Soraia Quarenta
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08 Ago 2020 | 09:13

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Soraia Quarenta

Nunca o combate a uma situação injusta e que não dignifica o Sporting Clube de Portugal poderá ser visto como uma oposição desestabilizadora.

Primeiro, tivemos uma oposição isolada, fruto de uma eleição que não foi consensual, de uma maioria fraca e pouco expressiva, resultado da dispersão de votos e que mostra a necessidade de introdução de uma segunda volta nestas situações, que legitime de uma forma inequívoca quem comanda o Clube.


Porém, como em qualquer democracia, não se pode agradar a todos, e lá foi andando a Direção eleita, na sua espiral que, hoje se vê, negativa, em que foram mais os problemas do que as soluções, em que foram mais as vezes que se fecharam em si próprios do que aquilo que falaram com os Sócios e Adeptos e isso foi motivo de inquietações para todo o universo sportinguista.

Depois, tentou-se salvar a honra do convento entre a lenga-lenga de Alcochete e dois títulos conquistados e isso deu uma falsa sensação de serenidade. Porém, a seguir vieram os negócios inexplicáveis, a gestão sem nexo e um sem número de decisões incoerentes que culminaram numa das piores épocas de que há memória e os Sportinguistas desesperaram e despertaram.


Vieram os grupos de Sócios, com cartas abertas, entregues à MAG, expressando preocupações, oferecendo sugestões, tentando, da maneira que melhor sabem e com os contributos resultantes das mais valias de cada um (válidas ou não, é matéria para outra discussão) que foram educadamente aceites e sobre as quais nem uma palavra…

Organizaram-se jornadas onde se debateu o estado passado, presente e futuro do Clube, de onde resultou um novo conjunto de conclusões (cujo mérito também aqui não se debate) que, uma vez mais, foram apresentadas e colocadas à disposição de quem está à frente do Clube e, uma vez mais, nem um som emitido…


Vieram os Núcleos, parte da Família Leonina, numa atitude bastante reactiva, demonstrar que a situação do Sporting Clube de Portugal é inadmissível e não pode continuar e, além de não existir uma palavra dos órgãos sociais a respeito desta posição de força, ainda se viram, subitamente, alguns deles a silenciar a luta, dizendo não querer ser um elemento de oposição que desestabilize o Clube.

Nunca o combate a uma situação injusta e que não dignifica o Sporting Clube de Portugal poderá ser visto como uma oposição desestabilizadora. A forma como se faz essa oposição é que tem de ser pensada, pois em nada o Clube tem beneficiado destes ataques ferozes e cegos que os Sportinguistas têm feito uns aos outros. Essa fórmula está gasta. Mas cada um sabe de si…

Por fim, no dia de hoje, acordámos com várias tarjas espalhadas em artérias próximas ao estádio, com questões e afirmações pertinentes e qual foi a resposta dos órgãos sociais? Um comunicado sobre o jornal A Bola e a sua tendenciosidade…

Nem aqui foi descoberta a pólvora pois constatar o óbvio e que é de conhecimento público desde que tenho memória, em nada acrescenta ao Clube.

Diz-se que o pior cego é aquele que não quer ver e, cada vez mais me convenço que no Sporting Clube de Portugal é mesmo assim. Contudo, ainda que o Clube esteja a ser conduzido de modo autista, é preciso relembrar que os músicos do Titanic tocaram até ao fim, mas também foram ao fundo.

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