Os melhores marcadores do Sporting contra o Famalicão (com Gyokeres à espreita)

A temporada 2024/25 ficará para sempre marcada na história do Sporting. Depois de duas difíceis mudanças no comando técnico da equipa, os leões liderados por Rui Borges sagraram-se campeões nacionais e conquistaram a Taça de Portugal, celebrando a dobradinha que fugia há 23 anos. Apesar das duas décadas que afastaram o Clube deste feito, esta é a sétima vez em que o Clube conseguiu juntar as duas competições domésticas mais importantes.

Temporada 1940/41

Para além de ser uma temporada marcada pela primeira dobradinha, esta foi a primeira conquista de um Campeonato Nacional pelo Clube de Alvalade. Liderados pela figura de Fernando Peyroteo - o goleador máximo do Clube - o Sporting terminou a liga na primeira posição, com 23 pontos, ficando à frente do segundo classificado Porto, com 20. Na Taça de Portugal, a história não foi diferente. Os leões venceram o Belenenses por 4-1, na final do Estádio do Jamor, celebrando assim a primeira dupla conquista numa época.

Temporada 1947/48

Esta temporada, Fernando Peyroteo já tinha a companhia dos seus restantes Violinos, que foram parte importante para a conquista da segunda dobradinha da história do Clube. O Sporting terminou o campeonato em primeiro, em igualdade pontual com o segundo classificado Benfica, com 41 pontos. Na final da Taça de Portugal seguiu-se uma nova vitória ao Belenenses, desta vez por 3-1.

Temporada 1953/54

Para além da dobradinha, esta temporada ficou marcada pela conquista do primeiro tetracampeonato da história do futebol português. O Sporting sagrou-se campeão com 43 pontos, deixando para trás o Porto no segundo lugar, que apenas somou 36. Já na final da prova rainha, os leões tiveram um difícil encontro contra o Vitória de Setúbal, que terminou com uma vitória do Clube de Alvalade por 3-2.

Temporada 1973/74

Liderados por um Héctor Yazalde em temporada de Bota de Ouro, o Sporting conquistou a quarta dobradinha da sua história. No Campeonato Nacional, os leões terminaram a prova em primeiro lugar, com 49 pontos, terminando com mais dois que o segundo classificado, Benfica e sagraram-se ‘campeões da liberdade’. Na Taça de Portugal, o adversário da final foram também os encarnados, num jogo em que o Clube de Alvalade venceu por 2-1, com direito a reviravolta no prolongamento.

Temporada 1981/82

A temporada foi pautada por um alto nível de equilíbrio entre as duas formações mais fortes, mas, no final, quem se sagrou campeão foram os jogadores liderados por Malcom Allison. O Sporting venceu o Campeonato Nacional com 46 pontos, apenas mais dois que o segundo classificado, o Benfica. Já na final da prova rainha, o jogo teve um só sentido, quando o Clube de Alvalade bateu o Braga por 4-0, conquistando assim a Taça de Portugal.

Temporada 2001/02

Para além de fazer as maravilhas dos Adeptos, a dupla composta por Mário Jardel e João Vieira Pinto liderou o Sporting à conquista de mais um Campeonato Nacional, ao terminar a prova com 75 pontos, mais cinco que o segundo colocado Boavista. A equipa comandada por Laszlo Boloni conquistou a dobradinha ao vencer o Leixões na final da Taça de Portugal, por um resultado de 1-0.

O Sporting conquistou, no último domingo, dia 25 de maio, a 19.ª Taça de Portugal, um troféu que não vencia desde 2018/19, ao triunfar sobre o Benfica por 3-1, após prolongamento no Jamor – confira os golos AQUI. Os leões fizeram história ao conquistarem o troféu pela terceira vez em confrontos com o eterno rival.

Rui Borges comanda Sporting até à dobradinha

O título que deu a dobradinha aos leões em 2024/25 não foi fácil de conquistar. O primeiro golo do jogo surgiu aos 47', quando Orkun Kokçu fez o 1-0 para o Benfica. O Sporting só viria a empatar o marcador aos 90+10’, através de uma grande penalidade efetuada por Gyokeres. No prolongamento, os leões foram superiores e a dupla Trincão-Harder resultou duas vezes (99’ e 120+1’), ampliando o placar para 3-1 e dando o título aos verde e brancos.

A história já tinha sido contada, há 51 anos!

A final da prova rainha em 1974 teve uma narrativa muito semelhante à de 2025. O Sporting liderado por Osvaldo Silva enfrentava o Benfica, que contava com Humberto Coelho, Toni e Eusébio. O primeiro golo do jogo foi aos 32 minutos dos pés de Nené, que só teve de encostar.

O empate surgiu aos 89', um minuto antes do final da partida, com o remate certeiro de Chico Faria, que tinha entrado há cerca de um quarto de hora. O Sporting levou o jogo para prolongamento e foi assim que conseguiu vencer. Aos 107' Marinho levou a bola e só parou quando a colocou na baliza, fazendo o 2-1 que deu não só a vitória aos leões, como também uma invasão de campo protagonizada pelos Sportinguistas.

O primeiro dos três

O primeiro triunfo do Sporting numa final contra o seu eterno rival aconteceu em 1971, com um inesquecível placar de 4-1. Foi uma goleada impressionante no jogo decisivo e uma exibição de sonho, que fica para sempre na memória dos adeptos leoninos.

O primeiro golo nasceu logo nos minutos iniciais. Aos 5', Dinis foi o responsável pelo 1-0. Nélson Fernandes ampliou o marcador para o 2-0 aos 23' e dez minutos depois, Chico Faria fez o primeiro no jogo (33'), levando o 3-0 para o intervalo. 

O único golo do Benfica foi apontado por Eusébio, através de uma grande penalidade (59'), já na segunda metade da partida, ainda assim, não foi o suficiente para dar a volta ao marcador. Com uma grande exibição, Chico Faria chega ao bis aos 71' e fecha o caixão das águias. Foi com este inesquecível 4-1, que o Sporting começou a vencer em dérbis na final da Taça de Portugal.

Num jogo difícil diante do Benfica, no último domingo, Rui Borges fez lançar Conrad Harder na equipa do Sporting a partir do banco. O dinamarquês deu novo sangue à equipa e acabou mesmo por ser decisivo, marcando um golo e uma assistência que ajudou o Clube de Alvalade a vencer por 3-1 e a levantar a sua 18.ª Taça de Portugal. Ainda assim, esta não foi a primeira vez que a solução esteve no banco, na final da prova rainha.

Recorde, na lista abaixo, os jogadores do Sporting que marcaram na final da Taça de Portugal na condição de suplentes:

1. Chico Faria - O avançado foi decisivo na final da prova rainha de 1973/74. Num ano em que o Sporting se sagrou ‘campeão da liberdade’, os leões encontravam-se a perder contra o Benfica, quando Chico Faria entrou no jogo aos 73 minutos para fazer a igualdade a um e levar a partida a prolongamento. No final, a Taça veio para Alvalade através de uma vitória por 2-1;
   
2. Marlon Brandão - O brasileiro entrou na partida aos 73 minutos na final da Taça de Portugal de 1986/87 e aos 79 já tinha feito sentir a sua presença no jogo. Brandão reduziu o resultado para 2-1, mas infelizmente, não foi o suficiente para o Sporting vencer a partida, que acabou por cair para o lado do Benfica;
   
3. Carlos Xavier - O médio-centro saiu do banco do Sporting aos 65 minutos e conseguiu marcar para os leões aos 83’, através de uma grande penalidade. O Benfica acabou por vencer a Taça de Portugal de 1995/96, vencendo os leões por 3-1 naquele que foi o dia mais negro da história do desporto português, depois da morte de um adepto leonino no Estádio do Jamor, por mão dos benfiquistas presentes no recinto;
   
4. Rodrigo Tiuí - Provavelmente o caso mais icónico presente nesta lista. Depois de uma temporada apagada, Paulo Bento lançou Tiuí a jogo, no início do prolongamento, na final da Taça de Portugal 2007/08. A aposta não podia ter sido mais acertada, quando o brasileiro marcou os dois golos que deram a vitória do Sporting sobre o Porto (2-0), com um deles por intermédio de um pontapé de bicicleta;
   
5. Fredy Montero - O ‘Avioncito’ é o único jogador a marcar por duas vezes na final da prova rainha como suplente utilizado. A primeira foi em 2015, quando Marco Silva lançou o colombiano aos 74 minutos para empatar a partida (90+3’) que o Sporting acabaria por vencer nas grandes penalidades, frente ao Braga. Na segunda decisão, a sorte não foi a mesma. Na partida contra o Desportivo das Aves, em 2018, Jorge Jesus apostou em Montero aos 46 minutos. O jogador até marcou, mas não foi o suficiente para virar o resultado, fechando o marcador em 2-1 (85’);
   
6. Bas Dost - Marcel Keizer lançou o seu compatriota aos 74 minutos e, como foi comprovado, a substituição fez efeito, quando o avançado holandês colocou o Sporting em vantagem aos 101 minutos. Os leões acabaram mesmo por vencer a partida, ao bater o Porto nas grandes penalidades, após uma igualdade por 2-2 no final do tempo extra na final da Taça de Portugal 2018/19;
   
7. Conrad Harder - O dinamarquês é a figura mais recente a compor esta lista. Na final de 2024/25, Rui Borges lançou o jovem avançado aos 75 minutos. Harder mostrou uma enorme vontade ao logo do seu tempo de jogo, que se traduziu num golo aos 99 minutos e na assistência para o tento certeiro de Francisco Trincão, aos 120+1’, contribuindo para que o Sporting vencesse o Benfica por 3-1 e levantasse a 18.ª Taça de Portugal do seu palmarés.