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A palavra ‘caso’ só deveria ser associada a Nuno Mendes na condição de lhe adicionarmos ‘de estudo’ ou ‘sério’. Ao estilo: Nuno Mendes é um caso de estudo depois de ter-se estreado na Seleção Nacional com apenas 18 anos; Nuno Mendes vai ser um caso sério na reabertura do mercado. E outras frases poderiam e deveriam ser construídas em torno da exceção que de facto já é Nuno Mendes no panorama futebolístico mundial. Uma daquelas exceções que, costumo dizer, pode valer transferência igual ou superior a 50 milhões. Um daqueles casos raros na formação que surge de quando em vez. Aliás, na minha opinião, nos últimos 40 anos o Sporting até teve um número elevado de jogadores desses. Se os pudéssemos colocar todos no mercado atual, com idades entre os 18 e os 21 anos, diria que nesse patamar tivemos Futre, Figo, Simão, Ronaldo, Quaresma, Nani e, agora, Nuno Mendes. Mais ou menos dois por década. Houve outros muito bons, claro, mas de nível bem abaixo desse valor, como Moutinho, Rui Patrício, Adrien, William, João Mário, Gelson ou agora Palhinha.
Mas como o Sporting tem uma inexplicável tendência para fazer nascer as suas próprias polémicas, como se necessitasse de constantes ‘guerras’ internas para ‘respirar’, eis que esta semana o responsável pela comunicação do Clube achou por bem criar o ‘caso’ Nuno Mendes a partir de uma narrativa populista, muito ao jeito do que gostam de fazer os homens da política. Acontece que na política a comunicação populista resulta no ataque a adversários para agregar os da mesma cor; neste caso concreto do Sporting, o objetivo passa pela tentativa deglorificar a visão de um líder longe de reunir consenso, por oposição a um anterior, correndo desde logo o risco de reativar recentes posições que se extremaram ao ponto de o último Relatório e Contas ter sido chumbado por cerca de 70 por cento dos Sócio presentes em AG. Enfim...
As palavras de Miguel Braga foram estas: “Quando este CD chegou ao Sporting, o Nuno Mendes não tinha contrato. Não tinha sequer contrato de formação assinado. É tão grave que o Benfica, por exemplo, podia ter visto o Nuno jogar e ter dito ‘oh Nuno Mendes, vem aqui assinar um contrato”.
À primeira parte desta declaração respondeu Virgílio Lopes, diretor da Academia entre 2013 e final de junho de 2018: “Não é verdade que, em 2018, o Nuno Mendes não tivesse um contrato de formação assinado com o Sporting. Aliás, não só tinha contrato de formação como já havia um princípio de acordo para assinar um contrato profissional, como, de resto, acontecia com todos os jovens com quem assinávamos contratos de formação. (...) Ao contrário do que sucede agora, o Sporting não comunicava a assinatura de contratos de formação porque essa prática traz mais desvantagens do que benefícios”.
Quem fala verdade? Nem me interessa, porque a questão dos contratos de formação é irrelevante no caso de jogadores de nível altíssimo, razão pela qual vou eu respondeu à segunda parte da declaração de Miguel Braga, a populista, porque recorre ao ‘papão’ Benfica para dizer de forma subliminar que a administração liderada por Bruno de Carvalho colocou em risco a continuidade de Nuno Mendes no Sporting. Logo a administração que investiu milhões para recuperar percentagens de passes de jogadores formados na Academia e sobre os quais a SAD já só detinha uma parte; logo a administração que mais se esforçou por reter valor, tendo acabado por comprar ‘guerras’ com jogadores da formação que queriam sair a qualquer custo...
O contrato de formação, é bom que se saiba, pode ser denunciado unilateralmente pelo jogador a qualquer momento. Pode ser assinado quando o jovem aspirante a futebolista completa os 14 anos de idade, com uma duração máxima de três épocas desportivas mais uma (opção) e terá caducidade garantida aos 19 anos, mesmo que só o assine aos 16 ou 17. Nuno Mendes podia ter assinado, aos 14 anos, um contrato de formação válido com o Sporting por três épocas mais uma e rescindi-lo de forma unilateral logo ao fim de uma temporada ou duas. Portanto, o Benfica (ou, já agora, o FC Porto) mesmo com o jogador sob contrato de formação, podia dizer-lhe ‘ohNuno Mendes vem aqui assinar um contrato’. E se ele quisesse podia fazê-lo. Teria o Benfica de pagar algo ao Sporting? Sim, uma verba ridiculamente baixa se ele assinasse novo contrato de formação com o Benfica e durante duas épocas não fizesse contrato profissional. Portanto, Miguel Braga, recorrer ao ‘papão’ Benfica para tentar passar a ideia da capital importância de um contrato de formação é só... parvo.
Os contratos profissionais, que podem ser assinados após o jogador completar 16 anos, sim, são decisivos para amarrar valores seguros. Porque aí já se colocam cláusulas de rescisão aceites em tribunal, embora em vários casos possam ser consideradas abusivas, se não existir uma proporção razoável entre salário e a própria cláusula. Mas esses contratos não são dados a todos os jogadores só porque completam 16 anos. Existe uma triagem. Ou deve existir. É a direção técnica da Academia quem identifica o valor e comunica ao diretor responsável os jogadores com os quais devem ser realizados tais contratos, com validade máxima de 5 épocas. Claro que um clube pode ‘profissionalizar’ todos os seus jogadores a partir dos 16 anos, são opções. E custos. Sabendo-se que, por exemplo, de um plantel de 30 jogadores sub-17, provavelmente chegarão a ter nível de equipa A dois a três por época (na melhor das hipóteses), em termos médios.
Um exemplo prático: Gonçalo Inácio teve o primeirocontrato profissional assinado a 13 de janeiro de 2018, aos 16 anos e 5 meses. Eduardo Quaresma, que completou os 16 anos mês e meio depois, não foi ‘escolhido’ para ser logo profissional. No caso de Nuno Mendes, ou já agora Tiago Tomás, ambos podiam ter passado a profissionais ainda com Bruno de Carvalho, é verdade. Nuno Mendes completou os 16 anos quatro dias antes de o anterior CD ter sido destituído; e Tiago Tomás fez os 16 anos 7 dias antes da AG de 23 de junho. Só que estes processos não se ligam apenas com a data de nascimento de cada jogador. Ou pelo menos não devia ser esse o critério.
Mas atentemos, por fim, noutra frase de Miguel Braga sobre o mesmo assunto: “A aposta na formação é sinalizarmos e vermos quem são os Nuno Mendes em potência, fecharmos contratos com esses jogadores e trabalharmos com eles até atingirem a maioridade para darem o salto para a equipa principal”.
Uma vez mais, aproveitar a onda Nuno Mendes, assumindo que apostar na formação é identificar os outros que poderão ter valia semelhante. Frase mais demagógica dificilmente existirá no que respeita ao sector da formação. Porquê? Porque Nuno Mendes está num grupo de exceção e não num patamar alcançável com relativa frequência (aquele onde se encontra Palhinha, por exemplo, que sucede a Adrien, William, Moutinho ou Miguel Veloso). Por alguma razão Miguel Braga não diz que apostar na formação é identificar jogadores como Alexandre Lami. Quem é Alexandre Lami? É um médio ofensivo/extremo que fez 19 anos no passado mês de janeiro e joga no Tires, clube da 1ª divisão da AF Lisboa. E agora perguntam: o que tem uma coisa a ver com outra? Simplesmente isto: em Março de 2019 a administração que, segundo Miguel Braga, tem como visão e missão identificar os ‘Nunos Mendes’ da formação assinou contrato profissional com 12 jogadores, a saber: Diogo Almeida (17 anos), Alexandre Lami (17 anos), Rodrigo Rego (17 anos), Eduardo Quaresma (17 anos), Nuno Mendes (16 anos), João Daniel (16 anos), Gonçalo Batalha (17 anos), Tiago Ferreira (17 anos), Daniel Rodrigues (17 anos), Joelson Fernandes (16 anos), Tiago Tomás (16 anos) e Skoglund (16 anos). Portanto, o mesmo parecer que validou o contrato profissional de Nuno Mendes, Tiago Tomás, Eduardo Quaresma ou Joelson, também validou o de Alexandre Lami. E acredito sinceramente que quem o fez via ali valor ‘Sporting’. Só que por alguma razão no final dessa mesma época o jogador foi para o Alverca. E um ano depois para o Tires.
Não haverá área mais complexa no futebol do que a da formação. Porque jogadores com 14/15 anos podem parecer craques e aos 19/20 são banais (o Fábio Paim, por exemplo). Outros são banais aos 14/15 anos e dispensados do clube onde estão para surgirem aos 17/18 como fenómenos num emblema diferente (João Félix, por exemplo); outros ainda parecem ser material de equipa A, chegam lá e falham, mas depois de dois ou três anos a ‘rodar’ regressam e mostram que afinal tinham mesmo valor (Adrien ou Palhinha, por exemplo). É por isso que utilizar a formação, seja em que caso for, como arma de arremesso contra alguém ou como medalha é pouco avisado.
A verdade é que Miguel Braga criou um ‘soundbite’político com a questão Nuno Mendes e não duvido que para milhares de adeptos pouco avisados a narrativa foi recebida e validada. Porque é cada vez mais fácil manipular as massas. Então com o Sporting à beira de ser campeão...
Planos da direção de Frederico Varandas procuram a modernização do novo José de Alvalade e as obras avançam a todo o gás
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Tal como é visível através de uma foto que circula pelas redes sociais, a remoção do relvado do Estádio José Alvalade avança a todo o vapor, naquela que é uma das muitas fases do projeto de renovação do reduto do Sporting, levado a cabo pelo Presidente Frederico Varandas e a sua direção.
Com o Sporting a terminar a temporada e depois da final da Liga dos Campeões Feminina, fecharam-se as atividades no Estádio José Alvalade. A direção de Frederico Varandas aproveitou para continuar a remoção do relvado dos leões, que se encontra num estado mais avançado do que foi noticiado no dia de ontem.
O relvado do Estádio de Alvalade está irreconhecível, já não existindo o habitual tapete verde para a prática de futebol. Atualmente o espaço está ocupado por areia, terra e as máquinas que trabalham na intervenção como escavadoras e camiões. Para facilitar as obras, foram também tiradas as balizas, placares publicitários e bancos de suplentes.
A remoção do relvado é o primeiro passo para o desnivelamento do campo de jogo, uma obra necessária para a o cobrimento do fosso do Estádio de Alvalade. Nos próximos meses estão também planeadas intervenções nas várias bancadas e na Praça Centenário, num projeto que deverá custar aos cofres do Sporting cerca de 50 milhões de euros.
O projeto Alvalade 2.0 começou já em 2021, com a alteração das cadeiras originais em troca de uma bancada completamente verde, já em 2023 deu-se a pintura dos corrimãos e escadas do Estádio. As obras mais recentes passaram por um novo sistema de iluminação, que foi estreado no início da temporada 2024/25. Está disponível o restante planeamento das obras, que pode conferir aqui.
José de Alvalade terá um aspeto renovado muito diferente ao que foi construído em 2003 e o processo de obras continua no reduto dos leões
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Como se pode ver através de uma foto que já circula nas redes sociais, o Sporting já avançou para a remoção do relvado do Estádio José Alvalade, uma das muitas fases do projeto de remodelação da sua casa levado a cabo pelo Presidente Frederico Varandas.
Com o final da temporada do Sporting e o acolher da final da Liga dos Campeões feminina - marcada por um episódio caricato - em que o Arsenal derrotou o Barcelona por 1-0, no dia 24 de maio, as remodelações do Estádio José Alvalade retomaram. Desta vez, as obras visam a retirada e desnivelamento do relvado, que são parte do processo de eliminar o fosso.
O desnivelamento do relvado e o cobrir do fosso não serão as únicas alterações no Estádio José de Alvalade. Ao longo dos próximos meses estão também planeadas intervenções nas várias bancadas e, também, algumas obras na Praça Centenário, num projeto que deverá custar aos cofres do Sporting um valor de 50 milhões de euros.
O projeto Alvalade 2.0 começou já em 2021, com a alteração das cadeiras originais em troca de uma bancada completamente verde, já em 2023 deu-se a pintura dos corrimãos e escadas do Estádio. As obras mais recentes passaram pela retirada dos marcadores eletrónicos e um novo sistema de iluminação, que foi estreado no início da temporada 2024/25.
A foto da remoção do relvado do Estádio José de Alvalade foi partilhada por uma página de apoio ao Sporting, na rede social X, em que se pode ver uma máquina escavadora a retirar o tapete verde do estádio dos verdes e brancos, tal como pode ver na publicação:
Durante esta terça-feira, dia 20 de maio, circularam imagens daquela que poderia ser o novo kit dos leões para a próxima época; Rumores chegam ao fim
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O Sporting oficializou, na tarde desta terça-feira, dia 20 de maio, a nova camisola principal para 2025/26. Durante o dia circularam imagens daquela que poderia ser a camisola dos leões para a próxima época. Depois de algumas dúvidas, o Clube confirma assim o novo kit.
"Todos os anos, a História repete-se: rumores, teorias... leaks. Este ano, decidimos antecipar-nos - e fazê-lo contigo. Porque há coisas que merecem ser mostradas com orgulho. Porque esta camisola é mais do que um equipamento é o celebrar de um Bicampeonato e de um momento único na História do Clube", escreveram os leões no site oficial.
"A nova camisola principal do Sporting já está disponível na Loja Verde Online e em todos os pontos de venda físicos. Chega de rumores", pode ler-se. Este é assim um regresso às riscas verdes e brancas, depois da introdução das listas pretas na temporada que está a terminar.
O Clube de Alvalade fez esta terça-feira uma publicação onde desvendou um pouco do que será o equipamento para a próxima temporada com uma mensagem enigmática. "O equipamento está na rua. Encontrem-no". O Sporting passou a publicar diversas fotografias, tiradas em diferentes regiões, de pessoas a utilizar a nova camisola.
Ao final da tarde, os verdes e brancos confirmaram que o 'leak' - divulgação sem autorização - não passou de uma estratégia de marketing para promover o produto, que já se encontra à venda na Loja Verde (85,5€ para sócios e 95 para o restante público).
Veja a publicação do Sporting: