Este fim-de-semana o palmarés do Sporting aumentou. Pela terceira vez, a Taça da Liga foi conquistada, quebrando definitivamente a ideia de que esta competição era a coutada privada de um rival, que por sinal já não a conquista há quatro anos. Tal como afirmei na semana passada, no artigo “Dinâmica de Vitória” (1), este é um bem mais importante que a troca de um ou dois jogadores, por lesão ou castigo. Evidência disso mesmo, foi a “vitamina de moral” que começou a ser administrada, logo na terça-feira, frente ao Porto. Num jogo que aos 85 minutos parecia sentenciado, o Sporting logrou “virar a mesa”, com Jovane a administrar duas estocadas, a última aos 94 minutos, provocando muito salto dos sofás nos lares Sportinguistas. Uma vitória “à campeão” que muito ânimo deu aos de verdes e brancos, tanto pelo acesso à final, como pela “azia” demonstrada pelos principais rostos azuis e brancos. Um corte na série negativa de dois jogos com resultados negativos. Já no sábado, num relvado muito “pesado”, o Sporting levou de vencido o Braga, num jogo de grande atitude competitiva. Sim, pode ter-se perdido Pedro Gonçalves para os próximos jogos, mas esta equipa “cresceu vários centímetros”, pois, sendo relativamente jovem, afirmou incontestavelmente o seu estatuto no panorama futebolístico, com ex-libris nas declarações de Luís Neto, no pós-jogo (2).
Rúben Amorim, agora suportado por um título de verde e branco, reforça também o seu estatuto, tanto no universo Sportinguista, como no restante panorama nacional. A forma simples, mas inteligente, como comunica e se esquiva às “cascas de banana” que alguma comunicação social lhe lança, deveria ser realçado e interiorizado pelos Sportinguistas, de forma a replicarem o seu comportamento, num ambiente competitivo como é o desporto do séc. XXI (3). Espera-se, à semelhança da equipa que lidera, que ele próprio continue a crescer como treinador e, quiçá, possa juntar mais um título ao seu palmarés pessoal já esta época. Todos torcemos por ele…e por nós!
Frederico Varandas também emerge como um dos grandes vencedores desta semana. Ao conquistar a sua segunda Taça da Liga, iguala o número de troféus do anterior presidente (4). Se as circunstâncias de um e de outro foram diferentes, o que é facto é que, no futebol, o que conta são os resultados, sendo a memória coletiva dos adeptos moldada pelas conquistas, olvidando as partes negativas. Varandas continua assim a ganhar força para uma eventual reeleição.
Sendo que apreciei o facto de Varandas ter marcado posição, na terça-feira, após a vitória sobre o Porto, acerca do folhetim dos exames Covid da Unilabs (5), reforço que todos os cuidados são poucos no futebol português. Como se viu, tem de se estar atento a todos os fatores que podem “desequilibrar a balança” para um dos competidores, mesmo que se trata dum “insuspeito” laboratório de análises. Daí apelo a que esta vitória não suba à cabeça de jogadores, staff e dirigentes, pois o “big prize”, os milhões da Champions, ainda está em disputa contra os rivais. Pela amostra e ferocidade com que tentaram condicionar o Sporting, tanto no jogo com o Rio Ave para o campeonato, bem como na meia-final com o Porto, vai valer quase tudo!
Diretor Leonino
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