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Frederico Varandas deu algumas explicações sobre o mercado do Sporting, e deixou o seu comentário sobre os acontecimentos que tomaram lugar no clássico contra o Porto, onde adeptos dos azuis brancos fizeram quase duas dezenas de feridos, apoiantes do Clube de Alvalade, que precisaram de assistência médica.

"Aquela infraestrutura está lá há mais de 20 anos. O que aconteceu é que há selvagens que não devem estar num recinto desportivo. Basta ver as imagens, pontapearam aquilo inúmeras vezes até partir. Agora é uma questão que cabe às entidades. O Sporting fez o que tinha a fazer", começou por explicar Frederico Varandas, sobre os acontecimentos do clássico da quarta jornada da Liga Portugal Betclic.

O Presidente do Sporting foi, depois, questionado acerca do desempenho dos leões no mercado de transferências, e começou por ironizar: "Nunca conseguimos ser o campeão do mercado, dos jatos particulares, dos aeroportos, das contratações secretas... Temos sido mais fortes a conquistar campeonatos".

"Jota foi identificado pelo treinador para dar maior profundidade ao plantel e um nome validado pela estrutura. Era um dos alvos do mercado, mas obrigava a um determinado esforço financeiro. Queríamos trazê-lo por empréstimo, mas o clube decidiu que era inegociável. Primeiro pediu 15 milhões e o nosso treinador concordou que nem pensar. Dois dias antes do fecho do mercado, fomos informados que havia uma proposta do Botafogo de 19 milhões e voltamos a dizer nem pensar. Depois aproximamo-nos e chegamos a um acordo. Infelizmente, a documentação não entrou", explicou, depois, Frederico Varandas, acerca do falhanço da contratação do internacional português.

O Presidente verde e branco congratulou-se, ainda, por ter mantido grande parte dos jogadores mais importantes da equipa em Alvalade, e deixou palavras de confiança para Rui Borges. A terminar, falou ainda do caso de Morten Hjulmand, e revelou que os leões seguraram o médio-defensivo, mas que este deve deixar o Clube no próximo verão.

O Porto vai avançar com uma participação disciplinar contra o Sporting. Apesar de terem sido os adeptos azuis e brancos a partir um vidro que causou quase duas dezenas de feridos durante o clássico, é André Villas-Boas que vai fazer queixa, num processo que pode terminar com a interdição do Estádio de Alvalade.

A informação é avançada pelo jornal Record. Segundo a imprensa nacional, o Porto vai fazer uma participação disciplinar contra o Sporting, devido aos objetos arremessados contra os jogadores azuis e brancos, por parte dos adeptos leoninos, nomeadamente aquando os festejos dos golos dos dragões.

O caso mais grave é o de Zaidu, que terá sido atingido por um isqueiro arremessado das bancadas de Alvalade, situação que foi colocada no relatório do árbitro, e que pode fechar Alvalade nos próximos dois jogos caseiros. Froholdt e William Gomes também se queixaram - o árbitro não incluiu essas situações no seu relato dos eventos, mas o Porto vai colocá-las na sua queixa.

Os regulamentos que tutelam o futebol português explicam que "se a agressão tiver por objeto elemento da equipa de arbitragem, delegado ou observador da Liga Portugal, jogador ou dirigente dos clubes participantes no jogo, o clube é punido nos termos do n.º 1 do artigo 179.º".

Por sua vez, esse artigo lê o seguinte: "Agressões simples com reflexo no jogo por período superior a 10 minutos O clube cujo sócio ou simpatizante agrida fisicamente agente desportivo, agente da autoridade em serviço, coordenador de segurança, assistente de recinto desportivo ou pessoa autorizada por lei ou regulamento a permanecer no terreno de jogo, de forma a determinar a que o árbitro, justificadamente, atrase o início ou reinício do jogo ou interrompa a sua realização por período superior a 10 minutos é punido com a sanção de realização de jogos à porta fechada a fixar entre o mínimo de um e o máximo de dois jogos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 UC e o máximo de 150 UC".

O Sporting vai colocar Jeremiah St. Juste a treinar com a equipa B verde e branca. O jogador é um dos excedentários no plantel de Rui Borges, e os leões fizeram de tudo para o colocar em novo clube durante o mercado de transferências, mas nenhuma movimentação acabou por se oficializar.

Jeremiah St. Juste ainda fez parte do lote de jogadores chamados ao treino da equipa principal desta quarta-feira, 3 de setembro, mas a situação vai-se alterar a partir da próxima quinta-feira, dia 4 de setembro. A informação é avançada pelo Jornal Record, que informa que o defesa-central vai passar a estar às ordens de João Gião no conjunto secundário do Clube de Alvalade.

St. Juste foi uma das novelas do Sporting no mercado de transferências. Sem espaço no plantel de Rui Borges, devido a questões táticas, e a entrar no último ano de contrato com o Clube de Alvalade, a saída do neerlandês era muito bem vista pela estrutura verde e branca, que procurava reaver parte do investimento feito no jogador.

O Sporting chegou, em primeira instância, a acordo com o Osasuna. St. Juste chegou a viajar até Espanha, onde conheceu o emblema de Pamplona, mas recusou a mudança por estar à espera de uma proposta da Alemanha. Essa chamada acabou por vir, em virtude da tentativa do Union Berlin de contar com o defesa-central, mas, tal como no primeiro momento, o negócio acabou por não se concluir.

Neste momento, uma mudança para a Turquia ou para a Arábia Saudita ainda é possível, uma vez que as janelas de transferências ainda estão abertas nesses países. No entanto, o jogador não está a ver com bons olhos uma saída para um campeonato periférico, quando pode assinar livremente por qualquer clube a partir de janeiro. Até lá, fará parte das opções de João Gião no Sporting B.