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Histórias do Leão

Recorde uma das últimas entrevistas de Aurélio Pereira: de Cristiano Ronaldo a Futre

Aos 77 anos, figura incontornável do Sporting e do futebol português partiu, deixando um legado que perdurará para sempre na história do Clube de Alvalade

Aurélio Pereira, Senhor Formação do Sporting, foi responsável pelo lancamento de figuras como Cristiano Ronaldo ou Paulo Futre
Aurélio Pereira, Senhor Formação do Sporting, foi responsável pelo lancamento de figuras como Cristiano Ronaldo ou Paulo Futre

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Aurélio Pereira morreu, nesta terça-feira, aos 77 anos. Numa das últimas entrevistas (ao jornal Record) que deu, o ‘Senhor Formação’ recordou alguns dos talentos que descobriu e que brilharam ao mais alto nível, nomeadamente Cristiano Ronaldo, Ricardo Quaresma, Futre, Hugo Viana, João Moutinho, Dani, Paulo Sousa e Fábio Paim.


Aurélio Pereira sobre Cristiano Ronaldo: “Segredo foi Dona Dolores”
  • Ao segundo dia de estar no Sporting já mandava naquilo tudo. O segredo do Cristiano Ronaldo foi a dona Dolores, uma mãe exemplar, que confiou cegamente em nós. Esteve em todas. Uma vez desconvocámo-lo de um jogo na Madeira. Durante a semana teve uma atitude de que não gostámos e ele, que já estava preparado para voltar à terra natal como jogador do Sporting, ficou de fora. Tememos que a família reagisse mal, mas dona Dolores não só compreendeu como ainda lhe deu nas orelhas
Aurélio Pereira sobre Quaresma: “Fomos lá buscar um e levámos dois”
  • Foi detetado no Domingos Sávio. Fomos lá para buscar um e levámos dois. Tínhamos boa informação sobre o irmão do Ricardo, o Alfredo, e tratámos de convencer a mãe a permitir que fosse para o Sporting. Nesse dia, o nosso representante desviou o olhar para um grupo de miúdos mais pequenos. Houve um, a quem chamavam ‘ratazana’, que o impressionou.
Aurélio Pereira sobre Futre: “Antecipei-me à concorrência”
  • O Paulo jogava no Montijo, numa equipa dos Estabelecimentos Cancela, quando foi observado por nós, face às informações que nos chegaram da terra, dizendo que jogava lá um miúdo extraordinário. Fui falar com o pai ao aeroporto, depois de um torneio em França, e antecipei-me à concorrência.
Aurélio Pereira sobre Hugo Viana: “Dinheiro do negócio pagou a Academia”
  • Foi a negociação mais difícil. Era preciso pagar uma taxa para o trazer e foi quase impossível convencer o diretor financeiro a disponibilizar essa verba. O Hugo esteve aqui quase um ano sem jogar e nem assim eles cederam. Mais tarde, foi a primeira grande transferência que o Sporting fez de um jogador com origem na academia. O dinheiro do negócio com o Newcastle pagou a academia.
Aurélio Pereira sobre João Moutinho: “Era muito pequenina, mas conseguia impor o jogo”
  • Vi-o num torneio da Pontinha, num jogo entre seleções de Lisboa e Algarve. Era muito pequenino, mas, mesmo assim, conseguia impor o jogo dele. Se o conseguia fazer naquele escalão, mais facilmente o faria quando fosse mais velho e robusto. O Porto atacou-o também, fez-lhe uma proposta, mas a ligação com o Nélson Moutinho, o seu pai, e meu antigo jogador na seleção de Lisboa, ajudou a ditar o desfecho do processo.
Aurélio Pereira sobre Dani: “Hoje não tinha preço”
  • Hoje não tinha preço. Sinto mágoa por não ter atingido o nível que o seu talento justificava. Temos uma ligação próxima e já falámos sobre isso. Ele reconhece que sentia paixão pelo jogo quando tinha a bola nos pés, o problema era quando não a tinha.
Aurélio Pereira sobre Paulo Sousa: “Tentei trazê-lo para o Sporting, mas perdio-o”
  • Agradava-me imenso, tentei trazê-lo para o Sporting, mas perdi-o. Fui a Viseu falar com ele e com o pai. O Paulo queria vir para o Sporting, mas o pai mandou-me sair com o argumento de que tinha dado a sua palavra ao Benfica e que a palavra dele era só uma. Quando, mais tarde ingressou no Sporting, já sénior e como grande figura do futebol português, tive oportunidade de lhe dizer ‘bem-vindo Paulo’.
Aurélio Pereira sobre Fábio Paim: “Não teve sorte”
  • Aos 15 anos considerava-se o maior. Não andava longe da realidade, porque o próprio Cristiano concordava – ‘se eu sou bom, deviam ver o Fábio Paim’, dizia naquele tempo. Não teve sorte. Faltou-lhe acompanhamento. Teria sido um craque se as coisas lhe tivessem corrido bem.



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Aurélio Pereira: o Senhor Formação Sporting que descobriu Cristiano Ronaldo

Nas últimas décadas, foram vários os talentos descobertos por um dos homens mais importantes dos últimos anos do futebol português

Aurélio Pereira: senhor formação do Sporting morreu aos 77 anos, sendo responsável pela descoberta de Cristiano Ronaldo e muitos outros
Aurélio Pereira: senhor formação do Sporting morreu aos 77 anos, sendo responsável pela descoberta de Cristiano Ronaldo e muitos outros

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Aurélio Pereira faleceu, nesta terça-feira, aos 77 anos. O Senhor Formação do Sporting foi o responsável pela descoberta de Cristiano Ronaldo, mas a importância do antigo responsável do Clube de Alvalade vai muito para lá do capitão Seleção Nacional, com outros vários talentos a serem descobertos por si, nomeadamente Luís Figo, Paulo Futre ou Nani.


Morte de Aurélio Pereira: Sporting, Cristiano Ronaldo e Luís Figo já reagiram


“De Paulo Futre, a Luís Figo ou a Cristiano Ronaldo, mas também a talentos mais recentes, Aurélio Pereira é o grande responsável pela carreira de várias das figuras do futebol nacional nos últimos 40 anos. Será para sempre recordado como um dos maiores nomes da história do futebol nacional e, acima de tudo, da história do Sporting Clube de Portugal”, recordou o Clube de Alvalade, em comunicado sobre a partida de Aurélio Pereira.


No que aos grandes talentos descobertos por Aurélio Pereira diz respeito, Cristiano Ronaldo foi um dos primeiros a reagir: “Um dos grandes símbolos da formação mundial deixou-nos, mas o seu legado viverá para sempre. Nunca deixarei de estar grato por tudo o que fez por mim e por tantos outros jogadores. Até sempre, Senhor Aurélio, obrigado por tudo. Descanse em paz”.

Começou no Futebol Benfica, mas foi no Sporting que brilhou para o Mundo


Aurélio Pereira começou o seu percurso no desporto rei no Futebol Benfica, isto depois de ter feito formação enquanto jogador no Sporting. No regresso aos leões, o Senhor Formação montou uma verdadeira máquina de deteção de talentos, que permitiu ao Clube de Alvalade descobrir nomes como Cristiano Ronaldo, Paulo Futre, Luís Figo, Nani, entre muitos outros.

A chegada do capitão da Seleção Nacional ao Sporting é uma verdadeira telenovela e tudo teve origem numa dívida dos madeirenses ao Clube de Alvalade. Nesse seguimento, Aurélio Pereira foi avisado para um tremendo talento que estava a dar nas vistas na formação dos alvinegros.

Aurélio Pereira: importância incalculável para o Sporting e para o futebol português

“Confirmei tudo o que me tinham dito: desenvoltura fantástica, velocidade de execução, jogo aéreo, pé direito, pé esquerdo. Tive a sensação de que estavam todos rendidos ao miúdo, que chegou ao Sporting como um ovni. Era um fenómeno. Chamava-se Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro e tinha, todo ele, o futebol de rua nos seus movimentos”, lembrou o saudoso Aurélio Pereira sobre Cristiano Ronaldo.

Curiosamente, dado o talento do jovem, a dívida que o Nacional tinha ao Sporting acabou por render mais de 100 mil euros aos madeirenses, com Cristiano Ronaldo a rumar bastante jovem, sem os pais, para Lisboa, onde viria, uns anos depois, a mudar-se de armas e bagagens para Manchester.

Para se ter uma ideia da importância de Aurélio Pereira para o Sporting e para o desporto português, basta olhar para a Seleção Portuguesa que conquistou o Campeonato da Europa de 2016, onde estavam 10 talentos descobertos pelo Senhor Formação: William Carvalho, João Mário, Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo, Rui Patrício, José Fonte, João Moutinho, Adrien Silva, Cédric Soares e Luís Nani.


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Visconde de Alvalade: Um dos principais responsáveis pela fundação do Sporting

Conheça toda a história de vida de um dos grandes impulsionadores da fundação do Clube de Alvalade, sendo familiar do primeiro Presidente dos verdes e brancos

Conheça o perfil e a história de vida de Alfredo Holtreman, o avó do fundador do Sporting que contribuiu de forma decisiva para a formação a sua estrutura
Conheça o perfil e a história de vida de Alfredo Holtreman, o avó do fundador do Sporting que contribuiu de forma decisiva para a formação a sua estrutura

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Alfredo Augusto das Neves Holtreman nasceu a 6 de abril de 1837, em Santarém. Em 1859, casou com D. Julieta Natalina Luiza Guerin, de quem teve apenas uma filha. No ano de 1859, casou com D. Julieta Natalina Luiza Guerin, de quem teve apenas uma filha, Josefina, a mãe de José Alfredo Holtreman Roquette, que morreu muito precocemente.


A vida pessoal


Alfredo Holtreman formou-se na Faculdade de Direito, em Coimbra, tornando-se num dos mais prestigiados advogados do país ao serviço da Casa Real, de tal forma que a 22 de Julho de 1898 foi agraciado pelo Rei D. Carlos I com o título de 1.º Visconde de Alvalade. Esta agraciação é prova de que o seu trabalho na área da advocacia merecia o respeito da alta sociedade.


Em 1859, casou-se com D. Julieta Natalina Luiza Guerin, de quem teve apenas uma filha, Josefina, a mãe de José Alfredo Holtreman Roquette (mais conhecido por José Alvalade) e que dá nome ao estádio do Sporting. O seu neto viria a ser o grande impulsionador da fundação do Sporting. Foi graças ao dinheiro que pediu emprestado a este avó que o Visconde de Alvalade consegiu formar a estrutura do emblema verde e branco.

O mecenas do Sporting


Alfredo Holtreman não hesitou e adiantou 200 mil reis ao neto e ainda disponibilizou terrenos da sua quinta para a construção das instalações desportivas e sociais do Clube verde e branco, que ficaram para sempre conhecidas como o Sítio das Mouras.

Devido a este gesto nobre, ficou imediatamente declarado como sendo Sócio protetor e foi eleito o 1.º Presidente do Sporting, funções que viria a cessar a 4 de Janeiro de 1910, passando então a presidir à Assembleia Geral até ao dia de 28 de Julho de 1917.

A gratidão do Sporting

Em 1907, entrou ainda mais para a história do emblema verde e branco, ao redigir os primeiros Estatutos do Sporting, tendo sido por isso declarado Sócio Benemérito do Clube, em 1910, e Sócio de Honra, em 1912. Todas estas menções devem-se ao papel fulcral que teve na fundação do emblema verde e branco. 

Em 2017, durante a Presidência de Bruno de Carvalho, foi distinguido com o Prémio Honorius Sporting, com a categoria de Classe de honra, como manifesto de gratidão de toda a família Sportinguista, pelo serviço mostrado aquando da fundação do emblema verde e branco.  

Morreu a ver o projeto Sporting de pé

Alfredo Augusto das Neves Holtreman morreu no dia 7 de junho de 1920, quase 14 anos depois da fundação do Sporting, a 1 de julho de 1906, e pode assistir ainda em vida aos primeiros passos do Clube,  podendo comprovar que os 200 mil reis que emprestou ao neto estão a ter um ótimo retorno.


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Guarda-redes do Sporting arrebata concorrência e ganha lugar para o Mundial

Guardião titular do Clube de Alvalade conquistou o lugar na equipa das quinas e relegou o titular habitual para a condição de suplente

Vítor Damas fez a sua estreia pela seleção nacional em abril de 1969 e ganhou lugar na baliza para o Mundial desse mesmo ano
Vítor Damas fez a sua estreia pela seleção nacional em abril de 1969 e ganhou lugar na baliza para o Mundial desse mesmo ano

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A 6 de abril de 1969, Vítor Damas fez a sua estreia pela seleção nacional, num jogo frente ao México, no Estádio Nacional do Jamor. O encontro, de cariz amigável, terminou empatado sem golos, com o guardião luso que pertencia ao Sporting a manter intactas as redes da baliza.


Titularidade custou a ganhar


Damas, para jogar de início, relegou para o banco de suplentes Américo, titular do Porto, e mais tarde foi alternando com José Henrique, atleta do Benfica. Foi, no entanto, a escolha do selecionador José Maria Antunes para a participação de Portugal para o Mundial, disputado nesse mesmo ano.


Nessa prova, a equipa das quinas fez apenas os seis jogos da fase de grupos, não tendo ido além de uma vitória (3-0 contra a Roménia), três derrotas (4-2 com a Grécia, 2-0 com a Suíça e 1-0 com a Roménia) e dois empates (2-2 com a Grécia e 1-1 com a Suíça).

Experiência na seleção foi curta


Depois da participação no Mundial, Vítor Damas - que jogou pela primeira vez no Sporting em fevereiro de 1967 - só voltou a defender Portugal num único encontro, diante da Inglaterra, com vitória desta última equipa por 1-0, tendo o único golo do encontro sido apontado por Jack Charlton, ao minuto 24.

Pelo Sporting, Vítor Damas jogou, primeiro, durante 15 épocas seguidas, tendo regressado a Alvalade em 1984, para mais cinco épocas de leão ao peito. Ao todo, defendeu as redes do leão por 444 ocasiões, sendo recordado como um dos maiores guarda-redes que passou pelo Clube.


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