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0Ruben Amorim vai fazer este domingo, dia 10 de novembro, o 231.ª – e último - jogo ao comando do Sporting. O jornal ‘A Bola’ falou com Gabriel Silva, adjunto de Nuno Manta Santos no Aves - primeiro adversário do técnico enquanto treinador dos leões.
“Fizemos o primeiro jogo dele, no Aves, e o ambiente que se sentia no estádio era completamente diferente daquele que se sentiu no último jogo com o Manchester City. Notava-se uma enorme expetativa, muita intranquilidade, e até acabou por ser um jogo feliz para o Sporting uma vez que tivemos duas expulsões nos primeiros 20 minutos e isso acabou por facilitar, mas mesmo assim os golos só surgiram na segunda parte e havia muita tensão no ar, uma atmosfera que não era propícia para a equipa e agora é completamente o oposto”, começou por dizer.
“Tínhamos poucas bases, apenas a marca deixada em Braga, mas sabíamos a questão dos três centrais, que seria uma equipa que ia querer assumir jogo com bola, a ter iniciativa, aquilo que se verificou ao longo do tempo. Muita largura, jogadores entrelinhas, para criar dúvidas no timing de pressão e com o tempo encontrou melhores jogadores para reforçar esse sistema”. Aproveitou para comentar também o ambiente em Alvalade: “Coincidiu com os protestos que haviam com o presidente Frederico Varandas que, curiosamente, acabou por ser um dos maiores responsáveis por este sucesso”, prosseguiu.
Gabriel Silva deixou ainda uma comparação: “Rúben Amorim é um dos treinadores portugueses com mais sucesso na atualidade. Está, no meu entender, ao nível de José Mourinho e Abel Ferreira, nesse patamar, no top-3. É uma inspiração para jovens treinadores, pelo que conseguiu, o discurso e uma liderança com que me identifico. Não é fácil haver treinadores com essa humildade e marcou uma era nesse aspeto. Na forma de comunicar haverá sempre um antes e depois de Amorim. Tive a possibilidade fazer estágio com Carlo Ancelotti no Nápoles e a gestão de grupo, a forma como geria, parecia muito similar aquela que Amorim conseguiu impor em Alvalade”.
“Vai encontrar uma equipa como estava o Sporting. O próprio já referiu isso. O facto de ir para clube que está mal é uma oportunidade. Assim lhe deem tempo, pois leva pessoas da confiança e se tiver tempo fará o que fez no Sporting. Vai acabar por ter sucesso”, terminou.