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Sporting empata (5-5) na jornada em atraso e não consegue aproximar-se do Benfica na liderança
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0O Sporting conquistou pela segunda vez a Futsal Champions League. Dito, ou escrito, desta forma já tem um peso muito grande na história do Clube, e na do desporto português, mas creio que não faz inteira justiça ao conseguido pela equipa, desde logo porque este segundo troféu foi conseguido num percurso de quatro finais jogadas em cinco anos e é essa consistência que destaca os Leões de entre toda a concorrência europeia. Nestes cinco anos (16/17 a 20/21) o Sporting tem quatro finais e dois troféus, o Inter FS (Espanha) soma duas finais e dois troféus, o Barcelona (Espanha) também tem duas finais, mas só um troféu, o El Pozo Murcia (Espanha) e o Kairat Almaty (Cazaquistão) foram finalistas vencidos. Por isto, este é mais que um troféu, é a afirmação definitiva do Sporting como potência maior do futsal europeu.
Olhando por esta perspetiva, percebe-se melhor o feito do Sporting orientado por Nuno Dias, um treinador de excelência na modalidade, e com um percurso leonino que vai em 20 troféus ao longo de 9 épocas (e a contabilidade continua em aberto). É evidente que fora do Brasil (o país mais forte do Mundo na modalidade) o futsal só tem nível elevadíssimo e grande destaque em Espanha, Portugal e Rússia. Fosse um desporto com expressão em Inglaterra e Alemanha, e tivesse maior nível em França e Itália e o crescimento seria ainda bem maior, tal como o impacto europeu destes títulos.
Seja como for, em Portugal o futsal é já uma das modalidades que mais adeptos chama aos pavilhões e que mais praticantes consegue reunir. E neste capítulo, o Sporting capta desde há muitos anos a atenção quer dos seus adeptos (modalidade de pavilhão com maiores assistências), quer dos miúdos que pretendem ser alguém neste jogo.
O capitão João Matos (fez o golo que colocou o Sporting à frente do Barcelona por 3-2) entrou no Clube em 2002/03, então como sub-17. É a figura maior em termos de mística leonina e de certeza que a tem passado bem aos jovens que cresceram a vê-lo na quadra e hoje estão a seu lado. Como Erick (fez o segundo golo), chegado ao Sporting em 12/13, como sub-19, ou Zicky (marcou o primeiro golo) que festejou no pavilhão o título de 2019 e já era júnior, depois de entrar no Clube em 13/14 com 12 anos. Ou Tomás Paçó (entrou em 11/12 como sub-13), que fez a assistência para o golo de Zicky. Impressionante que numa modalidade dominada pelo supertalento brasileiro (e como nós beneficiamos disso com Guitta ou Merlin), o Sporting consiga fabricar em Portugal alguns dos melhores no Mundo do futsal. Essa é uma realidade com anos de evidência. Por isso, Nuno Dias agradeceu a todos aqueles que trabalham e trabalharam nas equipas de base do futsal leonino. Ele sabe, na primeira pessoa, que está a recolher os melhores frutos desse trabalho de excelência.
Num momento em que os sportinguistas estão nos píncaros da felicidade com este segundo título europeu do futsal e com o título do futebol a ser festejado depois do jogo com o Boavista, na próxima terça-feira ou (o mais tardar) depois do desafio na Luz (sábado, 15 de maio), é bom não esquecer que nesse mesmo dia 15 de maio a equipa de hóquei em patins joga com o Benfica a meia-final da Liga Europeia, portanto também pode repetir o título conquistado em 2019, tal como o futsal. Equipas das modalidades alimentadas sobretudo através do pagamento de quotas. Pagamento esse que não deve depender de quem está ou não está à frente do Clube. Ter estas equipas fortes e competitivas na Europa depende muito da vontade de Sócios e adeptos. Pensarmos todos mais na parte desportiva só nos faz ser mais fortes. As questões políticas, não podem, ou não devem, provocar danos colaterais nas modalidades.