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Competições
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No dia 13 de junho de 2021, a equipa de futsal do Sporting - que pode ser campeã em 2024/25 - consolidou uma época de sonho com o 16.º título de Campeonato Nacional ao derrotar o Benfica na final. Todos os jogos destes play-offs finais foram vencidos pelos leões, com o último a culminar num resultado de 2-6 no Pavilhão da Luz.
Numa época sem ter a certeza de como seria o futuro, a equipa de futsal do Sporting decidiu encurtar o plantel. O veterano Deo foi para a Roménia e os brasileiros Léo e Alex Santos foram dispensados. Mamadú regressou à equipa e apostou em jovens da formação, tal como aconteceu com Tomás Paçó e Zicky Té.
Não foi por não ter investido dinheiro que o Sporting não ganhou nada, antes pelo contrário. Esta foi a melhor época de sempre para o Futsal leonino até à data. A equipa liderada por Nuno Dias ergueu a Taça de Portugal, a Taça da Liga, a tão desejada Liga dos Campeões e o Campeonato Nacional.
O Sporting chegou ao jogo decisivo no Pavilhão da Luz depois de ter vencido os três jogos anteriores a contar para a final. O Benfica foi o primeiro a marcar, aos 8 minutos, mas a resposta dos verde e brancos apareceu aos 9’. De repente, no espaço de um minuto e quatro segundos, os leões deixaram o placar num 1-3.
A segunda parte foi muito semelhante à primeira em termos de resultado. O quarto golo do Sporting surgiu logo no início deste tempo e o quinto apareceu quando ainda faltavam 13 minutos. O Benfica ainda fez 2-5, mas já não restavam quaisquer esperanças à equipa da Luz.
Guitta, guardião dos leões e, na altura, melhor do planeta, fez um golo de baliza a baliza, o que resultou num verdadeiro xeque-mate à equipa benfiquista. A partida acabou e os leões festejaram efusivamente em casa daquele que será, eternamente, o maior rival da história do Clube de Alvalade.
Os vencedores e vencidos, após o apito final, respeitaram-se mutuamente. Algo que não acontece tantas vezes em Portugal, mas os encarnados souberam reconhecer o domínio leonino. Desta forma, depois de uma época de sonho, o Sporting levantou o seu 16º título de campeão nacional.
Conjunto verde e branco sai com a vitória do clássico decisivo frente ao rival e acaba a temporada a levantar o troféu que só tinha vencido duas vezes
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O Sporting venceu a sua terceira Taça de Portugal de Hóquei em Patins no dia 9 de junho de 1984. O jogo que deu o triunfo aos leões culminou num 7-4 frente ao Porto, na segunda mão da final da prova rainha. Os verde e brancos tinham perdido no primeiro jogo por 9-7, mas conseguiram dar a volta na última partida.
O plantel do Sporting de Hóquei em Patins ficou definido logo desde agosto, com as contratações de Carlos Serra ao Paço de Arcos, João Campelo ao SC Tomar e de Sérgio Nunes e Carlos Bernardino ao Belenenses, que vieram reforçar a base formada por António Livramento – antigo craque dos leões, que construiu uma equipa vencedora.
Com estas alterações, a equipa treinada por António Livramento avançou para a temporada 1983/84 com o seguinte plantel: Ramalhete, Parreira, Carlos Serra, José Rosado, Carlos Realista, João Campelo, Fernando Gonzaga, Vítor Oliveira, Luís Nunes, Pedro Trindade, Sérgio Nunes, Camané e Marinho.
Na primeira mão, em casa da equipa Portista, o Clube de Alvalade tinha perdido por 9-7, mas nem tudo estava perdido, porque se o Sporting conseguisse ganhar por mais de dois golos de diferença na segunda mão, o título ficava pintado de verde e branco. Com esta esperança, os leões receberam o Porto no seu pavilhão.
O Sporting, com casa cheia, conseguiu vencer a segunda mão por 7-4 e ergueu a terceira Taça de Portugal da sua história na modalidade. Apesar dos golos de Realista, Luís Nunes e Campelo, o grande destaque desta partida foi Pedro Trindade, que fez um póquer.
Os festejos foram imensos no último jogo, mas o percurso até à grande decisão não foi assim tão fácil. O Sporting goleou o Oeiras por 18-5 nos dezasseis-avos, derrotou o Paço de Arcos por 12-3 e voltou a golear nos 'quartos', mas desta vez num jogo a duas mãos que acabou com a derrota do Tomar no agregado por 21-5.
O jogo mais difícil, mas talvez o mais épico da época, aconteceu nas meias-finais frente ao Benfica. O Sporting perdeu na primeira mão desta fase por 8-1 e, quando tudo já parecia perdido, o conjunto verde e branco recebeu os encarnados e goleou por 12-4, mostrando, assim, como se faz e garantindo o lugar na final.
Conjunto verde e branco adiciona mais um título da prova rainha ao seu palmarés depois de ter derrotado o eterno rival numa fase anterior do torneio
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O Sporting conquistou a quinta Taça de Portugal de Andebol da sua história no dia 11 de junho de 1983. Na final, o Clube de Alvalade enfrentou o surpreendente Encarnação, adversário que superou com uma grande goleada por 36-21. Infelizmente, não foi consumada a dobradinha porque a turma de Ângelo Pintado - que começou a treinar os leões em 1980 - ficou em segundo lugar no Campeonato Nacional, atrás do Benfica.
A equipa do triunfo na Taça de Portugal tinha à disposição o seguinte plantel: Carlos Silva, Pedro Miguel Pimentão, Francisco Silva, José Pires, João Miranda, Nuno Marta, Mário Santos, Carlos Franco, Manuel Silva Marques, José Luzia, Manuel Brito, Fernando Areias, Luís Filipe, Carlos Correia, Carlos José José Janeiro e Armindo.
O Sporting, apesar de ter recebido alguns reforços, não conseguiu trazer a reconquista do Campeonato Nacional para os Sportinguistas, após repetir o mesmo resultado do ano passado e ter terminado em segundo lugar na tabela classificativa, novamente, atrás do seu eterno rival, Benfica.
Felizmente, a final da Taça de Portugal teve um desfecho diferente para os leões. O quinto título da prova rainha na história do Andebol leonino foi conseguido depois de uma grande exibição do Sporting. A final disputada em Leiria frente ao Encarnação acabou com o distanciador placar de 36-21 para os verde e brancos.
Há que dar destaque às principais figuras deste jogo, que estavam todas do lado do Sporting. Na final, José Pires foi o melhor marcador dos leões com incríveis 11 finalizações certeiras à baliza do Encarnação, um número que quando é conseguido num jogo tão decisivo quanto este, deixa qualquer um boquiaberto.
Manuel Silva Marques e Fernando Areias também realizaram uma boa exibição ao ficarem com os lugares de segundo e terceiro melhores marcadores da partida, efetuando oito e cinco golos cada um, respetivamente. A verdade é que o Sporting levantou a sua quinta Taça de Portugal e o percurso foi bastante interessante.
As eliminatórias até ao grande jogo da decisão foram todas emocionantes. Nos dezasseis-avos, o Sporting derrotou o eterno rival por 28-21 e conseguiu vingar-se. Nos quartos, o Ginásio do Sul saiu goleado por 17-44. Nos quartos, os leões enfrentaram o Caramão e venceram por 18-22 e, nas meias-finais, após prolongamento, os verde e brancos saíram vitoriosos por 33-35 frente ao Belenenses.
Leões conseguiram uma grande reviravolta sobre os encarnados e a época termina com os adeptos a terem vários motivos para sorrirem
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Em 1972/73, numa época de incertezas e escassos recursos, o Sporting surpreendeu tudo e todos ao sagrar-se Campeão Nacional, com a liderança interina a dar lugar a João Rocha - Presidente que marcou o Clube - apenas em setembro de 1973. O plantel, limitado em reforços, viu-se obrigado a integrar jovens oriundos da formação. O treinador Mário Lino, ele próprio vindo dos escalões de base, foi mantido no cargo após a conquista da Taça de Portugal no ano anterior, tendo conseguido montar uma equipa coesa apesar das adversidades.
As dificuldades foram muitas: lesões graves de jogadores influentes como Laranjeira e Fraguito, um Yazalde debilitado pelas constantes faltas sofridas, e ainda assim, o Sporting chegou à final da Taça de Portugal após eliminar equipas como Vitória de Setúbal, Belenenses, Boavista e Olhanense.
A excelente campanha europeia, que terminou nas meias-finais da Taça das Taças, contrastou com a instabilidade interna, evidenciada pela demissão de Jaime Duarte, vice-presidente para as atividades desportivas, e pelas tensões com João Rocha, que acabou por não renovar o contrato com Mário Lino.
A cisão entre direção e treinador tornou-se irreversível quando Lino, já com o campeonato conquistado, informou que não pretendia renovar o vínculo que terminava a 31 de julho. A rutura consumou-se a 8 de junho, véspera da final da Taça, quando foi afastado em estágio e substituído por Osvaldo Silva. Este cenário adverso fazia prever um favoritismo claro do Benfica para o Jamor, ainda por cima com Yazalde ausente devido a compromissos com a seleção argentina, que preparava o Mundial da Alemanha.
No entanto, o ambiente no Estádio Nacional a 9 de junho de 1974 respirava simbolismo: um abraço entre João Rocha e Borges Coutinho, apadrinhado por António Spínola e Palma Carlos, reatava as relações entre os dois clubes. Em campo, o Benfica adiantou-se aos 32 minutos por Nené, após assistência de Jordão. O Sporting, mais conservador na abordagem táctica, não se deixou abater e manteve a esperança viva até ao fim.
Osvaldo Silva arriscou e lançou Chico, que, perto do minuto 90, cabeceou para o empate após cruzamento de Marinho, num golo que apanhou os benfiquistas em plena celebração antecipada. O prolongamento trouxe ao de cima a fibra leonina: Dinis recuperou a bola e iniciou a jogada que terminaria com Marinho a fazer o 2-1. Apesar da expulsão de Chico por agressão a Simões, o Sporting resistiu com 10 em campo até ao apito final.
Este triunfo confirmou a quarta dobradinha da história do Clube e a nona Taça de Portugal no seu palmarés. Para além do feito desportivo, esta final ficou marcada pela demonstração de resiliência de uma equipa desacreditada, que superou ausências, conflitos internos e o poderio de um rival teoricamente superior. A vitória foi, também, uma celebração do espírito de sacrifício e da alma Sportinguista.