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Jogadores

Velocidade, técnica e golos: A carreira de João Cruz no Sporting

Extremo veloz e talentoso destacou-se no Clube de Alvalade durante 11 épocas, conquistando títulos e marcando 145 golos, tornando-se uma lenda leonina

João Cruz foi uma figura essencial do ataque do Sporting, onde brilhou durante os anos 30 e 40, vencendo vários troféus
João Cruz foi uma figura essencial do ataque do Sporting, onde brilhou durante os anos 30 e 40, vencendo vários troféus

20 Fev 2025 | 18:08 |

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Nascido em Évora a 31 de outubro de 1915, João Pedro Cruz destacou-se no Vitória de Setúbal antes de chegar ao Sporting em 1936. Apesar da baixa estatura (1,65 m), possuía uma velocidade impressionante, um drible refinado e um poderoso remate, características que rapidamente o tornaram peça fundamental na equipa.


A estreia com a camisola verde e branca aconteceu a 11 de outubro de 1936, num empate a dois frente ao Carcavelinhos. Na semana seguinte, confirmou o seu talento ao marcar um golo na vitória por 5-0 sobre o Benfica. Desde então, tornou-se um dos jogadores mais influentes da equipa, formando com Mourão, Soeiro, Peyroteo e Pireza um dos quintetos ofensivos mais temidos da época.


Ao longo da carreira, conquistou três Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e oito Campeonatos de Lisboa. A sua capacidade goleadora era invulgar para um extremo, tendo sido o segundo melhor marcador da equipa em várias épocas, apenas atrás de Peyroteo. A temporada de 1942/43 foi a sua melhor, com Joseph Szabo no comando técnico, o jogador terminou a época com 29 golos em 30 jogos. Nesse ano, protagonizou um momento inesquecível ao assumir a baliza do Sporting num jogo frente ao Benfica, após a lesão do guarda-redes João Azevedo, conseguindo manter a baliza inviolável durante 38 minutos.


Uma das suas maiores exibições ocorreu a 22 de junho de 1941, na final da Taça de Portugal contra o Belenenses, onde marcou três dos quatro golos da vitória leonina. Foi um dos momentos mais marcantes da sua carreira e da história do clube.

Com a chegada de Albano ao Sporting em 1943, passou a atuar noutras posições no ataque, perdendo algum protagonismo. Ainda assim, manteve-se como uma peça importante da equipa até à temporada de 1946/47, quando realizou os seus últimos jogos oficiais. Despediu-se do clube com uma homenagem especial em janeiro de 1948, num jogo frente ao Benfica, que terminou com uma vitória leonina por 4-1.


Foi também internacional português por 10 ocasiões, marcando três golos, dois dos quais na sua estreia contra a Hungria em 1938. Após terminar a carreira, rumou a Angola, onde jogou e treinou o Sporting de Luanda, tendo mais tarde regressado a Portugal.

João Cruz faleceu a 7 de julho de 1981, com 65 anos, deixando um legado imortal no futebol português, tendo jogado 277 encontros com a listada verde e branca e marcado 145 golos. A sua velocidade, técnica e instinto goleador fizeram dele um dos melhores extremos da história do Sporting, sendo ainda hoje lembrado como um dos grandes símbolos do clube.


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Mário Jorge: Um dos canhotos mais talentosos da formação do Sporting

Craque que atuou pelo conjunto verde e branco representou o Clube de Alvalade durante 11 temporadas e marcou uma era nos leões

Mário Jorge representou a equipa principal do Sporting durante mais de uma década e conquistou dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e uma Supertaça
Mário Jorge representou a equipa principal do Sporting durante mais de uma década e conquistou dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e uma Supertaça

11 Jul 2025 | 17:07 |

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Mário Jorge, nasceu a 24 de julho de 1961, na Ponta Delgada, nos Açores. O craque tornou-se num dos esquerdinos mais talentosos formados pelo Clube. Ao serviço da equipa principal do Sporting, ao longo de onze temporadas, conquistou dois Campeonatos Nacionais - um deles a contar para Dobradinha, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, somando 269 jogos oficiais.


A formação leonina


Mário Jorge chegou ao Sporting ainda como iniciado e desde logo mostrou que era um dos mais promissores da sua geração. O craque começou a jogar como extremo esquerdo, mas acabou por ser adaptado a várias posições na ala e no meio-campo, mantendo sempre um bom nível.


A estreia de sonho

O ala foi lançado na equipa principal com apenas 18 anos, por Rodrigues Dias, e estreou-se na 1.ª jornada do Campeonato de 1979/80, numa vitória por 2-0 sobre o Estoril. Esta breve entrada foi suficiente para integrar o plantel campeão nacional dessa época. Após dois anos de afirmação gradual, Mário Jorge conseguiu a titularidade em 1981/82, ao marcar o golo da vitória frente ao Porto e, posteriormente, conquistar a Dobradinha.


O craque fixou-se como lateral nas temporadas seguintes, durante as quais assumiu a titularidade no lugar deixado por Inácio. Mário Jorge ergueu a Supertaça Cândido de Oliveira em 1982, a primeira da história do Clube, e estreou-se pela seleção A em 1983, frente ao Brasil.

Em 1985/86, com a ascensão de Fernando Mendes, Mário Jorge foi deslocado para o meio-campo, posição na qual  se voltou a destacar. Participou na qualificação de Portugal para o Mundial de 1986 e, apesar de não ter sido convocado para a fase final, escapou à polémica de Saltillo. O craque somou, ao todo, nove internacionalizações.

Outro dos seus momentos mais memoráveis de Mário Jorge foi o 7–1, frente ao Benfica, em 1986, jogo no qual marcou dois golos. Após sete temporadas como titular, o jogador começou a perder espaço a partir de 1988/89, tendo sido emprestado ao Beira-Mar na época seguinte. O antigo craque verde e branco regressou ao Clube, mas sem conseguir recuperar a preponderância que teve noutros tempos, despedindo-se do Sporting com 21 golos em 269 jogos.

Um recomeço

Depois da saída de Alvalade, Mário Jorge ainda jogou no Estrela da Amadora e no Estoril, acabando por pendurar as botas em 1995. No início dos anos 2000, o craque voltou a representar o Sporting , mas em futebol de praia, desporto no qual conquistou a Taça Nacional de Clubes em 2003. Em 2018, o lateral regressou à estrutura da Academia leonina, num momento de transição institucional, mantendo-se ligado ao desenvolvimento do futebol de formação.


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Rui Patrício: O histórico guardião que divide os adeptos do Sporting

Guarda-redes que representou o Clube de Alvalade desde muito jovem tornou-se no segundo jogador com mais partidas oficiais na história verde e branca

Rui Patrício vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube de Alvalade
Rui Patrício vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube de Alvalade

11 Jul 2025 | 10:35 |

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Rui Patrício nasceu em Marrazes, Leiria, a 15 de fevereiro de 1988, e é um dos nomes mais históricos s que já passaram pela baliza leonina. O guardião vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube. De leão ao peito, o antigo internacional português conquistou duas Taças de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Liga, tudo isto em 12 temporadas.


Rui Patrício é um dos vários grandes nomes totalmente moldados na Academia Cristiano Ronaldo, tendo em conta que se destacou desde muito jovem como guarda-redes dos iniciados, equipa que foi campeã nacional em 2002. Posteriormente, o mesmo plantel conquistou quatro títulos consecutivos, e o craque entre os postes foi o primeiro daquela geração a chegar ao plantel principal.


Aproveitar cada oportunidade!


Com apenas 18 anos, ainda quando era júnior, o craque integrou o plantel principal como terceira opção. A 19 de novembro de 2006 estreou-se contra o Marítimo, defendendo um penálti e garantindo o triunfo por 1-0. Rapidamente, Rui Patrício ganhou espaço na equipa e, na época seguinte, beneficiou de um desentendimento entre Stojkovic e Paulo Bento para se afirmar como o titular absoluto.

Apesar da idade, Rui Patrício mostrou personalidade na baliza leonina, mantendo a confiança do treinador mesmo após alguns erros naturais. Foi decisivo nas conquistas da Taça de Portugal e Supertaça frente ao Porto, em 2008, tendo sido distinguido com o Prémio Stromp Revelação no mesmo ano.


Rui Patrício tornou-se indiscutível no Clube verde e branco. Em 2011 e 2012 venceu o Prémio Stromp, mas desta vez na categoria Futebolista. Para além disso, alcançou o jogo 300 em dezembro de 2014 e, no ano seguinte, foi distinguido com o Leões Honoris Sporting. O craque voltou a vencer mais um título importante de leão ao peito em 2015 - a Taça de Portugal.

O guardião renovou contrato em 2012 e, novamente, em 2016, já como um dos capitães de equipa. Com cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, Rui Patrício já era um dos pilares do Clube e da seleção nacional. Vale a pena recordar que foi o melhor guarda-redes do Euro 2016, competição que venceu por Portugal com exibições de alto nível que lhe valeram o 12.º lugar na Bola de Ouro.

Uma despedida amarga

Em 2018, o guarda-redes venceu a Taça da Liga pela primeira vez na história do Clube verde e branco. No entanto, foi um dos 'protagonistas' da crise que culminou com a invasão à Academia em Alcochete. Rui Patrício liderou os protestos dos jogadores e tornou-se o primeiro dos nove atletas a rescindir contrato, partindo assim para o Wolverhampton, de Inglaterra, com 467 jogos feitos, a apenas 28 do recorde absoluto. Mais tarde, os leões haveriam de chegar a acordo, com os verdes e brancos a receberem uma verba a rondar os 12 milhões de euros.

Titular da Seleção em múltiplas competições, incluindo os Europeus de 2012, 2016 e 2020 e os Mundiais de 2014, 2018 e 2022, o guardião é um dos futebolistas mais internacionais por Portugal. Após três anos no Wolverhampton, de Inglaterra, Rui Patrício rumou à Roma, onde venceu a Liga Conferência. Em 2024, já sem espaço no clube italiano, assinou pela Atalanta, mantendo-se na Serie A. Em 2025, o craque encontra-se sem clube.

*Atualizado a 10 de julho de 2025


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Manuel Marques: Um dos líderes mais carismáticos que o Sporting já teve

Craque que mostrava uma grande disponibilidade para jogar onde fosse necessário representou os leões durante impressionantes 16 temporadas

Em 16 anos de Sporting, Manuel Marques  o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e dois de Portugal
Em 16 anos de Sporting, Manuel Marques o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e dois de Portugal

11 Jul 2025 | 10:13 |

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Manuel Marques, conhecido como Manecas, nasceu a 10 de julho de 1917, em Lisboa, e tornou-se uma figura lendária do Sporting. Durante 16 temporadas consecutivas ao serviço da equipa principal verde e branca, o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, dois Campeonatos de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e uma Taça Império, somando assim 352 jogos e quatro golos com a camisola leonina.


Manecas começou a jogar futebol no Desportivo do Campo Grande, antes de se juntar ao Sporting com apenas 15 anos, em novembro de 1932, para representar a equipa de principiantes. Anteriormente, Manuel Marques trabalhava como carpinteiro de barcos no Arsenal da Marinha e, mais tarde, num grémio de armazenistas, conciliando desde cedo a vida profissional com o futebol. 


Uma carreira de sonho no Sporting


Após a conquista do Campeonato de Lisboa da 2.ª categoria, em 1934/35, Manecas passou pelas Reservas e estreou-se na equipa principal a 15 de março de 1936, frente ao União de Lisboa, como extremo-direito. Com a chegada do mítico Joseph Szabo ao comando técnico, na época seguinte, foi adaptado ao meio-campo, onde ganhou consistência tática e solidez, sendo posteriormente recuado para a defesa em fases mais maduras da carreira.

A disponibilidade que Manecas mostrava aos treinadores permitiu-lhe atravessar várias gerações e ainda integrar a lendária equipa dos Cinco Violinos. O médio era tão respeitado no balneário que conseguiu o estatuto de capitão em Alvalade. A descontração de Manuel Marques fez com que o craque se tornasse num dos líderes mais carismáticos da história do futebol português.


Manecas, brincalhão como sempre mostrou ser, protagonizou vários episódios curiosos. Um dos mais engraçados aconteceu quando o craque escondeu os bonecos do treinador Szabo antes dos treinos com a equipa. Outra marca pessoal foi o famoso lenço branco à cintura, um presente da sua mãe. Embora fosse destinado a limpar feridas, Manuel Marques admitiu nunca o ter usado para esse fim, preferindo vê-lo como uma espécie de amuleto da sorte.

A despedida em grande

Manuel Marques despediu-se dos relvados a 5 de outubro de 1950, num eterno dérbi disputado no Lumiar. Nesse jogo o Sporting venceu o Benfica por 8-1. Manecas foi ainda internacional português quatro vezes, duas pela seleção principal e as restantes pela equipa B, ambas em 1945, durante a fase mais competitiva da sua carreira.

Após o final da carreira, o antigo craque teve uma curta experiência como treinador, mas a verdade é que os melhores momentos que teve foram todos enquanto jogador. Manecas morreu a 20 de fevereiro de 1987, aos 69 anos, e será recordado por ter sido um dos líderes mais carismáticos da história leonina.


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