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0Há um ano, no final da jornada 24, o FC Porto liderava a Liga com 60 pontos. Atualmente, o Sporting é o primeiro classificado com 64, ou seja, aumentou em 4 pontos o ‘valor’ do 1º lugar. Este dado responde de forma inequívoca à questão sobre se os Leões estão ou não a beneficiar de uma concorrência mais fraca. É o contrário: foi o Sporting quem enfraqueceu os concorrentes mais próximos. Desde logo porque empatou os confrontos com o FC Porto (há um ano perdeu os dois) e só aí retirou ao ainda campeão nacional 4 pontos, somando dois, e estabelecendo 6 pontos de diferença entre as duas temporadas.
O Sporting soma ao fim destas 24 jornadas mais 22 pontos do que há um ano! O FC Porto perde 6 de um campeonato para o outro e o Benfica está 8 abaixo. E se já vimos que os portistas perdem 4 desses 6 pontos à custa do Sporting, vale a pena referir que os outros 2 os perdeu para o Benfica (empate no Dragão em vez de vitória). Já o Benfica apenas perdeu 3 para o Sporting (derrota em Alvalade em vez de vitória), mas também ainda falta um confronto.
Para se perceber o que significa fazer mais 22 pontos do que na época anterior, basta referir isto: o magnífico Paços de Ferreira subiu exatamente os mesmos 22 pontos, mas depois os maiores ganhos foram conseguidos por Portimonense (+7) e Sp. Braga (+4). Ou seja, aumentar em muito a pontuação de um campeonato para o outro é algo raro. Como também descer de forma exagerada é algo anormal. Neste capítulo, Famalicão (-14) e Rio Ave (-11) estão a ser ‘vítimas’ daquilo que de invulgar conseguiram há um ano. Já as quebras de Benfica (-8) e Boavista (-8) são mais difíceis de explicar porque em 19/20 nem tinham pontuações especialmente altas.
Depois de uma pincelada no ‘geral’ da prova, voltemos a centrar-nos naquilo que interessa: o super Sporting. Super porque lidera com 10 pontos de avanço; super porque é a única equipa da Liga sem derrotas; super porque soma 64 pontos e está em linha com uma pontuação final que pode vir a ser a maior da sua história (86 em 15/16) ou da Liga a 3 pontos por vitória (88 em 15/16 e 17/18). São os 'supernúmeros' do Sporting que fazem a concorrência parecer mais fraca do que o é na realidade. Até porque o FC Porto tem ainda a possibilidade de acumular mais pontos do que há um ano e não ser campeão; como o Benfica ainda pode aumentar em quatro o acumulado de 19/20 e nem ser segundo como foi; o Sp. Braga, então, vai superar à vontade os 60 pontos de há um ano e dificilmente repetirá a 3ª posição. Ou seja: todos podem melhorar em relação a 19/20, mas nenhum se aproximará, sequer, dos ganhos leoninos... simplesmente porque nas 24 jornadas desta Liga já somou 64 pontos contra os 60 que fez nas 34 da época passada! É a prova de que pode passar-se do Inferno ao Céu no espaço de um ano. E vice-versa...
Sobre a Liga, e aproveitando esta paragem, referir um dado preocupante: neste momento, existem seis equipas que estão com uma pontuação abaixo da média de 1 ponto por jogo (há um ano eram três e apenas duas falharam essa média que garante a permanência). Este equilíbrio e emoção pela fuga à despromoção está a ocorrer por aumento de incompetência quando o ideal seria estar a dar-se à conta de uma subida de valor das equipas. Tal falta de qualidade/capacidade é perigosa para a Liga.
P.S. Frente ao V. Guimarães, Rúben Amorim transformou o miúdo Essugo no mais jovem de sempre a vestir a listada verde e branca em provas oficiais. Superou o recorde que pertencia a Santamaria, lançado em 98/99 por Mirko Josic. Este é o tipo de ‘recordes’ que não me dizem nada. Espero e desejo, claro, que Essugo tenha valor para justificar tal entrada na história do Sporting. Porque Santamaria arriscava ficar a vida toda marcado apenas por um dado curioso, já que a carreira dele, após tão mediática e histórica estreia fez-se entre FC Marco, Estrela da Amadora, Olhanense, Ponferradina (Espanha), Pinhalnovense, Paphos (Chipre) Alki Larnaca (Chipre), Lourinhanense e Alta de Lisboa.
Antigo Presidente do emblema verde e branco também foi inquirido e confirmou algumas informações ao Ministério Público
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). São ainda reveladas as declarações de Godinho Lopes.
O antigo Presidente do Sporting e da SAD, entre 2011 e 2013, afirmou ao Ministério Público que "Álvaro Sobrinho aceitou emprestar dinheiro ao Sporting Clube de Portugal, exigindo apenas que estivesse garantido por passes de jogadores, sendo que se o SCP vendesse os jogadores e não tivesse dinheiro para saldar o valor em dívida podia substituir os passes destes jogadores pelos passes de outros jogadores", pode ler-se.
De resto, o ex-líder dos leões ainda terá confirmado que o dinheiro que entrou em Alvalade "pertencia à sociedade Holdimo e que, nesta altura [à data dos contactos], com ligação à Holdimo apenas conheceu Álvaro Sobrinho", ainda assim, "anos mais tarde, foi-lhe dito que o dinheiro recolhido para emprestar ao Sporting Clube de Portugal tinha origem em várias pessoas de nacionalidade angolana, não tendo sido identificado qualquer nome", detalha o DCIAP. De resto, Godinho reiterou "desconhecer que o dinheiro pertencia ao BESA, e, no seu entender, este dinheiro pertencia à sociedade Holdimo".
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Presidente dos verdes e brancos terá contactado a Holdimo para recuperar os 9% do capital social detidos pela empresa angolana
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
"[Francisco Salgado Zenha] Esclareceu também que, ao longo das conversas que manteve com Álvaro Sobrinho manifestou àquele, de forma informal, o possível interesse do Grupo Sporting em adquirir, no futuro, a totalidade da participação social da sociedade Holdimo, se aquela quisesse vender. Contudo, frisou que, não houve nenhuma sequência formal a esta abordagem e, para além desta, não tem conhecimento de mais nenhuma intenção de venda da participação social por parte da sociedade Holdimo", escreve o DCIAP.
"Nesta matéria, esclareceu que, caso a sociedade Holdimo pretenda vender no mercado a sua participação social, face à lei da oferta e da procura, pode obter, por cada ação, um valor superior ou inferior ao valor unitário de €1,00 que atualmente lhe está atribuído", pode ler-se no documento, que conclui o resumo da inquirição a Zenha referindo que o dirigente leonino "disse desconhecer a origem do dinheiro aplicado pela sociedade Holdimo na Sporting SAD e no Sporting Clube de Portugal", pode ler-se no despacho.
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Sporting é a primeira equipa portuguesa de hóquei em patins a vencer a Liga Europeia pela terceira vez
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0No sábado, o único dérbi que me prendia a atenção e me dava alguma ansiedade era o da noite. O Sporting-Benfica de hóquei em patins a contar para a meia-final da Liga Europeia. De tal forma que ‘passei’ pelo dérbi de futebol com uma tranquilidade que nem foi alterada quando o resultado estava em 3-0 ou 4-1. Sim, a possibilidade de terminar a Liga de futebol sem derrotas era aliciante. Mas Rúben Amorim estava mais interessado, e bem, em perceber num jogo de elevado grau de dificuldade como se comportava a dupla Daniel Bragança/Matheus Nunes. Porque na próxima época, sem o descanso europeu a meio da semana e sem a certeza de poder contar com João Mário, talvez esses jogadores sejam chamados mais vezes ao onze... ou não, depende da leitura que o treinador fez ao desempenho deles, não podendo a mesma ser elaborada à margem do facto de o Benfica ter promovido naquele sector do terreno uma luta de 3 para 2, com a colocação de Pizzi sempre perto de Weigl e Taarabt, o que se alterou de certa forma aos 53’ com a troca do marroquino por Gabriel. Mas deixemos o futebol e vamos lá ao que interessa.
Na década de 1970 era fácil ter enorme paixão pelo hóquei em patins. Não sei, para dizer a verdade, se gostava mais que o meu pai me levasse ao hóquei ou ao futebol. Ver o Chana passar por trás da baliza, fazer a picadinha e conseguir o golo com um pequeno toque ‘aéreo’ ao primeiro poste era o momento especial pelo qual sempre esperava. E raro era o jogo em que o craque me dececionava por não o concretizar. Dizia-me o meu pai que o Livramento é que era o verdadeiro génio da ‘coisa’. Mas eu só tinha olhos para os golos do Chana e para as defesas do Ramalhete. E, claro, lá estive aos 9 anos na meia-final de 76/77 contra o Voltregá, como não faltei à primeira mão da final com o Villanueva do fantástico Carlos Trullols (entre ele e o Ramalhete é melhor não discutir qual era melhor, eram os dois autênticos muros à frente da baliza). O Sporting era indiscutivelmente a melhor equipa da Europa. De tal forma que a Seleção de Portugal foi campeã europeia nessa altura com o cinco leonino.
Quando o Sporting deixou de ter equipa sénior de hóquei em patins, a meio da década de 1990 chamei muitos nomes a muita gente. Para mim, era impensável terminar com a segunda modalidade que mais troféus internacionais dera ao Clube, entre eles o de campeão europeu. Mas ser sportinguista também é isto, ter de assistir a episódios vergonhosos e seguir o caminho com a convicção de que os dias de sol serão mais que os de chuva. E a verdade é que o sol voltou a brilhar pelo trabalho insistente de Gilberto Borges, peça-chave para o regresso da modalidade a partir de 2010 (na 3ª divisão), embora, de forma oficial, o hóquei em patins só voltasse à gestão do Clube em 2014. E logo nesse ano foi contratado Ângelo Girão e seria conquistada a Taça CERS. Foi o primeiro passo.
Em 17/18, ao fim de 30 anos de seca, o hóquei voltou a vencer o título português. Um ano depois, em 2019, nova marca cairia, o Sporting vencia a Liga Europeia 42 anos depois do ‘cinco mágico’ (Ramalhete, Sobrinho, Rendeiro, Livramento e Chana) o ter conseguido pela primeira vez.
Depois disto, restava a afirmação definitiva: ser a primeira equipa portuguesa a revalidar o título e ser a única equipa portuguesa com três triunfos na principal competição, ultrapassando os dois de FC Porto e Benfica.
Foi com isto tudo na cabeça que assisti ao emocionante jogo com o Benfica, acreditando sempre na vitória apesar de andarmos de desvantagem em desvantagem... até à vantagem final nos penáltis.
Bom presságio: em 2019 (lá estive, agora no Pavilhão João Rocha, com mais 42 anos do que o miúdo de 9 em 1977) também passámos pelo Benfica na meia-final antes de enfrentarmos o FC Porto no jogo final. Pela televisão e não ao vivo, não foi a mesma coisa. Mas no final a alegria por ver o Sporting bicampeão (mais Gilberto Borges [diretor da secção], João Alves [secretário técnico], Paulo Freitas [treinador] e os jogadores Girão, Platero, Toni Pérez, Zé Diogo, Romero, Pedro Gil e Ferrant-Font, nomes que se repetem nos dois títulos) valeu por tudo.
As últimas semanas foram em tons de verde e branco. No final desta, o futebol feminino pode ser campeão nacional, se vencer o Benfica na última jornada A equipa de basquetebol começará a discutir o título frente ao FC Porto e a de futsal, se tudo correr sem surpresas, também estará na final do playoff. Esta mesma equipa de hóquei em patins segue em vantagem sobre o Óquei de Barcelos para atingir a final. Vamos acreditar. Em breve teremos mais dias de sol para sorrir.