Rui Borges elogiado pela coragem: "Sporting deprimido com o pior calendário..."

Luís Figo, antigo jogador do Sporting, tem estado no centro de uma controvérsia em Espanha. Tudo começou com o anúncio do governo espanhol, que partilhou com os seus habitantes estar a preparar mais de 100 eventos para celebrar a morte do antigo ditador Franco, e assinalar a libertação do país do fascismo que se viva antes da revolução. O assunto tem sido divisório para 'nuestros hermanos', e Figo não teve problema em pronunciar-se, através da rede social X.

"Que pena tenho que todo o dinheiro que será gasto com a celebração de um morto na história de Espanha há 50 anos não seja utilizado para as vítimas da DANA, em Valência, de modo a que saiam o mais rapidamente possível deste inferno. O maior problema hoje em dia são os vivos e não os mortos", atirou o português sobre a situação em Espanha.

Primeiramente foi criticado por Roger Heredia, um jurista e presidente da Associação Banco de ADN e desaparecidos da Guerra Civil, numa resposta partilhada por Gabriel Rufián, político da Catalunha. Heredia escreveu o seguinte: "De ser um grande futebolista a demonstrar que os ricos também podem ter um coeficiente intelectual discutível. Há 100 mil desaparecidos em fossas, à espera que as suas famílias os possam recuperar. Resultado de uma falsa 'transição' e do fascismo, ainda presente".

Mas não foi o único comentário de tom crítico feito à publicação de Luís Figo. Uma das respostas que chamou mais a atenção dizia o seguinte: "O maior problema são os porcos fascistas como tu, escória", em relação ao antigo internacional português.

A ofensa mereceu mesmo resposta do antigo Bola de Ouro: "Fascista? Não gosto deles. O que sou é rico e isso deixa-te com muita inveja, inútil! Escória como tu, que não faz nada e vive de histórias, é quem cataloga as pessoas. Se queres um emprego escreve-me e deixa de viver de subsídios", atirou Luís Figo.

O Sporting tem mostrado um domínio notável nas grandes penalidades nos últimos anos, mas curiosamente, nunca conseguiu vencer o Benfica quando o jogo chegou a ser decidido por este critério. Em dois encontros decisivos entre as duas equipas, os leões não conseguiram superar as águias na disputa de penaltis, apesar de terem um desempenho forte em outros contextos semelhantes.

Nos últimos oito jogos em que o Sporting teve de decidir o resultado através de grandes penalidades, o clube verde e branco saiu vitorioso em todos, com a exceção dos confrontos com o Benfica. O último desses encontros ocorreu na final da Allianz Cup (Taça da Liga) de 2008/2009, quando, após um empate controverso no tempo regulamentar, o Benfica venceu por 3-2 na decisão por penaltis. 

O outro confronto entre as duas equipas em que o jogo foi decidido por penaltis aconteceu na época 2004/2005, na Taça de Portugal. Depois de um empate 3-3 no tempo regulamentar, o Benfica venceu novamente, desta vez garantindo a passagem para os quartos de final. 

Em contraste, o Benfica, nos últimos 10 encontros em que teve de decidir a sorte em grandes penalidades, só saiu vitorioso em cinco ocasiões. Esta estatística evidencia a dificuldade que as águias têm sentido em competir nesse tipo de situação.

Por outro lado, o Sporting destaca-se como um verdadeiro especialista em decisões por penaltis. A série vitoriosa de 8 jogos consecutivos começou em 2015, na final da Taça de Portugal contra o Braga, quando venceu por 3-1. Desde então, o Porto tem sido uma das maiores vítimas dos leões, com quatro derrotas em grandes penalidades desde 2018. Outros clubes, como o Arsenal e o Vitória de Setúbal, também não escaparam à força do Sporting nas disputas por penaltis.

João Simões, médio de apenas 18 anos, está prestes a enfrentar o seu segundo dérbi em poucos dias, assumindo um papel determinante para suprir a ausência de Morita. Por sua vez, Maxi Araújo, lateral uruguaio, está preparado para ocupar a vaga deixada por Matheus Reis no corredor esquerdo. A principal novidade no plantel do Sporting é o regresso de Marcus Edwards, que foi convocado após recuperar de uma síndrome gripal.

A onda de lesões tem sido uma constante para o Sporting nesta temporada, com ausências de jogadores como Daniel Bragança, Pedro Gonçalves e agora Morita. Esta situação tem exigido soluções criativas do treinador Rui Borges, que aposta na juventude para superar as limitações. João Simões, com apenas 18 anos, é um exemplo claro desta política.

No sector defensivo, haverá várias alterações. Eduardo Quaresma regressará ao corredor direito, substituindo Fresneda, que está de saída para o futebol italiano. No lado oposto, Maxi Araújo será adaptado à posição de lateral-esquerdo na ausência de Matheus Reis. Já no eixo central, Diomande e St. Juste mantêm-se como dupla de confiança. No meio-campo, João Simões e Hjulmand reforçam o miolo, enquanto nas alas Geny Catamo e Quenda assumem os papéis ofensivos habituais.

A frente de ataque não sofre alterações, com Trincão e Gyökeres a formarem a dupla ofensiva. Apesar do desgaste acumulado, Trincão mantém a titularidade, oferecendo suporte ao avançado sueco. Geny Catamo, que já se destacou em confrontos com o Benfica ao marcar três golos, e Quenda, habitual assistente de Gyökeres, completam um setor ofensivo recheado de talento.

O regresso de Marcus Edwards traz mais opções ao banco de suplentes, após o extremo inglês recuperar da síndrome gripal que o afastou do clássico com o Porto. Outra novidade nos convocados é Alexandre Brito, médio de 19 anos, que foi chamado aos trabalhos da equipa principal.