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Curiosidades
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António Stromp - um dos fundadores do Clube de Alvalade, que faleceu a 6 de julho de 1921 - fez história pelo Sporting. O craque, irmão de Francisco Stromp, não só representou a equipa principal de futebol dos verdes e brancos como conquistou inúmeros prémios no atletismo e ainda integrou outras modalidades.
Nos factos conhecidos, António Stromp destaca-se pelo seu histórico eclético, que poucos atletas conseguiram ter ao mais alto nível e também por desempenhos decisivos. O Leonino recorda cinco curiosidades sobre a vida daquele que fica marcado nos livros de história do Sporting como um dos seus membros fundadores.
António Stromp, ao lado do seu irmão Francisco Stromp, integrou o grupo que, impulsionado por José Alvalade, idealizou o Sporting. Além de ter sido um dos principais membros fundadores, o craque português foi também um dos primeiros Sócios inscritos no Clube de Alvalade.
O jogo decisivo para o Sporting conquistar o Campeonato de Lisboa foi arbitrado pelo juiz sueco Boo Kuberg. A partida que culminou num triunfo para os verdes e brancos, foi jogada a 15 de julho de 1915, no Estádio do Lumiar. O Benfica chegou primeiro ao marcador, mas rapidamente os leões empataram por Armour. O segundo golo leonino foi de Francisco Stromp, que viria o seu irmão, António Stromp, a fechar o resultado no 3-1.
António Stromp tornou-se num dos primeiros futebolistas, em território nacional, a dar nome a uma rua. Tudo aconteceu a 13 de junho de 1926, já depois da morte do desportista. A decisão foi tomada pela Câmara Municipal de Lisboa, que escolheu a 'artéria' ocidental do Campo Grande, que serve de passagem aos elétricos a caminho do Rossio.
O futebolista estreou-se com década e meia de vida na equipa principal do Sporting, na qual esteve durante oito anos até seguir a carreira no atletismo. Além disso, António Stromp representou todas as seleções de Lisboa à época e ainda foi o mais votado no jornal 'Os Sports', por 45 craques e técnicos, como o melhor extremo direito português de todos os tempos, isto 19 anos após a sua morte.
António Stromp foi campeão nacional de atletismo por três vezes: uma nos 100m, uma nos 200m e mais outra no Salto com Vara. O craque fez parte das equipas do Sporting que ganharam a prova dos 3x100m, entre 1911 e 1913. Para além de inúmeros recordes, foi ainda o primeiro atleta Olímpico dos leões ao participar nos Jogo de Estocolmo. Para além desta modalidade, o antigo verde e branco fez Críquete, Esgrima e Ténis.
Desportista representou os verdes e brancos ao mais alto nível durante oito anos e conseguiu marcos históricos na melhor prova em termos mundiais
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Joaquim Agostinho - que viveu um dia trágico na Volta ao Algarve - é o melhor ciclista que Portugal já viu e fez história no Sporting. O desportista destacou-se numa época dominada por nomes como Bernard Hinault e Zoetemelk, que reinavam a modalidade. O atleta leonino participou em 12 edições da Volta a França, entre 1969 e 1983.
Os melhores resultados de Joaquim Agostinho no Tour incluem dois pódios consecutivos: 3.º lugar em 1978 e 1979. Além disso, o antigo ciclista leonino também conseguiu lugares de destaque noutras edições, como o 5.º lugar em 1971 e 1980 e o 8.º em 1972 e 1973.
Confira, abaixo, todos os desempenhos de Joaquim Agostinho na Volta a França:
Equipa verde e branca não deu grandes hipóteses à concorrência e terminou a competição com um título que muito orgulha os adeptos
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A 1 de julho de 1928, o Porto recebeu os Campeonatos Nacionais de Atletismo, onde o Sporting voltou a destacar-se entre os maiores do panorama nacional. Em 13 provas disputadas, os atletas leoninos conquistaram cinco vitórias, demonstrando o poder de um coletivo bem estruturado e com identidade vincada.
Entre os nomes que marcaram a competição, sobressai o de José Palhares Costa, autor de uma prestação memorável ao estabelecer um novo recorde nacional nos 110 metros barreiras, com o tempo de 16,8 segundos. O feito não só confirmou o seu talento individual, como refletiu a qualidade da preparação da equipa verde e branca.
Outro nome em evidência foi José Garnel, verdadeiro pilar da formação leonina, que venceu tanto o lançamento do disco (com 37,64 metros) como o lançamento do peso (com a marca de 12,24 metros), confirmando a sua versatilidade nas disciplinas de arremesso.
O domínio sportinguista estendeu-se ainda às provas de velocidade e saltos. Pascoal de Almeida triunfou nos 100 metros lisos com o tempo de 10,8 segundos, enquanto Pedro Beirão se impôs no salto à vara, ultrapassando a fasquia dos 3,20 metros.
Apesar de na altura ainda não existir oficialmente uma classificação coletiva nacional, apenas formalizada a partir de 1941, os registos indicam que o Sporting teria terminado na liderança por equipas, somando 37 pontos, à frente dos restantes emblemas em competição.
Poucas semanas antes, nos Campeonatos Regionais, os leões já haviam dado provas da sua superioridade, ao vencerem 7 das 14 provas disputadas. Também aí José Garnel foi protagonista, ao vencer tanto no lançamento do dardo como no lançamento do peso, reforçando o seu estatuto de destaque na temporada.
Outro nome a reter nesse ano foi o de Manuel Dias, que conquistou pela primeira vez o título de Campeão Nacional de Crosse, juntando esse troféu à vitória já alcançada na edição regional da mesma prova. Com este duplo triunfo, Manuel Dias assumiu-se, ao lado de Garnel, como um dos grandes embaixadores do atletismo leonino em 1928.
A nível coletivo, o Sporting também deixou a sua marca no crosse, sagrando-se campeão tanto em Lisboa como a nível nacional, confirmando o seu domínio nas diversas vertentes do atletismo. Este desempenho em 1928 é mais um capítulo importante na longa e vitoriosa história do atletismo leonino, a modalidade que, a par do futebol, tem sido uma das espinhas dorsais da identidade desportiva do Clube. O sucesso coletivo, aliado ao talento individual dos seus atletas, cimentou desde cedo a reputação do Sporting como uma potência nacional nesta disciplina, contribuindo decisivamente para o estatuto que o Clube hoje ostenta como um dos mais titulados da Europa em todas as modalidades.
Equipa verde e branca não facilitou e bateu o eterno rival por duas ocaisões, conquistando assim o troféu que encerrou a temporada desportiva
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O dia 30 de junho de 1991 marcou o desfecho da temporada do voleibol português com um clássico de emoções fortes. No Pavilhão de Alvalade, Sporting e Benfica disputaram a Supertaça, uma espécie de tira-teimas entre as duas equipas mais fortes da época. Os encarnados haviam vencido o Campeonato Nacional, mas os leões, que celebraram a conquista da Taça de Portugal, ergueram o troféu que encerrava a época.
A Supertaça jogava-se a duas mãos. No primeiro embate, disputado no reduto benfiquista, os leões surpreenderam e impuseram-se com autoridade por 3-1, colocando-se em posição vantajosa para a decisão em casa. Tudo parecia encaminhado para uma celebração verde e branca.
Contudo, a partida decisiva, realizada em Alvalade, não contou com a tradicional moldura humana que costumava encher os pavilhões nos grandes duelos de voleibol entre Sporting e Benfica. Talvez por excesso de confiança após a vitória na Luz, muitos adeptos leoninos não marcaram presença para assistir ao que acabou por ser uma nova demonstração de superioridade do conjunto Sportinguista: novo triunfo por 3-1, confirmando a conquista do troféu com duas vitórias claras.
O desempenho da equipa voltou a merecer elogios, mantendo o nível elevado da primeira mão e encerrando a temporada com uma imagem forte. O título foi celebrado como uma espécie de justiça competitiva, depois de um Campeonato perdido de forma dramática.
Entretanto, já se preparava o futuro. Foi anunciada uma nova dupla técnica para a época seguinte: António Rodrigues e José Rodrigues, treinadores que até então orientavam o Estrelas da Avenida, assumiriam o comando leonino, substituindo o técnico búlgaro Gueorgi Petrov. A mudança marcava o início de um novo ciclo, mais nacionalizado e com forte aposta no talento jovem.
A reestruturação da equipa incluía também reforços de peso. O nome mais sonante era o de Miguel Maia, que se tornaria uma lenda do voleibol nacional. A ele juntava-se Filipe Vitó, proveniente do Sp. Espinho, outro jogador de grande qualidade e potencial, que reforçava a ambição do Sporting para a nova época.
Entre os protagonistas dessa fase vitoriosa estava ainda o búlgaro Florov, uma das referências técnicas e emocionais da equipa, cuja experiência internacional ajudou a elevar o nível competitivo do conjunto leonino, o mesmo que, atualmente, é liderado de forma exímia por João Coelho.