistas querem, creio eu: uma equipa que não nos envergonhe e lute pelo 1º lugar durante o maior número possível de jornadas.
Maioria da percentagem do Clube verde e branco é detido por apoiantes leoninos, mas essa situação pode vir a mudar no futuro devido ao gigante inglês
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O Chelsea tem interesse em comprar uma percentagem da SAD do Sporting. Esta vontade não é nova, uma vez que, já em 2023, os blues fizeram uma tentativa de encetar negócio com os leões, que foi, na altura, recusada pelo Presidente verde e branco, Frederico Varandas.
A informação é avançada pelo portal inglês 'Chelsea Chronicle'. É a mesma fonte que avança que Todd Boehly e Behdad Eghbali, proprietários da BlueCo, empresa que detém o Chelsea, terão feito mesmo uma proposta a Frederico Varandas, que terá sido prontamente rejeitada pelo Presidente do Sporting.
No entanto, o jornal Record parece desmentir esta informação, afirmando que, segundo fonte próxima dos leões, não chegou nenhum contacto do Chelsea a Alvalade, exceção feita aos representantes que negociaram os passes de Geovany Quenda e Dário Essugo - que já se juntou ao novo clube - jogadores que se transferem para os blues em 2025/26.
O Sporting, relembre-se, passou a controlar 88% da SAD verde e branca em 2024, depois de consumada a operação de conversão dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) recomprados ao Novo Banco. Essa posição permitiu aos leões pensar na possibilidade de vender uma percentagem da Sociedade, que ficou exposta logo no final de 2023.
O Sporting emitiu um comunicado, exatamente referente à compra das VMOCs, assumindo que esse passo permitiria "arrancar a fase 2.0 do planeamento estratégico, criando as condições para a entrada de uma parceria estratégica minoritária no capital na SAD, para que exista um reforço da política de investimento, da melhoria da experiência de todos os Sócios e da globalização do Clube".
Presidente da Direção do Clube de Alvalade informou todos os Associados das alterações que podem esperar para a nova temporada
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O Sporting anunciou, através de um comunicado, que está concluída a renumeração de Sócios, prevista no artigo 19.º dos estatutos do Clube de Alvalade. A última contagem marcou um número recorde para os verdes e brancos, que assinalaram o feito com distinção.
Sporting: " Esta renumeração apresenta um marco histórico para o Clube"
“Novo cartão de Sócio em formato PDF será brevemente enviado para todos os Sócios. Novo cartão digital em formato Wallet será brevemente enviado para todos os Sócios com até seis meses de quotas em atraso”, explica a direção de Frederico Varandas, no site oficial do Clube.
Além dos meios digitais, os verdes e brancos explicam também o procedimento para formato físico: “Os novos Cartões de Sócio vão começar a ser enviados brevemente para todos os Sócios com até seis meses de quotas em atraso. Os detentores de Lion Seats receberão o novo cartão na sua Welcome Box”.
De seguida, a Direção de Frederico Varandas não deixou passar em branco o novo recorde, aproveitando para felicitar todos aqueles que contribuíram para os números apresentados nesta nova contagem: “O Sporting congratula todos os seus 179.208 Associados. Esta renumeração representa um marco histórico para o Clube, assinalando o maior número de Sócios registado no final de um processo desta natureza”.
Vale a pena mencionar que, neste processo, não foram remunerados os Associados que tenham sido alvo de expulsão, suspensão, exclusão, e falecidos cujos familiares ou amigos não tenham requerido a manutenção de Sócio ou aqueles que pediram a sua exoneração nos últimos cinco anos.
Sportinguistas correram em peso e Emblema de Alvalade apresentou registo que surpreendeu a direção de Frederico Varandas
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Esta terça-feira, dia 24 de junho, o Sporting apresentou os resultados finais da renumeração de Sócios, que recentemente ficaram a conhecer os últimos investimentos do Clube. O processo de contagem decorreu entre os dias 21 de abril e 31 de maio e apresentaram números recordes na história dos leões.
Segundo informações avançadas pelo jornal Record, o emblema de Alvalade ficou a contar com um impressionante registo de 179.208 mil associados pagantes, que ficaram a conhecer o seu respetivo novo número de membro dos leões. Ainda assim, vale a pena mencionar que na contagem não constam expulsões, exclusões e falecimentos.
O Sporting não deixou esta informação passar sem fazer referência à mesma. A direção liderada por Frederico Varandas deu destaque a esta renumeração de valores recorde, afirmando que este foi: “o maior número de sócios registado no final de um processo desta natureza”.
O próxima passo do Clube de Alvalade passa pelo envio dos respetivos cartões a cada associado e informa a todos os Sportinguista que o novo título será apresentado em formato PDF, anunciando também o novo cartão digital em formato wallet, que será enviado a cada sócio com até 6 meses de cotas em atraso.
Para terminar, o Sporting anunciou, em comunicado, que: “os novos cartões de sócio vão começar a ser enviados brevemente para todos os sócios com até seis meses de quotas em atraso. Os detentores de Lion Seats receberão o novo cartão na sua 'Welcome Box”.