Reforço do Sporting ‘vinga-se’ da equipa do Santa Clara

Luís Figueiredo, comentador do jornal 'A Bola', aproveitou o seu espaço na 'A Bola TV' para comentar o encontro do Sporting frente ao Santa Clara, a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal, que terminou com vitória dos leões por 2-1, com o golo da diferença a chegar já no prolongamento da partida.

O comentador começou por fazer uma apreciação geral da equipa e das intenções de João Pereira: "O Sporting com muita dificuldade a construir, o Santa Clara a defender em 5-4-1, a tentar fechar os corredores e dar o meio ao Sporting".

"O Santa Clara recuperou muitas bolas no meio, sempre que as bolas eram jogadas no meio campo do Sporting, o Santa Clara saía rapidamente na pressão e os jogadores não conseguiam receber a bola e virar, tinham de jogar para trás ou perdiam a bola. E o Sporting criou perigo através da perdida do Quenda, que veio através de um passe longo do Debast", analisou ainda.

Terminou, da seguinte forma: "Sporting com muita dificuldade em procurar a profundidade, o Gyokeres ou tentava vir em apoio, ou tentava os movimentos em profundidade mas a bola não entrava... Muitas dificuldades em contrariar o jogo do Santa Clara, que a nível defensivo esteve bem, a nível ofensivo atacava com dois ou três jogadores, o Sporting também rapidamente ganhava a bola. Daí a muita posse, mas dificuldade em encontrar soluções", rematou Luís Figueiredo.

Relembrar que o Sporting voltou na passada quarta feira, dia 18 de dezembro, a encontrar o Santa Clara em Alvalade - tinham jogado também a 30 de novembro, na altura em jogo a contar para a Liga Portugal Betclic, com derrota, por 1-0, para o Sporting, naquele que tinha sido o primeiro jogo de João Pereira para o campeonato português. Os leões conseguiram, então, vingar-se desse desaire, e marcar presença nos quartos de final da prova rainha em Portugal.

Confira aqui as declarações do comentador: 

Na vitória sofrida do Sporting frente ao Santa Clara, por 2-1, num jogo a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal, Sebastián Coates foi um dos grandes destaques fora do relvado. O antigo capitão do Sporting marcou presença nas bancadas, algo que não passou despercebido pelos adeptos leoninos.

Sebastián Coates esteve ao serviço do Sporting durante oito anos, entre janeiro de 2016 e julho de 2024, altura em que regressou ao Nacional, o clube uruguaio onde se formou. Apesar da mudança, o antigo capitão leonino mantém uma forte ligação a Portugal e ao Clube de Alvalade. Atualmente de férias em Lisboa, o defesa fez questão de assistir ao jogo no Estádio José Alvalade, tal como já tinha feito anteriormente na partida frente ao Boavista, mostrando sempre apoio aos seus antigos companheiros de equipa.

De recordar que Coates representou o Sporting durante várias temporadas e chegou a preparar-se para integrar o plantel na época 2024/25. O central participou nos trabalhos regulares de pré-época na Academia, mas acabou por não permanecer no clube devido a um problema familiar que o obrigou a regressar ao Uruguai.

Com a camisola do Sporting, Coates realizou um total impressionante de 369 jogos, nos quais marcou 37 golos e fez 10 assistências. O defesa-central conquistou oito títulos durante a sua passagem pelo clube: dois Campeonatos Nacionais (2020/21 e 2023/24), uma Supertaça Cândido de Oliveira (2021/22), uma Taça de Portugal (2018/19) e quatro Taças da Liga (2017/18, 2018/19, 2020/21 e 2021/22).

Avaliado em 2 milhões de euros, Sebastián Coates é o jogador estrangeiro com mais jogos disputados pelo Sporting, um feito notável que reforça o seu legado no Clube de Alvalade. O uruguaio está à frente de nomes como Anderson Polga e Liedson.

Carlos Barbosa da Cruz dedicou o seu mais recente texto de opinião no jornal Record, com o título 'Piroasnos II', para abordar o castigo da UEFA ao Sporting, que culminou na bancada visitante fechada na partida frente ao Leipzig, na Alemanha. O antigo presidente do Grupo Stromp não poupou as críticas aos adeptos do Clube de Alvalade.

"Vamos jogar a Leipzig sem apoiantes e receber o Bolonha em Alvalade com a bancada sul fechada, sem falar nos 300 mil euros de multas acumuladas. Tudo isto, imagine-se, por causa de atos praticados por gente que se diz Sportinguista", começou por escrever.

"Não tenho palavras para exprimir a minha revolta e indignação contra quem despreza coisas tão sérias como o esforço desportivo e coletivo de toda uma equipa, a reputação internacional do clube e as expectativas de milhões de adeptos espalhados pelo mundo", voltou a vincar.

De seguida, Barbosa da Cruz mostra não entender a utilização de engenhos pirotécnicos e de "tentar perceber as motivações que se escondem por detrás desta cultura das tochas e petardos, que é transversal às claques em Portugal. Poder, política, nihilismo, provas de vida, nostalgias, porventura de tudo um pouco, mas seguramente não amor clubista".

"Não nos iludamos, o futebol em Portugal só progredirá como espetáculo, quando acabar a pirotecnia, tão simples quanto isso", opina, antes de fazer um apelo àqueles que considera serem os "verdadeiros adeptos do Sporting" que irão "marcar presença, apoiar sem reservas, varrer o lixo dos outros e colar os cacos. Já o fizemos antes e já provamos ser capazes", concluiu.