Soraia Quarenta
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03 Out 2020 | 09:41

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Soraia Quarenta

Dizem os especialistas que o luto tem cinco fases e as mesmas aplicam-se na perfeição ao que acontece com a Direcção do Sporting CP: negação; raiva; negociação; depressão; aceitação.

Ao contrário da Direcção que comanda o Clube, os Sportinguistas, mais do que chateados, estão muito preocupados e com toda a razão para tal. Um Clube que acabou uma época desastrosamente, cuja equipa de futebol foi das mais afectadas com casos de Covid-19, o que lhe atrasou o início da época e, com o culminar deste começo atribulado, tivemos a eliminação vergonhosa da Liga Europa.


Que o Sporting CP nunca vai acabar, disso todos os Sportinguistas estão seguros, pois estarão cá para garantir que tal não aconteça. Mas que o Leão está moribundo, disso já ninguém pode duvidar e isso, obviamente, além de muita preocupação, traz também muito desgosto a todos os que querem que o Clube volte à sua verdadeira grandeza.

No entanto, para esta Direcção, o fim da linha já chegou, sendo que, simplesmente, ainda não o perceberam. Muito à semelhança do que acontece com alguém quando tem de fazer o luto por outra pessoa, sendo que aqui serão os Órgãos Sociais a ter de o fazer pelo seu mandato.


Dizem os especialistas que o luto tem cinco fases e as mesmas aplicam-se na perfeição ao que acontece com a Direcção do Sporting CP: negação; raiva; negociação; depressão; aceitação.

Para a Direcção do Sporting CP, a negação começou naquela grande humilhação que o Clube sofreu na Supertaça, em que o Presidente não conseguiu aceitar a perda e recusou-se a acreditar no que acabou de acontecer. Que outro motivo que não a negação poderá justificar que, após derrota tão significativa, se diga que não há motivo para preocupação?


Depois veio a raiva, os ataques sucessivos às claques para desviar atenções dos resultados desportivos, que nunca foram melhorando, mas como ainda não tinha existido aceitação da perda, tinha de se arranjar uma cruzada como manobra de diversão.

A seguir veio a negociação, ou seja, o facto (fim da linha para esta Direcção) ainda não foi considerado como consumado e procura-se uma alternativa para voltar à normalidade. Contrata-se treinadores sem provas dadas por valores nunca antes vistos e tenta-se desesperadamente “roubar” um lugar no pódio, fora das quatro linhas.

Agora, estamos na fase da depressão, que, para os especialistas, é uma fase delicada, em que se começa a entender o que aconteceu e se passa a ter percepção de que nada será como antes. O facto de, de uma época para a outra, nada ter melhorado, como prova o último jogo e o expressivo e gritante resultado da AG de contas, começa, finalmente, a fazer soar as campainhas na Direcção, de que atingiram o ponto de não retorno, ainda que não o queiram aceitar.

Por fim, a fase que todos os Sportinguistas anseiam, a aceitação, o ciclo final do processo de luto. A fase em que esta Direcção finalmente percebe que o melhor para o Sporting CP é que se retirem de cena, de forma a que o Sporting possa viver outra vez.

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